Batata quente

O Parque Nacional da Tijuca e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro continuam sem os serviços de limpeza e segurança que eram garantidos por convênio com a Prefeitura. Na sexta-feira, dia 18, o Ibama obteve liminar determinando a volta da Guarda Municipal e da companhia de limpeza urbana (Comlurb) ao trabalho nos Parques da União, mas até agora a decisão judicial não foi cumprida. A Procuradoria Geral do Município confirmou o recebimento da liminar mas diz que cabe aos órgãos municipais estabelecer a data de retorno ao trabalho. A Comlurb espera ordens da Prefeitura, e a Prefeitura diz que quem deve definir isso é a Procuradoria. A confusão começou quando o Ibama decidiu multar a Prefeitura em 500 mil reais por despejar lixo acima da quantidade permitida no aterro de Gericinó, depois que o município de Duque de Caxias impediu o acesso da Comlurb ao lixão de Gramacho. Em resposta, o prefeito do Rio, César Maia, ordenou a suspensão do convênio de limpeza e segurança com o Ibama. Reaberto o aterro de Gramacho, o Ibama nega a multa e a Prefeitura nega a represália (diz que o procedimento é padrão em início de mandato). Nesse jogo de empurra, sobrou lixo e insegurança nos Parques da cidade.

Por Lorenzo Aldé
21 de fevereiro de 2005

Águas vão rolar

O Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), terceira maior ONG de proteção ao meio ambiente do Brasil, assinou no dia 4 de fevereiro convênio com a Petrobrás para seu novo projeto no Pontal do Paranapanema, em São Paulo. Batizado de “Águas vão rolar”, o projeto vai combater o assoreamento e a degradação das matas ciliares do Pontal para recuperar a qualidade da água e favorecer animais ameaçados de extinção. A estatal vai destinar 2 milhões de reais para os trabalhos. Serão restaurados 295 hectares de árvores nativas em 2005. A meta é reflorestar 700 hectares.

Por Redação ((o))eco
18 de fevereiro de 2005

Dentro do ministério

A jornalista Miriam Leitão esteve em contato com a cúpula do Ministério do Meio Ambiente no dia em que o Governo Federal anunciou a criação de novas unidades de conservação na Amazônia, principalmente no Pará. Em sua coluna em O Globo, ela relata a estratégia para combater o desmatamento defendida pela equipe da ministra Marina Silva.

Por Carolina Elia
18 de fevereiro de 2005

Lixo em excesso

Uma guerra provocada por dinheiro entre os principais lixões do Rio de Janeiro sobrecarregou o Centro de Tratamento de Resíduos de Gericinó. O lugar só tem capacidade para receber 1.500 toneladas de lixo por dia, mas esta semana recebeu mais de 14 mil toneladas. O Globo conta que técnicos do Ibama foram ao local e descobriram que o aterro superlotado não tem nem licença ambiental para funcionar. A maior prejudicada na história é, para variar, a Baía de Guanabara, aonde desemboca o chorume não tratado.

Por Carolina Elia
18 de fevereiro de 2005

Búzios protegido

Ao receber uma enxurrada de projetos imobiliários para Búzios, a prefeitura e a câmara municipal decidiram proibir novas construções no município até setembro. Segundo O Globo, o objetivo seria frear o crescimento desordenado.

Por Carolina Elia
18 de fevereiro de 2005

Terra Nostra

A Polícia Federal começou a acabar com a festa de uma quadrilha de grileiros que vendia terras com documentos fraudados no Tocantins. A operação foi batizada de Terra Nostra e começou com 16 prisões. A Folha de São Paulo conta que eles repassavam os terrenos para fazendeiros do Paraná e do Rio Grande do Sul interessados em plantar soja na região.

Por Carolina Elia
18 de fevereiro de 2005

Bate-boca sobre Br-163

A Folha de São Paulo chama atenção para a seção de cartas da última edição da revista Science. A maioria debate se o asfaltamento e a construção de novas estradas na Amazônia são a principal causa do desmatamento na região. Um grupo de cientistas aposta que sim.

Por Carolina Elia
18 de fevereiro de 2005

Petrobras no Equador

Um grupo de renomados biólogos escreveu uma carta ao governo do Equador e à Petrobrás pedindo o fim da construção de uma estrada dentro e nos arredores do Parque Nacional de Yasuní, na Amazônia equatoriana. A companhia brasileira tem licença para explorar petróleo no paraíso ecológico. Deu no New York Times.

Por Carolina Elia
18 de fevereiro de 2005