O perigo das mudanças

O surgimento e o reaparecimento de doenças infecto-contagiosas, como a gripe asiática (SARS) e a tuberculose, estão associadas a mudanças ambientais. A conclusão parte de um estudo realizado pelo PNUMA, o Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente, lançado dia 21 de fevereiro no Quênia. Desmatamentos têm aumentado o contato de homens com vírus que antes permaneciam isolados, como o do Ebola, na África Central. Nas cidades, falta de saneamento básico, lixo e mau uso da água facilitam a proliferação de vírus, bactérias e vetores transmissores de doenças, como mosquitos. As doenças infecto-contagiosas são responsáveis por 25% das mortes no mundo, podendo chegar a 2/3 do total de óbitos em locais com África e sul da Ásia. O estudo revela ainda que qualquer mudança ambiental significativa pode provocar o surgimento de doenças. No nordeste dos Estados Unidos , o reflorestamento de uma região levou a uma epidemia de carrapatos perigosos a saúde humana.

Por Redação ((o))eco
22 de fevereiro de 2005

No pé das prefeituras

O Ministério Público Federal decidiu acabar com a farra dos quiosques e barracas nas praias da Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. Em entrevista a O Globo, o procurador Helder Magno da Silva acusou as prefeituras de permitirem e incentivarem a ocupação de áreas públicas e não protegerem o meio ambiente.

Por Redação ((o))eco
22 de fevereiro de 2005

Tristes Trópicos

O antropólogo francês Lévi-Strauss revela como a natureza brasileira lhe marcou durante a sua primeira vinda ao Brasil, na década de 30. Em entrevista publicada na Folha, ele também comenta como as transformações urbanas ocorridas no últimos 70 anos o chocaram.

Por Redação ((o))eco
22 de fevereiro de 2005

Indústrias no Pantanal

A Folha de São Paulo não deixou passar e registrou que o presidente Lula vai hoje a Campo Grande incentivar projetos de industrialização que são criticados por ambientalistas. A nota enfatiza que, recentemente, o governo federal reduziu as verbas para preservação do Pantanal.

Por Redação ((o))eco
22 de fevereiro de 2005

O futuro de Veneza

O medo de ver Veneza submersa pode levar o governo italiano a investir 4,5 bilhões de dólares em um plano batizado de Projeto Moisés.A idéia é construir 78 barragens móveis e submarinas no fundo do mar Adriático. Segundo o The New York Times, essas barragens subiriam até a superfície quando fosse necessário barrar marés extremamente altas. O projeto é polêmico, pois ninguém sabe quais serão suas conseqüências ambientais.

Por Redação ((o))eco
22 de fevereiro de 2005

Descaso

Um lago na China está infestado de um tipo de parasita que se infiltra na pele e ataca determinados órgãos. Ele é da família dos shistossomas, um parasita que existe no Brasil, mas a versão chinesa seria mais letal. O pior, conta o The New York Times, é que ele foi encontrado em um lago onde moradores locais lavam legumes e tomam banho. Resultado: quase 80% dos moradores da região estão contaminados.

Por Redação ((o))eco
22 de fevereiro de 2005

Novo terremoto

O Irã foi alvo de mais um terremoto. Tremores de 6,4 graus na escala Richter atingiram o sudeste do país nesta terça feira e mataram 270 pessoas. Mil ficaram feridas. Em dezembro de 2003, a cidade iraniana de Bam foi quase inteiramente destruída por um terremoto. Vinte e seis mil pessoas morreram. No The Guardian há detalhes sobre o novo tremor.

Por Redação ((o))eco
22 de fevereiro de 2005

Ética alimentar

Segundo o Guardian (gratuito) o assunto deixou até o ex-Beatle Paul McCartney irritado. Tão logo ouviu na BBC que Lindsay Allen, nutricionista americano de renome, havia acusado pais vegetarianos de estarem prejudicando a saúde de seus filhos por não lhes alimentar com carne, McCartney, vegetariano há 20 anos, pegou o telefone e ligou para a BBC para dizer que a alegação era “lixo”. Ele não foi o único inglês a atacar Allen, que baseou suas afirmações em estudo que conduziu de crianças africanas que não comiam carne por conta da pobreza de suas famílias. O americano disse que fontes animais de alimentação têm nutrientes que não podem ser encontrados em vegetais e que negá-las a crianças, e mulheres grávidas ou que estão amamentando, é aético.

Por Manoel Francisco Brito
22 de fevereiro de 2005

Para que saber tanto?

Um painel de médicos que aconselha o governo americano em questões de saúde pública fará, em algumas semanas, recomendação para que recém-nascidos passem por um teste de detecção de 29 tipos diferentes de doenças. Algumas delas são tão obscuras que apenas alguns poucos na profissão médica as conhecem. Reportagem no The New York Times (gratuito, pede cadastro) diz que ninguém discute as boas intenções da turma que faz parte do painel. O que se debate é o grau de utilidade de teste tão detalhado. Opositores dizem que de todas as doenças que ele supostamente irá descobrir, somente cinco têm tratamento que conduz à cura. Para as outras, há apenas o tratamento, que às vezes dá certo e às vezes não. Além disso, o fato de haver uma indicação positiva de doença num bebê não significa que ele necessariamente irá desenvolvê-la ao longo da vida. O pessoal que é contra acredita que a maior consequência de exame tão detalhado será a de gerar uma geração de pais estressados?

Por Manoel Francisco Brito
22 de fevereiro de 2005

Vitória de pirro

O The New York Times (gratuito, pede cadastro) diz que finalmente, cinco anos depois de propor o projeto de lei, George Bush conseguirá fazer com que o Congresso aprove a exploração de petróleo no Refúgio de Vida Selvagem no Ártico, um santuário ecológico no Alaska. A briga legislativa em torno desse projeto foi uma das grandes batalhas ambientais dos últimos anos nos Estados Unidos. Mas a vitória de Bush, se acontecer, tem tudo para não ter a menor importância. As petrolíferas fizeram estudos geológicos e concluíram que não há a menor razão econômica para extrair petróleo lá. As reservas que existem na área são pequenas.

Por Manoel Francisco Brito
22 de fevereiro de 2005