Adeus à mata

O suíço Andreas Gutt, presidente do Conselho de Administração de uma das madeireiras mais admiradas da Amazônia pela correção ambiental de suas operações no Pará, a Precious Woods, sinalizou esta semana que vai encerrar suas operações no Brasil. Assim como todas as madeireiras certificadas que atuam na região Norte do país, a Precious Woods foi impedida de trabalhar este ano pelo aumento das demandas da burocracia federal. Gutt acha que não dá mais para encarar tamanha estabilidade institucional.

Por Redação ((o))eco
12 de outubro de 2005

Reunião fatal

Técnicos do Ministério do Meio Ambiente vão se reunir nesta quinta-feira, 13 de outubro, com a direção da Precious Woods em Brasília para tentar convencê-la a aguardar mais um pouco antes de decidir a saída. Dirão que a passagem do projeto de lei de gestão de Florestas Públicas, que deve resolver boa parte do drama regulatório vivido pelas madeireiras legalizadas este ano, está praticamente garantida. O projeto deve ser votado até o final da próxima semana.

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12 de outubro de 2005

Promessa

O drama dos madeireiros legalizados depende em grande parte da demarcação pelo governo do Pará, de áreas de produção florestal no estado. Elas seriam usadas apenas para a exploração da madeira e, segundo cálculos dos técnicos, para manter o atual tamanho da indústria, é necessário que 25 milhões de hectares de florestas sejam separados para este fim. Até dezembro, o governo estadual promete demarcar os primeiros 8 milhões de hectares dessas áreas. No governo federal, há quem duvide da capacidade política do governador Simão Jatene de manter a promessa.

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12 de outubro de 2005

A outra vítima

Se a Precious Woods sair, ela será a segunda vítima das restrições impostas à execução de planos de manejo florestal na Amazônia este ano. A primeira foi a Ghetal, da Amazonas, que há dois meses oficializou sua decisão de ir embora daqui demitindo 350 empregados. Até o fim da semana, ela coloca outros 350 em aviso-prévio. Os 300 que sobram na sua folha serão despedidos no fim do ano.

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12 de outubro de 2005

Balança

A crise no setor madeireiro legalizado da Amazônia terá impacto na balança comercial brasileira. Em agosto, quando a madeira que seria cortada este ano deveria estar chegando ao mercado, quase nada foi vendido lá fora. No ano passado, os produtos florestais da região Norte trouxeram quase 1 bilhão de dólares em exportações para o Brasil. É metade do que o país conseguiu exportando carne.

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12 de outubro de 2005

Preço

O impacto da crise está fazendo subir os custos para a construção civil no Brasil. Foi esse o recado que a comissária da Casa Civil, Dilma Roussef, ouviu na semana passada de diretores da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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12 de outubro de 2005

Corda bamba

O governo acredita que até o fim de novembro saem os decretos de criação das Unidades de Conservação na região da BR-163, no Pará. Periga que o Parque Nacional do Jamanxim, condenado por dez entre dez ruralistas paraenses, não esteja entre elas. O sucesso de criação dessas UC’s depende, em boa parte, de uma ação do governo do Pará para iniciar até o fim do ano a demarcação de zonas de produção florestal no estado – áreas de floresta que seriam destinadas a planos de manejo para abastecer a indústria de madeira legal.

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12 de outubro de 2005

Dados

O governo do Acre está constituindo uma comissão independente para auditar as consequências das queimadas recordes registradas no estado este ano.

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12 de outubro de 2005

Acordo pelo ar

A Exxon Mobil, segunda maior petrolífera do mundo, entrou em acordo com o governo americano para reduzir em 53 mil toneladas por ano as emissões de poluentes de sete refinarias suas nos Estados Unidos. Em todas elas, técnicos flagraram vazamentos que elevavam o nível de emissões para muito além do que a lei federal permite. Para consertá-los e colocar suas refinarias em dia com a legislação, a ExxonMobil vai gastar 570 milhões de dólares. A notícia está no Environmental News Service.

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12 de outubro de 2005