Abacate inglês

Um sujeito vinha passando de táxi por uma rua de Londres quando olhou para um abacateiro, uma exótica que faz sucesso como árvore urbana na Inglaterra, e viu um abacate. O taxista o chamou de maluco, Sua mulher também. Abacateiros crescem por lá ao ar livre, mas ao que se saiba, nunca tinham dado abacate. O moço insistiu que era um abacate e ligou para Kew Gardens, o Jardim Botânico de lá. Uma equipe de pesquisadores confirmou: era um abacate. Esse fenômeno, de árvores frutíferas tropicais e mediterrâneas darem fruto na Inglaterra é recente e tem a ver, diz reportagem da BBC, com o crescimento da temperatura média no país nos últimos 20 anos.

Por Redação ((o))eco
29 de maio de 2006

Fome

O Nordeste da África, diz o Mail & Guardian, entrou novamente num ciclo de seca que ameaça matar de fome muita gente. Os animais que vivem do Sul da Etiópia até o Norte do Quênia já estão morrendo aos montes. A seca na região é atribuída a séculos de devastação ambiental.

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29 de maio de 2006

Piada de português

O Pentágono pediu ao Congresso autorização para reequipar os mísseis de médio e longo alcance de seus submarinos com ogivas não nucleares. Os chefes militares americanos acham que com isso aumentam sua capacidade de intervir em guerras localizadas e diminuem os riscos de criarem um holocausto nuclear. Os senadores discordaram. Dizem que se os russos, por exemplo, virem um míssil Tridente saindo da escotilha de um submarino vão imediatamente associá-lo a um ataque nuclear. Portanto, recomendaram aos generais e almirantes que voltem com sua idéia para a prancheta e arranjem uma maneira de fazer com que outras nações reconheçam se o míssil está ou não equipado com ogivas nucleares. A notícia está no The New York Times.

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29 de maio de 2006

Selvas de pedra

Coiotes estão se abrigando no Central Park, em Nova Iorque. Alces estão aparecendo nas ruas de Newark, em Nova Jersey. Focas ocupam prédios abandonados em Staten Island. Golfinhos voltaram a nadar em frente ao porto de Nova Iorque. O que está acontecendo, pergunta uma reportagem do The New York Times. Dizem os especialistas consultados que o súbito reaparecimento de animais selvagens em áreas bem no meio de centros urbanos deve-se ao fato, pelo menos nos Estados Unidos, que a regulação mais dura aliada a uma certa consciência ecológica, deixou mais limpas as águas e áreas de mata que ainda restam neles. Resultado, os bichos estão voltando.

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29 de maio de 2006

Que aquecimento?

A reportagem que entrou na capa da revista do The Washington Post da edição do último domingo era sobre aquecimento global. Mas não era com os cientistas que andam alertando para uma catástrofe iminente, mas com um que apesar de concordar que a Terra está aquecendo, acha que ela está vivenciando apenas um ciclo normal, que dentro de no máximo uma década se converterá num ciclo de resfriamento. Seu nome é Bill Gray, um dos mais antigos e respeitados meteorologistas norte-americanos. Gray acha que aquecimento global é resultado do uso de modelos matemáticos para predizer o clima ao invés da observação empírica. Muita gente acha que ele está gagá.

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29 de maio de 2006

Terror

O Front de Liberação Animal (FLA), uma organização terrorista – isso mesmo, terrorista – dedicada a fazer atentados contra instituições, empresas e cientistas que se utilizam de animais em pesquisas na Inglaterra parece que está perdendo sua guerrinha particular, iniciada há dois anos. Pesquisa de opinião no The Daily Telegraph mostra que 70% dos ingleses são favoráveis ao uso de animais em pesquisas para fabricação de remédios e cosméticos e quase 100% apóiam a caçada implacável que a polícia vem fazendo contra membros da FLA.

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29 de maio de 2006

Marco

A primeira garrafa plástica de água mineral biodegradável – ela se desmancha com o tempo – começou a ser vendida na Inglaterra. O assunto mereceu a manchete do The Independent. Alguns ambientalistas mais radicais torceram o nariz para a novidade. Acham que ela vai incentivar mais consumo apenas. E sem qualquer culpa.

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29 de maio de 2006

Tempo

A Cargill sentou-se na segunda-feira da semana passada com representantes do Greenpeace para discutir as demandas contidas em relatório da Ong sobre a expansão do agronegócio, em especial da soja, pelas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil. Pediu 10 dias para responder sobre o que vai, se é que vai, atender. Em princípio, o Greenpeace não quer nada de irrazoável. Apenas que as compradoras do grão restrinjam suas relações comerciais aos fornecedores que cumprem as leis brasileiras e não se utilizam de mão-de-obra-escrava, não estejam plantando em cima de terra grilada e não tenham feito desmatamentos irregulares.

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26 de maio de 2006

Maggi e Bunge assinaram

O grupo Maggi assinou o pacto contra o trabalho escravo há oito meses, tão logo ele foi proposto pelo Instituo Ethos. A Bunge botou seu jamegão no pacto no início do mês, depois que o Greenpeace soltou seu relatório sobre os desmatamentos ilegais e a grilagem de terras ligadas ao plantio da soja em territórios na Amazônia. A Cargill argumenta que não precisa assinar porque o pacto já foi assinado pela sua entidade de classe, a Associação Nacional de Produtores de Óleos Vegetais. Maggi e Bunge, suas concorrentes, acharam que isso não era suficiente.

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26 de maio de 2006

Corner

Com relação ao caso de Santarém, no Pará, onde a Cargill tem terminal portuário construído irregularmente e financia produtores de soja que ocupam terras sem título de propriedade definitivo e desmataram ilegalmente, a empresa meteu-se numa sinuca de bico. Ela quis fazer um bonito sem se comprometer diretamente com nada e enviou, há duas semanas, uma carta à prefeita da cidade, Maria do Carmo (PT), dizendo que a partir do 2º semestre não compraria mais soja de fornecedores que estivessem em situação ambiental e fundiária irregular. Apostava que a proposta de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que estava sendo intermediada pela The Nature Conservancy (TNC) ainda iria decolar. Mas ele foi abatido a tiros pela 4ª Câmara do Ministério Público Federal, que considerou a idéia coisa de jerico. A Cargill, pelo menos com a prefeita de Santarém, está agora comprometida a cortar os sojicultores locais de sua lista.

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26 de maio de 2006