Cagarras de molho

O projeto que quer transformar o arquipélago das Cagarras, no Rio de Janeiro, em Monumento Natural, chegou ao Senado em 29 de março, mas empacou. Não tem prazo para ser votado. Criado pelo deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) e aprovado no plenário da Câmara, o PL das Cagarras foi parar nas mãos do senador Marcelo Crivella (PL-RJ), que deve propor algumas emendas, como a de excluir do projeto a ilha Rasa, que pertence à Marinha. Mas além de enfrentar as Medidas Provisórias que vivem trancando a pauta de votações do Senado, a proposta, que visa promover o turismo sustentável nas Cagarras, deve ter como obstáculo a falta de interesse do próprio Crivella. Depois de uma semana de tentativas, o senador não foi encontrado para falar sobre o assunto, e sua assessoria não soube prestar qualquer informação sobre o andamento do processo.

Por Carolina Mourão
9 de maio de 2005

Projeção verde

A General Electric anunciou uma política de investimento e marketing verde e pretende lucrar 20 bilhões de dólares com venda de produtos ecologicamente corretos até 2010. Prometeu também cortar a emissão de gases causadores do efeito estufa e economizar energia, diz reportagem do Wall Street Journal (só assinantes). A empresa é a mais nova companhia americana a adotar medidas que parecem satisfazer cada vez mais um grupo significativo de consumidores.

Por Carolina Elia
9 de maio de 2005

Geração Agente Laranja

A BBC News (gratuito) lembrou os 30 anos do fim da guerra do Vietnã com uma matéria sobre a herança da principal arma química usada pelos americanos na época. O agente laranja foi pulverizado sobre as florestas vietnamitas para dizimar a mata usada pelos guerrilheiros como esconderijo. Mas acabou por poluir rios, solos e envenenar pessoas que geraram crianças com deficiências genéticas e outros tipos de anomalias. Para o diretor da Cruz Vermelha do país, os Estados Unidos cometeram um crime de guerra, mas a justiça americana rebate que na época as leis internacionais permitiam o uso do agente.

Por Carolina Elia
9 de maio de 2005

Salvai os lírios do campo

Os ingleses que cuidam tão bem de seus campos levaram um susto com a notícia de que grande parte de suas espécies de plantas silvestres estão ameaçadas de extinção. Entre elas, uma popular flor amarela trazida para a região através dos fazendeiros romanos. As plantas não estariam resistindo à pressão das áreas de pastagens, herbicidas, fertilizantes e atividades agrícolas. O Guardian (gratuito) publicou fotos de algumas das espécies para testar o conhecimento de seus leitores.

Por Carolina Elia
9 de maio de 2005

Problemas nucleares

Tony Blair mal começou seu terceiro mandato e um problema bastante impopular desponta no horizonte: investimento em energia nuclear. O país tem que reduzir suas emissões de gases poluentes até 2010 e alguns defendem que construir usinas nucleares é a melhor solução. Mas um vazamento numa das unidades do país deu munição à oposição, mesmo ele tendo sido controlado e não oferecer nenhum tipo de perigo à sociedade, conta o Guardian.

Por Carolina Elia
9 de maio de 2005

Brincando com fogo

Tempo é dinheiro. Como um bom americano, um fazendeiro do Kansas decidiu parar de gastar tempo e energia queimando o seu campo e decidiu convidar turistas para fazer o trabalho sujo. Deu certo! Cerca de 40 pessoas o procuram na época das queimadas e pagam 100 dólares para poder atear fogo na mata. No fim, ele oferece biscoitinhos e música ao vivo para os convidados, relata o Wall Street Journal (só para assinantes).

Por Carolina Elia
9 de maio de 2005

Lentes no meio ambiente

O Guardian exibe duas séries de fotografias de Sebastião Salgado. Uma é sobre vulcões, a outra, sobre baleias francas na Patagônia. As duas fazem parte de seu último projeto, Genesis, que está levando Salgado a fotografar um objeto até então inédito para suas lentes. O meio ambiente.

Por Redação ((o))eco
9 de maio de 2005

Acorda, Terra

Estão fazendo 25 anos desde que a primeira teoria sobre o aquecimento global do planeta foi formulada. A The New Yorker celebra a data com uma série de 3 reportagens sobre o fenômeno, mostrando que hoje, além de praticamente não haver mais polêmica sobre o fato de que o homem, ao liberar gases na atmosfera,

Por Manoel Francisco Brito
9 de maio de 2005

Lobby

O Estado de S. Paulo tem longa reportagem sobre o estado da BR-163, obra de infra-estrutura prioritária para o governo petista. Nenhuma novidade, a estrada é um horror, mas o relato vale como prova de que andar por lá é de fato um tormento. O ruim do texto é que ele praticamente não menciona o desastre ambiental que foi a abertura da estrada e nem tampouco os passivos futuros que sua pavimentação poderá gerar. Voz mesmo sobre o assunto só é dada aos sojeiros – coisa que não chega a espantar tratando-se de reportagem feita pela editoria de economia.

Por Manoel Francisco Brito
9 de maio de 2005

A ética do tiro

Há alguns meses, saiu aqui no Eco.Net notícia sobre nova modalidade de caça nos Estados Unidos, a remota, na qual o caçador, sentado na frente de um computador, mira e abate a presa com o seu mouse. O negócio funciona no Texas e está atraindo caçadores de escrivaninha por todo os Estados Unidos. O The Washington Post reporta que criou-se uma estranhíssima aliança no país contra esse tipo de caça, um arco-íris ideológico que inclui desde ambientalistas à deputados federais republicanos ultra-conservadores, passando pela poderosa National Rifle Association, braço de lobby da indústria de armas de fogo. O que os une não é a luta contra caçadores, mas a percepção de que caçar pela Internet levanta questões morais e éticas que embora talvez não sejam muito claras, nem por isso são menos sérias. Um republicano que introduziu projeto de lei para banir a prática diz que uma sociedade que aceita atirar para matar à distância, separando o atirador da vítima e da arma, está dando sinais de que ela tem sérios problemas. É o passo final na direção da banalização da morte. Mesmo para os conservadores, atirar exige algum tipo de ética.

Por Manoel Francisco Brito
9 de maio de 2005