Da caixa postal

Sergio Abranches, daqui de O Eco, enviou mensagem pelo e-mail na quinta-feira, depois de viajar pela estrada Rio-Belo Horizonte: “Quem saiu do Rio nesta quinta-feira, pela BR-040, pode ver a serra, na região de Posse, toda em chamas. O capim das encostas na beira da estrada também ardia, quilômetros a fio. Fogo proposital, só para ver queimar. Numa área, chegava próximo às casas e barracos de favela. Pelas estradas de Minas, já não é mais possível distinguir a neblina da fumaça das queimadas".

Por Redação ((o))eco
2 de setembro de 2005

Aliás

Para quem não sabe, as queimadas, quando não são feitas para limpar pastos, funcionam como uma espécie de funeral do desmatamento. É a cremação do mato que foi derrubado, principalmente na Amazônia, alguns meses antes. Depois do corte, aguarda-se um bom tempo até que os galhos, troncos e folhas fiquem secos. Aí ata-se o fogo para fazer a limpeza do terreno, para prepará-lo para a semeadura de grãos ou capim. Pelo menos em tese, esses focos de incêndio voluntário não deveriam ser considerados parte do desmatamento. O problema é que como qualquer fogo, ele facilmente foge do controle e acaba lambendo parte da floresta que ainda está de pé.

Por Redação ((o))eco
2 de setembro de 2005

Incrível

Só o Ibama acredita que que dá para atear fogo no campo de forma segura e controlada. No ano passado, o órgão inclusive lançou uma cartilha – que tinha na capa um matuto carregando uma espingarda e uma caixa de fósforos – tentando ensinar aos pequenos agricultores como fazer, aham, incêndios seguros. Tem até gente que sabe controlar o fogo. Mas em geral é turma que tem vasta experiência no ramo e que não aprendeu a técnica com uma rápida leitura de cartilha.

Por Redação ((o))eco
2 de setembro de 2005

Conversando com o inimigo

Há duas semanas, aconteceu um encontro inusitado em Cuiabá, capital do Mato Grosso. Durante duas horas e meia, estiveram frente à frente o homem-símbolo do desmatamento da Amazônia, governador Blairo Maggi, e um de seus mais ferreenhos críticos, Paulo Adário, coordenador da Campanha Amazônia do Greenpeace. Papearam como velhos conhecidos. Adário quer levar líderes de outras Ongs para uma próxima reunião com Maggi, que apesar de combinada, ainda não foi agendada.

Por Redação ((o))eco
2 de setembro de 2005

Será?

Na conversa com Adário, Maggi se disse disposto a examinar a criação do Parque Estadual das Castanheiras, no Norte do Mato Grosso. A ver. A região é cobiçada por gente grande na sua principal base de apoio político, agricultores e pecuaristas.

Por Redação ((o))eco
2 de setembro de 2005

Troca-troca

Maggi disse ao coordenador Greenpeace na Amazônia que um dos dramas para melhorar a performance de seu governo na área ambiental era a falta de recursos. Adário não se fez de rogado. Retrucou que há Ongs internacionais com bolsos fundos o suficiente para fazer contribuições para tapar eventuais buracos no seu caixa. Basta que ele demonstre estar comprometido com a causa.

Por Redação ((o))eco
2 de setembro de 2005

Ecoleitura

Aventuras ao ar livre ainda podem ser uma caixinha de surpresas. Para desvendá-los, o livro Ecoturismo no Brasil, que serálançado dia 6 de...

Por Redação ((o))eco
2 de setembro de 2005

Maggi sitiado

Aliás, durante a reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) em Cuiabá, na última sexta-feira, o governador de Mato Grosso confidenciou à técnicos do Ministério do Meio Ambiente que está enfrentando oposição à sua antiga política desenvolvimentista dentro da própria casa. Desde que foi agraciado com o Prêmio Motosserra de Ouro pelo Greenpeace, sua mulher e filha o atazanam pedindo que dê mais proteção às florestas que ainda restam no seu estado.

Por Redação ((o))eco
2 de setembro de 2005

Na mesma

Não deu em nada a reunião das madeireiras certificadas com a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, realizada na última quinta-feira. Um lado, o dos madeireiros, reclamou. O outro, o do governo, continuou a dizer que não há muito que se possa fazer para reverter a situação de parálise da indústria no curto prazo.

Por Redação ((o))eco
2 de setembro de 2005

Na mesma, mesmo

As ameaças de invasão em areas de madeira certificada no Pará prosseguem. Gente alta no Ministério do Meio Ambiente recebeu carta de dono de terreno operado pela Juruá dizendo que há risco alto de que sua área, em breve, seja ocupada.

Por Redação ((o))eco
2 de setembro de 2005