Anti-arrasto

O governo do Paraná tomou uma atitude radical contra a pesca de camarão de arrasto em seu litoral. A pesca de arrasto é um dos mais devastadores tipos de pesca que acontecem na costa brasileira e a plataforma rasa do Paraná – com seu fundo plano e arenoso, sem muitas lajes – é particularmente vulnerável a ela. O plano do governo, desenvolvido em conjunto com a Universidade Federal do Paraná, é estabelecer um perímetro de defesa em torno de uma área de 428 quilômetros quadrados que vai da fronteira com São Paulo até o limite com Santa Catarina e avança 6 quilômetros em direção ao mar. A “muralha” será formada por 1600 armadilhas anti-arrasto, feitas de vergalhões de ferro e concreto, afundadas a 250 metros de distância uma da outra. A operação toda vai custar 1,2 milhão de reais.

Por Redação ((o))eco
17 de setembro de 2004

Estaca zero

Bem, o governo tropeçou na questão dos transgênicos. Uma estranhíssima coalizão de gente que costuma se estranhar bastante – ruralistas, ambientalistas e cientistas – bloquearam mais uma vez o encaminhamento da Lei de Biossegurança no Senado. O governo continua insistindo que não regulará a questão por Medida Provisória. Os agricultores parecem alheios à questão. Com ou sem regulamentação, diz O Globo (gratuito, pede cadastro) continuaram insistindo que vão plantar muita soja transgênica nos campos do país.

Por Manoel Francisco Brito
17 de setembro de 2004

Ivan foi mesmo terrível

O Ivan entrou nos Estados Unidos pelo Alabama, no Golfo do México, mas sua força se fez sentir também na Flórida e na Louisiana. O furacão deixou um rastro de destruição – pontes partiram ao meio, milhares de casas foram achatadas – e 23 mortos, informa o The Washington Post (gratuito, pede cadastro). O Birmingham News, do Alabama, conta que no estado quem mais sofreu foram os moradores de um condomínio de luxo construído em ilha próxima ao litoral, onde o preço médio das residências é de 2 milhões de dólares. Pelo menos o Ivan foi democrático na distribuição do sofrimento.

Por Manoel Francisco Brito
17 de setembro de 2004

Irrespirável

Nos últimos dias, Hong Kong registrou níveis recordes de poluição atmosférica, segundo a Environmental News Network (gratuito). A qualidade do ar estava tão ruim que o governo local recomendou que a população não se exercitasse e que pessoas com problemas cardíacos e respiratórios tomassem cuidados extras. O problema tem se repetido com freqüência. Apesar da ex-colônia britânica ter suas próprias  fontes de poluição, funcionários do governo admitem que 80% dela chega carregada pelo vento da província vizinha de Guangdong, na China continental.

Por Manoel Francisco Brito
17 de setembro de 2004

Planta

O Guardian (gratuito) na Internet tem uma página interativa muito bonitinha com a planta da casa ecologicamente correta que foi “estrela” de nota aqui do O Eco.net publicada ontem. Dá uma noção visual do que se está falando.

Por Manoel Francisco Brito
17 de setembro de 2004

Idéia genial

A prestigiada revista de ciência Nature teve uma idéia politicamente pertinente. Pediu aos dois principais candidatos à presidência dos Estados Unidos, George W. Bush e John Kerry, para responder como pretendem lidar com questões importantes para a ciência e o planeta. Entre elas, o uso de células-tronco, mudanças climáticas, transgênicos e lixo atômico. Os textos sobre cada tópico são curtos, o que torna a leitura boa e rápida. Vale a pena.

Por Carolina Elia
16 de setembro de 2004

Lá vem a MP…

Nesta quinta-feira, 16 de setembro, foi adiada a votação da Lei de Biossegurança. A lei só deve voltar ao plenário do Senado depois das eleições. Como é tempo de plantio, os agricultores do Rio Grande do Sul dependem agora de uma nova Medida Provisória autorizando o cultivo de transgênicos no país. Repete-se a situação de 2003, quando Lula baixou uma MP liberando o plantio e a comercialização daquela safra. Na época, a decisão desagradou à área ambiental do Governo, mas o presidente assegurou que não usaria o mesmo expediente em 2004. Certamente confiava que, em um ano, a nova legislação para o setor fosse aprovada. Nos próximos dias, veremos de novo a queda-de-braço entre os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. O vencedor já é esperado. E de MP em MP, a soja transgênica vai se consolidando no país...

Por Lorenzo Aldé
16 de setembro de 2004

Energia caseira

Chegou a vez da geração de energia doméstica e não poluente. Segundo o centro Green Alliance, em matéria da BBC News (gratuito), a tecnologia está pronta para ser comercializada por um preço acessível. Em breve, casas vão poder ter geradores movidos a energia solar, eólica e fluvial (através de pequenas turbinas), entre outras. Todas “environment friendly” com baixa emissão de gases que contribuem para o aquecimento global.

Por Carolina Elia
16 de setembro de 2004

Carga pesada

A destinação final de pilhas e baterias está sendo resolvida no município gaúcho de Dois Irmãos. No dia 8 deste mês, a Juíza de Direito Angela Roberta Paps Dumerque, do Fórum local, determinou que as indústrias Panasonic do Brasil e Microlite recolham mais de 4.800 kg de pilhas e baterias depositadas na Prefeitura. As empresas devem também implantar, em 60 dias, sistemas de coleta, transporte, depósito e destinação final desses materiais, em 27 pontos de coleta já existentes no município, sob pena de multa diária de R$ 5 mil.

Por Carolina Elia
16 de setembro de 2004

Única saída

O Projeto de Lei de Biossegurança – que libera e regula, entre outros, a comercialização e o cultivo de sementes transgênicas – foi aprovado nas três comissões do Senado onde estava atravancado e vai hoje à plenário, diz a Folha de S. Paulo (só para assinantes). Pode até ser aprovado, mas Lula terá que descumprir a promessa de não mais regular o plantio de transgênicos por uma medida provisória, feita ainda no ano passado. Quem aponta para isso é O Globo (gratuito, pede cadastro). É que o texto do Projeto sofreu modificações no Senado e portanto terá que retornar à apreciação da Câmara. A nova safra de soja – boa parte dela germinada de sementes transgênicas – começa a ser plantada em outubro. Dificilmente, levando-se em conta o ritmo do Congresso, a lei estará aprovada até lá. Resta, portanto, a MP.

Por Manoel Francisco Brito
16 de setembro de 2004