Me dá sua cueca aí

A Patagônia, uma das principais fabricantes de roupas e equipamentos para esportes de contato com a natureza, está atrás de cuecas e camisetas velhas. Calma, não se trata de nenhuma tara da direção da empresa. Apenas mais uma opção no seu programa de reciclagem de tecidos. Para receber suas roupas de baixo pelo correio ou em lojas espalhadas pelos Estados Unidos, Japão e Europa, há duas exigências. Uma, que seu material contenha 95% de poliéster. E a segunda é que cueca suja nem pensar. Só aceita o que tiver sido lavado.

Por Redação ((o))eco
16 de novembro de 2005

Destino

O material reciclado está sendo usado na fabricação de roupas novas. A Patagônia diz que o programa ajuda a diminuir lixo, reduz emissão de gás carbônico na atmosfera e dispensa a necessidade de produzir poliéster a partir de fibras naturais.

Por Redação ((o))eco
16 de novembro de 2005

Cult americano

Virou mania entre a turma metida a entender de bebida alcólica nos Estados Unidos tomar destilados feitos à base de produtos orgânicos. Conseqüentemente, virou mania abrir destilarias movidas à matéria-prima ecologicamente correta. O Instituto Americano de Destilados lista hoje 66 destilarias fabricando vodka de maçã ou licor de pêra usando frutas plantadas em fazendas orgânicas.

Por Redação ((o))eco
16 de novembro de 2005

Não me abandone

Incursões sistemáticas realizadas pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público Federal na Reserva do Tinguá, no Rio de Janeiro, têm afugentado palmiteiros. O MP se reuniu nesta quarta com a polícia para pedir que as rondas não parem.

Por Redação ((o))eco
16 de novembro de 2005

Trombada

O Ibama e o Ministério dos Transportes entraram em rota de colisão por conta das obras de recuperação da BR-319, no Amazonas. O ministro da pasta, Alfredo Nascimento, é político no estado e vê a obra como uma espécie de passaporte para um cargo eletivo em 2006. Quer porque quer começá-la já. O Ibama resiste a dar a licença ambiental da obra. Por duas razões. O relatório de impacto é carente de informações técnicas e porque a BR-319, um velho projeto da década de 80, sempre assustou quem entende de proteção ao meio ambiente.

Por Redação ((o))eco
16 de novembro de 2005

Curiosidade

No Brasil, os ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia vivem às turras. Na Costa Rica, ambos formam um só ministério, o de Meio Ambiente e Energia, o que de fato faz todo o sentido. Só mesmo em Brasília é que a burocracia acha que a natureza é um entrave à produção de energia.

Por Redação ((o))eco
16 de novembro de 2005

Veneno

Faz dez anos que a última refinaria de chumbo no Alto e Médio Vale do Ribeira cerrou suas portas. Mas o passivo ambiental que as atividades de mineração e refino do metal deixaram para trás continuam a comprometer a qualidade de vida das populações locais. Pesquisa com amostras de sangue chancelada pela Unicamp encontrou em duas comunidades no Paraná gente com níveis de chumbo circulando pelas veias no limite do que os organismos internacionais de saúde consideram toleráveis para o ser humano.

Por Redação ((o))eco
16 de novembro de 2005

Exploração

O Parque Nacional do Tumucumaque, no Amapá, está virando arroz de festa das Ongs internacionais que atuam em defesa da Amazônia. E isso é ótima notícia. Afinal, ele não é só o maior parque tropical do mundo. É também desconhecido. Só recentemente começou-se a desvendar a biodiversidade que existe por lá. Primeiro, com expedições organizadas pela Conservation International. E agora, com uma patrocinada pela WWF e que contou com a participação do Ibama. Ela foi explorar os 380 quilômetros da fronteira do Parque que encosta no rio Jari. Imagens e relatos da expedição foram postados nos sites da WWF aqui no Brasil e nos Estados Unidos. A TV pública americana vai transformar todo esse material num documentário.

Por Redação ((o))eco
16 de novembro de 2005

Intervenção tardia

A mulher que fica calada diante da expansão da soja e do gado Amazônia adentro, não reage ao desenvolvimentismo caótico do governo, assenta gente em áreas de floresta e escreve artigo de jornal defendendo a transposição do São Francisco, finalmente indignou-se em favor do meio ambiente. Já não era sem tempo. Marina Silva, segundo a Folha de S. Paulo, ficou indignada com a morte-protesto de ambientalista por conta dos planos de instalar usinas de álcool e plantações de cana nas bordas do Pantanal matogrossense. A ministra soltou uma nota dizendo que é contrária à idéia, defendida por seu colega de petismo e governador de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, e que se ela for levada adiante, a sobrevivência do ecossistema do Pantanal ficará sob sério risco. A indignação da ministra veio um pouco tarde. Esse assunto das usinas está rolando desde março e ela nunca quis se meter nele. Mas diante do cadáver de Francisco Anselmo, o ambientalista que se imolou no fim de semana, ela não tinha como ficar calada.

Por Redação ((o))eco
15 de novembro de 2005

País de desmatadores

Como nada nesse mundo é perfeito, Marina, no mesmo dia em que reagiu ao caso das usinas em mato Grosso do Sul, teve o dissabor de ver seu trabalho colocado debaixo de luz nem um pouco lisonjeira. A ONU fez uma avaliação dos recursos florestais em cada país do mundo e concluiu que o Brasil do governo Lula se manteve como o grande desmatador do planeta, responsável por pouco menos da metade das árvores cortadas no mundo por ano. É muita coisa. Dá 3,1 milhão de hectares de floresta, diz O Globo.

Por Redação ((o))eco
15 de novembro de 2005