Milho do mal

No Malawi, uma história mostra os riscos de se viver num país que não pensa no meio ambiente. Nunca nenhuma autoridade por lá se preocupou com o fato que os fazendeiros do país expandiam suas plantações de milho em cima da floresta, muito menos com a transformação do grão na principal dieta da população. Pois bem, desmatamento, mais monocultura, mais variações climáticas e não deu outra. Veio o desastre. Uma seca devastadora destruiu a safra de milho e deixou os habitantes do país à míngua. Sem outra alternativa, segundo o The Wall Street Journal, o governo recorreu à uma campanha de relações públicas para incentivar os cidadãos a variarem a sua dieta, comendo coisas como banana e batatas-doce, cujas safras não foram afetadas. O curioso em tudo isso é que o milho é planta exótica na África, onde foi introduzida, vinda das Américas, pelos portugueses. No Malawi, ele chegou há mais ou menos 50 anos e transformou a vida de sua população.

Por Redação ((o))eco
15 de novembro de 2005

Desespero

A luta ambiental no Brasil parece estar se radicalizando. Depois do bispo que fez greve de fome contra a traansposição do São Francisco, um ambientalista imolou-se no sábado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, num protesto contra a implantação de usinas de álcool no estado. Francisco Anselmo Barros, conta a Folha de S. Paulo, morreu ontem vítima das queimaduras. Tudo indica que a insensibilidade do atual governo com o meio ambiente está levando as pessoas à adoção de atitudes desesperadas.

Por Redação ((o))eco
14 de novembro de 2005

Metas

No domingo, O Estado de S. Paulo publicou reportagem sobre proposta que o Brasil leva para conferência da ONU sobre mudanças climáticas que acontece em fins de novembro em Montreal, no Canadá. Nossos burocratas querem que o mundo financie a preservação da Amazônia. Não se espera nenhum resultado concreto sobre a idéia, até porque ninguém sabe direito como implementá-la. Mas o importante na reportagem é que gente da cúpula de nossos Ministério do Meio Ambiente fala pela primeira vez em público de assumir metas de desmatamento nacionais. Para o Itamaraty, trata-se de um anátema que fere a soberania brasileira na região. Bobagem de diplomata.

Por Redação ((o))eco
14 de novembro de 2005

Bola de cristal

Embora oficialmente todo mundo diga que é uma previsão impossível, virologistas americanos, na privacidade de seus laboratórios, estão tentando adivinhar quando vai acontecer a próxima pandemia de gripe no mundo. A aposta, embora nenhum deles esteja disposto a colocar dinheiro nela, é 2025 e baseia-se em estudo publicado em 2002 por Maurice Hillerman, microbiólogo que morreu no começo do ano, diz o The New York Times. Sua teoria, baseada na análise de pandemias que varreram o mundo nos últimos 300 anos, é que elas tem acontecido em ciclos regulares de 68 anos. A última onda devastadora da gripe do frango aconteceu em 1957. Portanto, volta em 20025. A boa notícia é que pela tese, a gripe do frango que assusta Europa e Ásia nesse momento, tem tudo para ser somente isso, um susto.

Por Redação ((o))eco
14 de novembro de 2005

Realidade

Apesar da tese que a próxima pandemia ainda está por vir, instituições financeiras e de saúde multilaterais se reuniram semana passada em Genebra para discutir meios de combater a atual gripe do frango que anda graçando na Ásia e bate às portas da Europa. Diz a The Economist que a burocracia garante que o dinheiro que existe é pouco para coordenar um esforço mundial contra a doença. Deve ser mesmo, pois como nota a reportagem, os países ricos, apesar de defenderem uma ação global, estão cada um fazendo planos alternativos para tentar se defender da doença sozinhos.

Por Redação ((o))eco
14 de novembro de 2005

Os maus selvagens

As chamadas comunidades tradicionais, ao contrário do que pensa muita gente cheia de boas intenções, são mesmo uma praga ambiental que se espalha pelo mundo. Que o diga Richard Hansen, um arqueologista americano que escavou uma cidade Maia inteira na Guatemala e tenta fazer com que o governo do país crie um parque nacional de 525 mil acres para proteger o achado e a floresta tropical que o circunda. Seus maiores opositores são os descendentes de índios que habitam a região. Há dez anos, eles ganharam o direito de manejar a extração de madeira na região. Como não existe fiscalização, eles cortam madeira do jeito que bem entendem e não querem perder essa boquinha, que fatalmente acabaria se o parque fosse decretado. A notícia está no The Wall Street Journal.

Por Redação ((o))eco
14 de novembro de 2005

Vingança

Super mistério em Montana, estado no norte dos Estados Unidos. Segundo o The Washington Post, alguém anda matando ursos por lá ilegalmente e em ritmo frenético. Nos últimos dois anos, foram encontradas 21 carcaças do bicho, que está na lista de espécies ameaçadas de extinção. A reportagem aventa que os ursos mortos são apenas um efeito colateral de uma batalha entre os velhos habitantes do estado e os que chegaram na última década, gente rica de outros lugares que foram para Montana em busca de seu cenário natural. Os antigos moradores se vêem como vítimas desse processo de “ecologização” de Montana. Viviam de cortar madeira e minerar, atividades que foram suspensas nos últimos anos por conta de regulamentações ambientais. A teoria é boa, mas não serve de consolo aos ursos.

Por Redação ((o))eco
14 de novembro de 2005

Guerra

Ainda em Montana, enquanto os ursos morrem, os bisões ganham uma chance de sobrevivência. O USA Today anuncia o ínício de um projeto de reintrodução do animal nas pradarias do estado que ainda são terras públicas. As chances de ele ir por água abaixo são grandes. É que as terras onde os bisões vão pastar também são utilizadas por rancheiros da região para alimentar seus rebanhos de gado. E eles temem que a manada de bisões cresça a ponto de pressionar o ecossistema de tal modo que suas vacas e bois não terão onde comer. Ameaçam abater os recém-chegados a tiros.

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14 de novembro de 2005

Fantasia

Outra reportagem no USA Today diz que a Suécia retirou uma serpente que habita um lago do país da lista de espécies ameaçadas e liberou sua caça. Difícil será matá-la. Nunca ninguém conseguiu provar o avistamento do tal bicho, considerado pela população que mora em torno do lago como uma espécie de monstro pré-histórico.

Por Redação ((o))eco
14 de novembro de 2005

Desaparecida

O The Los Angeles Times relata a história de um grupo que vive andando pelos rios e riachos da Califórnia procurando a truta de cabeça de aço, espécie que já foi abundante por lá, mas que desde a década de 90 andava desaparecida. Um exemplar da espécie foi encontrado num riacho em 2003. Desde então, nunca mais nenhuma truta dessas foi vista. Mas a turma que busca as trutas não perde a esperança não só de achá-las, mas de vê-las viscejar novamente nos corpos de água no norte do estado.

Por Redação ((o))eco
14 de novembro de 2005