Mal na fita

Quando o assunto é Amazônia, a imagem do Brasil no exterior anda mesmo feia. Em uma reportagem intitulada “Bem-vindo à nossa selva que encolhe”, a revista britânica The Economist afirma que é quase impossível para o governo brasileiro controlar o desmatamento e a exploração da floresta porque praticamente não há controle sobre a propriedade de terras da região. Para embasar sua tese, a publicação cita a tribo encontrada no final do ano passado perto da fronteira do Peru que nunca teve contato com a civilização. “Os membros da tribo fotografada recentemente não são os únicos que não reconhecem a soberania do Brasil na Amazônia”, diz a reportagem. Ao citar as possíveis causas do desmatamento, a revista ainda comenta sobre os desafios que o “hiperativo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc” terá.

Por Redação ((o))eco
6 de junho de 2008

Participação estrangeira

A prática da derrubada ilegal de árvores na floresta Amazônica não é exclusividade dos brasileiros. Ontem, a madeireira Gethal, do empresário sueco-britânico Johan Eliasch, foi multada pelo Ibama em nada menos que 450 milhões de reais por transportar e comercializar cerca de 700 mil m³ de madeira nobre da floresta na região de Manicoré (AM) – algo em torno de 230 mil árvores. Além de chamar a atenção pelo valor, a aplicação das multas reascende um debate que vem se arrastando há vários meses: a compra de terras da Amazônia por estrangeiros. Há algum tempo, Eliach e sua esposa, a socialite brasileira Ana Paula Junqueira, deram entrevistas para jornais do mundo inteiro alardeando a compra de uma área de 160 mil hectares na Amazônia, lembra a Folha Online. O Incra estuda pedir o cancelamento dos registros das terras se for encontrada alguma irregularidade. Os advogados do empresário informaram que as terras estão em nome do grupo Gethal, mas não deram detalhes sobre a participação de Eliasch na empresa.

Por Redação ((o))eco
6 de junho de 2008

EIA cibernético

Dentro em breve, a elaboração de Estudos de Impacto Ambiental (EIA) poderá ser agilizada pelo uso de um sistema computacional inteligente criado especificamente para a tarefa. Esta é a promessa de um grupo de investigadores espanhóis da Universidade de Granada, que desde 1998 vem trabalhando no novo sistema. Até o momento, o programa foi aplicado com sucesso em atividades como exploração mineral, mas esta sendo ampliado para outras ações humanas, diz notícia da agência EFE. A idéia do grupo é que o sistema – capaz de realizar cálculos complexos para análise e estudo das variáveis que influenciam na interação do homem com o meio ambiente – tenha validade internacional. O otimismo é tanto que eles até estão trabalhando na proposta de uma “ontologia geral” do programa.

Por Redação ((o))eco
6 de junho de 2008

Fim de um país

O presidente de Kiribati, uma pequena nação insular do Pacífico Sul, aproveitou o Dia do Meio Ambiente para anunciar a derrota de seu país frente ao aquecimento global. Anote Tong pediu ajuda internacional para que a população comece a ser evacuada, e afirmou que não existe outra opção: “Não queremos acreditar nisso. Nos dá uma profunda sensação de frustração. Mas o que fazer?”. Segundo o jornal The Independent, a previsão é que Kiribati fique completamente inabitável dentro de 50 a 60 anos. O avanço da água salgada tem destruído os cultivos e contaminado os estoques de água doce, e as áreas mais altas da região estão a menos de dois metros acima do nível do mar. “Precisamos achar um lugar mais alto. Mas, no momento, os únicos disponíveis são os coqueiros”, lamentou Tong.

Por Redação ((o))eco
6 de junho de 2008

É campeão

Na página do príncipe, há um filmete de divulgação capaz de eriçar os pelos do pescoço de Lula. Ele diz com todas as letras que o desmatamento emite mais carbono na atmosfera do que toda a infra-estrutura mundial de transportes. Em resumo, quando o assunto é cuidar de mata, talvez não sejamos tão bons assim de bola. Mas no campeonato de emissões, com os brasileiros, não há quem possa.

Por Redação ((o))eco
5 de junho de 2008

Palpite

Apareceu mais um palpiteiro estrangeiro sobre florestas tropicais para atazanar a vida de Lula. Chama-se Charles e vem a ser o herdeiro do trono inglês. O príncipe, velho ambientalista, colocou no ar hoje um site para prestar conta de suas ações junto a governos e empresas para salvar florestas como a Amazônia da destruição.

Por Redação ((o))eco
5 de junho de 2008

Veloz

'O decreto 41338, publicado hoje pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, declara de utilidade pública o gasoduto que ligará Cabiúnas, em Magé, à Refinaria Duque de Caxias, da Petrobrás. É o tal licenciamento ambiental sem burocracia. A obra está liberada para passar, sem maiores problemas, por áreas de preservação permanente'.

Por Redação ((o))eco
5 de junho de 2008

Proteção

Para dar um ar de que não estava cometendo nenhum absurdo, o governo do Rio lembrou que o gasoduto já tinha obtido licença prévia da Feema, órgão que à época obedecia à Minc.

Por Redação ((o))eco
5 de junho de 2008

Alfinete

No discurso do Dia Mundial do Meio Ambiente, Lula não perdeu a chance de distribuir alfinetadas. A quem vive reclamando de muita terra para pouco índio ou para comunidades locais, o presidente lembrou que muitas vezes milhões de hectares estão nas mãos de um único proprietário. Também reforçou o mote do momento, dizendo que o território amazônico é brasileiro, mas, gentil, avisou que os benefícios da floresta podem ser compartilhados com a humanidade. “A Amazônia parece aqueles vidros de água benta, onde todo mundo quer meter o dedo”, disse.

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5 de junho de 2008

Biolimpeza?

Lula também comentou que pediu ao Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial um teste no mínimo interessante: comparar a poluição de duplas de carros e caminhões à gasolina e ácool, diesel e biodiesel. No primeiro teste, o carro movido a gasolina teria emitido 8,5 vezes mais poluentes que seu par a álcool. Na segunda avaliação, o caminhão a diesel foi 5,3 vezes mais poluidor que no caso do biodiesel. Palavra do presidente.

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5 de junho de 2008

É conosco?

Lula voltou a patacoada da Amazônia é nossa no dia do meio ambiente. Durante cerimônia no Planalto, voltou a dizer que não aceita palpite sobre o tema de quem desmata e emite CO2. Como temos uma história de devastação das nossas matas e somos o 5º maior emissor de gases do planeta, não custa o presidente esclarecer se ele estava se referindo a nós brasileiros.

Por Redação ((o))eco
5 de junho de 2008

Sem denúncia

Alex Lacerda de Souza, chefe substituto da fiscalização do Ibama no Pará, escreveu para O Eco para dizer que o órgão não recebeu nenhuma denúncia do prefeito de Paragominas sobre desmatamento ilegal ou atividade irregular de madeireiros no município. Souza conta que o prefeito até esteve no Ibama, mas para tratar da regularização de duas madeireiras em Paragominas.

Por Redação ((o))eco
5 de junho de 2008