Crime flutuante

O Ibama apreendeu mais de 4 mil metros cúbicos de madeira ontem no Alto Solimões (AM). Foi mais uma ação da Operação Jangada, que começou em julho. A madeira estava sem documentação ou em desacordo com os planos de manejo vigentes.

Por Redação ((o))eco
10 de agosto de 2005

Grana para conservação

A Unesco abriu licitação para a gestão de cinco sítios do Patrimônio Mundial Natural. Distribuirá 4,5 milhões de dólares para ongs cuidarem de reservas ambientais no Sudeste, Costa do Descobrimento, Área de Conservação do Pantanal, Parque Nacional do Iguaçu e Parque Nacional do Jaú. Mas o prazo de inscrição é curto. Vai até 30 de agosto.

Por Redação ((o))eco
10 de agosto de 2005

Sahara europeu

O Guardian da África do Sul traz uma reportagem sobre a pior seca a atingir a Penísnsula Ibérica em 60 anos e alguns dos cientistas entrevistados por seu correspondente em Madri dizem que a região pode, em alguns anos, virar uma espécie de extensão do Sahara. A Espanha já perdeu para incêndios provocados por humanos, mas que fogem do controle por causa do calor, cerca de 160 mil hectares de floresta. O Público, de Lisboa, diz que essa perda, em Portugal, atingiu 100 mil hectares de mato por ano e o Bombeiro-Chefe português afirma que a situação poderia ser melhor se o país tivesse política de longo prazo para suas florestas e se elas não fossem alvo de disputas fundiárias. Nossa, parece o Brasil.

Por Redação ((o))eco
10 de agosto de 2005

Rompidos

O Irã cumpriu a promessa, quebrou os selos colocados em suas instalações nucleares em Isfahan por inspetores da ONU e retomou seu programa de enriquecimento de urânio. A notícia é do Guardian.

Por Redação ((o))eco
10 de agosto de 2005

Lixão nuclear

O governo americano entregou à Justiça nova proposta de limites de exposição à radiação para o entorno da Montanha Yuca, em Nevada, onde pretende armazenar para todo o sempre 77 mil toneladas de resíduos produzidos por usinas nucleares do país. O governo de Nevada e os ambientalistas opostos à construção do repositório de lixo nuclear no local argumentavam que os limites de exposição propostos anteriormente ameaçavam a saúde da população. Um juiz cedeu aos argumentos e paralisou os trabalhos de construção dessa lata de lixo gigante, que vai custar algo em torno de 58 bilhões de dólares, informa reportagem do The Washington Post.

Por Redação ((o))eco
10 de agosto de 2005

Drible nos ruralistas

Informado sobre a paralisia da Comissão responsável por definir o cerrado e a caatinga comoPatrimônios Nacionais, o deputado Fernando Gabeira resolveu agir. Nesta quinta-feira, vai apresentar requerimento para levar a proposta diretamente à votação no plenário da Câmara. Há mais de um ano a bancada ruralista emperra os trabalhos da Comissão.

Por Redação ((o))eco
10 de agosto de 2005

Dilma entra na roda

As agendas desta tarde das ministras Dilma Roussef, da Casa Civil, e Marina Silva, do Meio Ambiente, incluem uma reunião com madeireiros e 20 prefeitos do Pará que estão desesperados com a paralisação imposta pelo governo federal ao corte de madeira.

Por Carolina Elia
10 de agosto de 2005

Enfim

Quase dois meses depois da obtenção de liminar de reintegração de posse, a PM do Pará apareceu na Fazenda Jutaituba, do grupo Martins, para expulsar madeireiros ilegais que desde o início de junho ocupavam parte de seus 164 mil hectares. Com os invasores, a polícia encontrou armas de fogo, facas, motosserras e tratores. Os trabalhos de desocupação devem durar mais 48 horas.

Por Redação ((o))eco
10 de agosto de 2005

A morte da ATPF

Sem muito pesar, o presidente do Ibama, Marcus Barros, anunciou que até o fim do ano a Autorização para Transporte de Produto Florestal (ATPF) será substituída pelo Documento de Origem Florestal (DOF). A nova forma de legalização de transporte de madeira acontecerá pela internet e agilizará o rastreamento de toras. Pelo menos é o que se espera.  

Por Redação ((o))eco
10 de agosto de 2005

Munição ecológica

Rola no Conselho Mundial da Forest Stewardship Council – ong responsável pela certificação de madeira no mundo – uma discussão sobre se as florestas replantadas devem continuar a ser certificadas. Por trás do debate está uma questão econômica. As operações de replantio em países de clima temperado não têm como concorrer com as que existem em países tropicais como o Brasil. Aqui, um eucalipto leva cinco anos para estar maduro para o corte. Na Europa, demora três vezes mais. Como é politicamente incorreto questionar a capacidade competitiva de países pobres, os europeus resolveram bombardear os projetos de reflorestamento com munição à base de ecologia.

Por Lorenzo Aldé
10 de agosto de 2005