Quem já não ouviu falar no tráfico de animais tropicais silvestres? Pois é, a revista do The New York Times deste domingo traz uma história horrenda de tráficos de espécies tropicais e sub-tropicais, mas não de animais, e sim de plantas. É um negócio milionário, disputado por quadrilhas muito bem organizadas e que, além do dinheiro, tem como um de seus principais ingredientes os assassinatos. →
O Correio do Estado, do Mato Grosso, conta a longa e tortuosa história do Parque Estadual das Matas do Segrêdo, mais conhecido como Jardim Botânico de Cuiabá. Tem 177 hectares vegetações de Cerrado e 33 nascentes de água pura. Ele foi criado na década de 80 graças à mobilização de moradores, que salvou a área de virar loteamento habitacional. Sua situação só foi regularizada há cinco anos, mas a visitação ainda é restrita. →
O Le Monde registra a volta de velho debate médico à uma das principais publicações de medicina do mundo. O jornal The Lancet publica artigo em que a eficácia da homeopatia é questionada e seus pózinhos e pílulas comparadas à nada mais do que placebos. →
Duas reportagens no The New York Times dão conta da ressurgência de grandes mamíferos, infelizmente, para azar deles. Um fala do reaparecimento de Cougars, ou leões-da-montanha, num enclave de gente muito rica na área de São Francisco, na Califórnia. A vizinhança, poderosa, pressiona os políticos e reguladores para autorizar a sua caça. O outro mostra que toda a vez que esbarram em humanos, bichos de grande porte sãos caçados até a morte. Mesmo nos Parques Nacionais dos Estados Unidos, onde, em princípio, bichos deveriam estar a salvo de tiros. →
Na sexta-feira, O Estado de S. Paulo publicou artigo do jornalista Washington Novaes questionando à aprovação do projeto de lei de Gestão de Florestas Públicas, que vai abrir a exploração do mato em terras do governo à empresas privadas em regime de concessão. Novaes argumenta que, no caso da Amazônia, ainda há muito que não se sabe sobre a floresta para permitir que sejam cortadas, mesmo em regime de manejo. Diz ainda que a fragilidade institucional brasileira pode deixá-las expostas à má-conduta de empresários e de gente do governo encarregada de fiscalizá-los. Só para assinantes. →
Ainda no Estadão, só que deste último domingo, reportagem informa que Arnold Schwarzenegger, governador da Califórnia, e Geraldo Alckmin, de São Paulo, vão assinar acordo de cooperação para controle da poluição do ar. Os dois governam instalados em duas das cidades com o pior ar do mundo, Los Angeles e São Paulo. Também apenas para assinantes. →
O Ibama suspendeu corte de floresta nativa numa propriedade localizada em Área de Preservação Permanente (APP), no município de Urupema, Planalto de Santa Catarina. A derrubada, de dez hectares, estava sendo feita para que a terra fosse replantada com pinus. Tinha sido autorizada pela Fundação de Meio Ambiente do estado (Fatma), cuja burocracia construiu nos últimos anos a fama de odiar a natureza. Pelo visto, ela não é infundada. O proprietário da área, Arnaldo Gaio, é secretário-adjunto de desenvolvimento de São Joaquim, cidade que vive vendendo aos turistas, além do frio, paisagens de araucárias nativas. Justamente as árvores que Gaio estava derrubando. Ele foi multado em míseros 1 mil e 800 reais. →
O Paraná este ano comemora o Dia da Árvore de um jeito ficará na história e tem toda a pinta de recorde. Entre 19 de setembro, dia que se celebra a data, e 25 de setembro, o governo estadual vai plantar 5 milhões de mudas de árvores, que vem sendo estocadas há um ano e meio, nas matas que margeiam os rios do estado. A iniciativa envolve empresas públicas, universidades e os 399 municípios paranaenses. Luis Cheida, secretário estadual de Meio Ambiente, acha que nunca, em nenhum lugar, plantou-se tanta árvore em tão curto espaço de tempo. Por isso, pediu o registro do feito no Guinness, o livro dos recordes. →
O projeto de lei de Florestas Públicas, que tramita no Senado em regime de urgência constitucional, recebeu 23 emendas. Dezesseis levam a assinatura do ruralista Flexa Ribeiro, senador pelo PSDB do Pará. Gilberto Goellner, do PFL de Mato Grosso, é o autor de 4 emendas. Todas em favor da legalização de posses de grileiros. →
O Termo de Ajuste de Conduta (TAC) escrito para dar um mínimo de alento à combalida indústria madeireira do Pará aguarda apenas uma assinatura de órgão de governo para poder ser submetido aos madeireiros interessados em retomarem seus planos de manejo no estado. A da 4ª Câmara do Ministério Público Federal em Brasília, que tem sob sua jurisdição questões ambientais. →
