Investimento líquido

Mais de 8 em cada 10 americanos acham essencial o governo do país investir em água limpa e saudável. Preferem pagar imposto se for preciso. Segundo uma pesquisa realizadas por firmas contratadas por democráticos e republicanos, 71% dos entrevistados acham mais importante investir em água do que no sistema rodoviário e aéreo americano. O Environment News Service (gratuito) lembra que Bush propôs cortar em meio bilhão de dólares a verba para o fundo que cuida das águas nacionais.

Por Carolina Elia
10 de março de 2005

Sentindo-se culpado

O Serviço de florestas americano cansou de ser criticado e decidiu testar novas formas de certificação de madeira no país. Os ambientalistas acusam a instituição de permitir derrubadas em excesso, os madeireiros fazem a queixa oposta. Segundo a Oregon Live, dois programas internacionais de certificação serão testados em diversos estados americanos.

Por Carolina Elia
10 de março de 2005

Aliados inesperados

Influentes líderes evangélicos americanos, boa parte deles com função executiva na Associação Nacional dos Evangélicos, quer colocar como prioridade na sua agenda política a luta contra o aquecimento global. O fato de o assunto aparecer no radar do grupo, por si só já justificaria o fato de o The New York Times (gratuito, pede cadastro) tê-lo estampado na sua primeira página. Mas a notícia fica ainda mais importante quando se descobre que a mobilização contra o efeito-estufa já foi além de uma declaração de princípios. Dias 12 e 13 de março mais de 100 lideranças se reunirão em Washington, D. C. para discutir o texto de um manifesto sobre a questão. Convidaram o senador democrata Joe Lieberman, que favorece a redução de emissões na atmosfera, para falar. Chamaram também gente da Casa Branca, que acha que o efeito estufa não é problema tão grave assim, para participar de um debate. Dependendo do que sair do encontro, George Bush pode ser forçado a mudar sua política ambiental. Os evangélicos formam uma das principais bases de seu sucesso político.

Por Manoel Francisco Brito
10 de março de 2005

Relíquia

Ativistas ambientais, entre eles celebridades de Hollywood, estão fazendo vigília para impedir a GM de destruir os últimos 77 exemplares do EV1 que ainda existem nos Estados Unidos. O EV1 foi o primeiro carro elétrico a ser oferecido em larga escala ao consumidor americano, em fins da década passada. Só que ele chegou ao mercado, diz reportagem do The Washington Post (gratuito, pede cadastro), um pouco cedo demais, quando a maioria dos consumidores não estava preocupada em se movimentar pelas ruas e estradas com carros movidos a combustível limpo. Por conta disso, não fez muito sucesso e acabou tendo vendas baixas. A linha foi cancelada. A GM quer destruir os carros porque a lei americana obriga as montadoras a fazerem manutenção de veículos que estejam em mãos de proprietários privados. Como o custo disso é alto para um número reduzido de carros, a GM saiu comprando os últimos remanescentes do EV1 para retirá-los do mercado.

Por Manoel Francisco Brito
10 de março de 2005

Índios depredam represa

Índios xoclengues da reserva Duque de Caxias (SC) estão depredando osequipamentos da represa Barragem Norte, instalada no local. A Defesa Civil entrou em alerta porque as máquinas que acionam as comportas não estão funcionando e a água do rio Hercílio precisa ficar represada para evitar enchentes na cidade de Blumenau em caso de chuva. A barragem prejudica os índios porque o aumento do nível do rio imunda parte reserva e dificulta a locomoção. O jornal de Santa Catarina A Notícia tem acompanhado a história.

Por Andreia Fanzeres
9 de março de 2005

Pioneiro

Aconteceu domingo, dia 6 de março, a primeira morte de um lobo cinza nos Estados Unidos de acordo com as novas regras para a interação entre esses animais e os seres humanos, que entraram em vigor em fevereiro. Foi no Idaho, onde um rancheiro passou fogo num lobo que perseguia seu gado. Antes, para matar um animal desses e não temer a força da lei, o rancheiro tinha que aguardar até que o lobo trincasse seus dentes na vaca. A notícia é do Los Angeles Times (área gratuita).

Por Manoel Francisco Brito
9 de março de 2005

Mais leve

Duda Mendonça livrou-se das acusações de apologia ao crime e formação de quadrilha que constavam do processo aberto contra ele por ter sido flagrado, no ano passado, participando de uma rinha de galo no Rio de Janeiro. Mas continuará a responder pelo crime ambiental de maus-tratos a animais, diz reportagem de O Globo (gratuito, pede cadastro).

Por Manoel Francisco Brito
9 de março de 2005

Meu garoto

Péssima notícia para a igualdade entre sexos. Pesquisadores espanhóis, segundo a LiveScience (gratuita), confirmaram uma velha suspeita. As mães de veados vermelhos ibéricos produzem leite mais rico em proteína quando seus filhotes são machos. A razão, dizem os estudiosos, tem a ver com a estratégia reprodutiva da espécie. As mães alimentam melhor seus machinhos porque eles têm condição de se acasalar várias vezes num mesmo período – coisa que, por tabela, aumenta as chances da progenitora de passar seus genes adiante.

Por Manoel Francisco Brito
9 de março de 2005

Anzóis da morte

A primeira revisão do desempenho ambiental de pescadores em 19 pesqueiros internacionais, que estão sob jurisdição intergovernamental, mostra que as coisas vão muito mal nessas águas, diz o Environmental News Service (gratuito). As pescas, principalmente as feitas com longlines – uma compridíssima corda ao longo da qual são atados milhares de anzóis – continuam a produzir danos colaterais em várias espécies, em especial aves. Estima-se que no ano passado elas mataram 300 mil aves, principalmente albatrozes, e milhares de tartarugas e focas.

Por Manoel Francisco Brito
9 de março de 2005

Sinais

O monte Santa Helena, vulcão que fica no Noroeste dos Estados Unidos, expeliu o que o The Washington Post (gratuito, pede cadastro) diz ter sido uma “significante” coluna de fumaça. A mídia americana vem acompanhando o Santa Helena passo a passo desde que cientistas disseram no ano passado, que o vulcão está prestes a entrar em erupção.

Por Manoel Francisco Brito
9 de março de 2005