Roupas ecológicas

A indústria da moda já percebeu que o viés ambiental pode ser um diferencial nas suas coleções, e a última amostragem disso vem de Buenos Aires, na Argentina. É por ali que uma pequena empresa de design vem lançando peças com uma roupagem ecológica. Como é o caso da jaqueta que capta a energia solar para carregar baterias de iPods, câmeras digitais e afins. Com um painel flexível e desmontável acoplado nas costas da jaqueta, basta caminhar alguns passos debaixo do sol para que os aparelhos estejam funcionando. O site TreeHugger mostra outras idéias que daqui para a frente tem tudo para ir parar nas vitrines.

Por Redação ((o))eco
3 de junho de 2008

Projeto Tabajara

Em decorrência da previsão de impactos ambientais diretos sobre o Parque Nacional dos Campos Amazônicos (AM/RO), o Instituto Chico Mendes deixou claro para o Ibama que não concorda com o licenciamento da usina hidrelétrica Tabajara (350MW), no rio Machado. Para o consórcio formado por Queiroz Galvão, Eletronorte e Furnas, a estimativa de alagamento da unidade de conservação é de 1430 hectares, com 20% de margem de erro. Pelo projeto inicial, sobre o qual ainda não foi solicitado estudo de impacto ambiental, a usina represaria igarapés e também inundaria campos naturais na Terra Indígena Tenharim-Marmelos, além de exercer impactos indiretos à Reserva Biológica do Jaru. Resta saber se, diante desses riscos e das pressões dos empreendedores, o Ibama vai conseguir dizer não.

Por Redação ((o))eco
3 de junho de 2008

Desconfiômetro

Para não ficar parecendo que Mato Grosso, mais uma vez, se deu mal depois de mais uma divulgação de alta nos índices de desmatamento na Amazônia, o secretário de Meio Ambiente do estado, Luis Henrique Daldegan, declarou que vai enviar equipes para verificar em campo os dados do INPE. Não precisa. Desde 2004, quando foi criado o sistema DETER, os pontos de desmatamento são repassados às equipes do Ibama instaladas nas bases operativas do plano de combate ao desmatamento. Aliás, o governo de Blairo Maggi sabe muito bem disso, pois não teria reclamado tanto da intensificação da ação dos fiscais em recentes operações especiais. Com base nessas imagens, os agentes rotineiramente realizam as notificações, autuações e embargos.

Por Gustavo Faleiros
3 de junho de 2008

Conversa

Carlos Minc, o novo e acelerado ministro de Meio Ambiente, disse hoje que ainda este mês vai ao Mato Grosso para um tete-a-tete com Blairo Maggi, governador e megaprodutor de soja que vem batendo solto e pesado nos números do Inpe que mostram vários municípios de seu estado desmatando em boa quantidade a Amazônia. O encontro promete, ao menos boas frases de efeito, marca já registrada de Minc.

Por Redação ((o))eco
2 de junho de 2008

Desculpa

Na outra ponta da briga ficou a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), representante das montadoras, que afirmou de pé junto que não pode fabricar veículos com motores adaptados ao novo diesel, os chamados Euro IV, por não saber que diesel é esse. A Petrobrás, por sua vez, reafirmou que só produz o combustível mais limpo se novos carros já readequados forem colocados à venda. O que ninguém esperava era que, durante as discussões, o Ministério da Indústria e Desenvolvimento mostrasse um estudo que comprova os benefícios da utilização do diesel de 500 ppm mesmo em veículos antigos. Todo mundo ficou quietinho depois desta divulgação.

Por Redação ((o))eco
2 de junho de 2008

Clima quente

Os últimos dias da Conferência Ethos 2008, realizada em São Paulo na semana passada, foram marcados por discussões acaloradas em torno da polêmica sobre a quantidade de enxofre presente no diesel brasileiro. Assim como tem feito desde setembro de 2007 - quando o Ministério Público exigiu que a Resolução 315/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente fosse cumprida – a Petrobrás voltou a dizer que não se preparou para a produção do diesel limpo porque desconhecia as especificações técnicas do combustível, elaboradas pela ANP cinco anos depois de o Conama ter feito esta exigência. A ANP, aliás, não esteve presente no debate.

Por Redação ((o))eco
2 de junho de 2008

Mar pra peixe

Há muito a maré não estava tão boa para as criaturas que nadam nos oceanos. No Japão, China e Taiwan, 140 barcos pesqueiros estão ancorados e o número de embarcações paradas corre o risco de chegar a 1100. Em Marselha, na França, os pescadores, ao invés de irem para o mar, decidiram bloquear o porto para protestar. Na Indonésia, a indústria da pesca praticamente congelou porque o governo cancelou seus subsídios. Na África, a frota pesqueira de atuns da Papua Nova-Guiné está paralisada. A frota de pesca da Namíbia mandou menos barcos atrás de peixes. O governo inglês suspendeu a pesca de arrasto e os pescadores canadenses querem os mesmos subsídios que o país dá aos seus fazendeiros. Nada como o preço alto do barril de petróleo para conseguir o que convenções e diplomatas tentam há anos sem grande sucesso: reduzir a pressão sobre os oceanos.

Por Redação ((o))eco
2 de junho de 2008

Mercado super restrito

A única "boa" notícia foi dada por Frederico Kremer, gerente de soluções comerciais da área de abastecimento da Petrobrás, que garantiu que até janeiro de 2009 a estatal vai cumprir a resolução. No entanto, quando questionado pelo secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Jorge, se o diesel de 50 ppm estará presente em todos os postos de gasolina do país, Kremer confessou: "Vamos atender 8% dos carros adaptados". A Anfavea disse que não pode responder em nome das montadores sobre quando conseguirão entregar os tais carros adaptados.

Por Redação ((o))eco
2 de junho de 2008

Cadastro madeireiro

O governo de São Paulo assinou nesta segunda, durante abertura das atividades da Semana do Meio Ambiente, o decreto que institui o Cadastro Estadual das Madeireiras Paulistas, chamado de Cadmadeira. Pelo documento, o governo paulista deverá cadastrar todas as pessoas e empresas do Estado que comercializam produtos e subprodutos de origem nativa brasileira. Segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, o cadastro “se constituirá num instrumento fundamental da luta contra o comércio ilegal da madeira da Amazônia”.

Por Redação ((o))eco
2 de junho de 2008

Potencial alto, performance medíocre

O Greenpeace lançou na semana passada um estudo sobre fontes renováveis de energia no Brasil. Em resumo, reitera que o potencial do Brasil nessa área é promissor, mas que o desempenho do governo continua pífio. Quem quiser ler o relatório pode descarregá-lo através do site da Ong.

Por Redação ((o))eco
2 de junho de 2008

Santo impopular

A construção de uma imagem de Santo Antônio no município de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, está gerando discórdia na cidade. De um lado estão os fiéis, a Igreja Católica e a Prefeitura, que está realizando a obra. Do outro, o Ibama, que decidiu embargar a construção e multar o poder municipal em 10 mil reais por considerar que a imagem do santo, de 15 metros de altura, ficará em uma Área de Proteção Permanente. Além disso, o órgão federal apontou uma série de outras irregularidades, como lixo espalhado e construções fora do acordado. A alegação do Secretário de Meio Ambiente do município, Auracy Mansano, é que a área já estava degradada e de que “Santo Antônio é uma questão histórica e cultural” de Caraguá.

Por Redação ((o))eco
2 de junho de 2008

Desmatamento em alta

O Inpe acaba de soltar (em uma nota cuidadosa) os novos dados do desmatamento, referentes ao mês de abril. A nota técnica ressalta várias vezes que houve uma diferença muito grande entre abril e março na capacidade de observação do satélite Modis, que integra o sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). Enquanto em março, a devastação registrada fora de 145 km2, pois 78% da Amazônia estavam cobertos por nuvens, em abril o corte de vegetação se elevou para 1123 km2, sob uma cobertura de nuvens de 53%. Embora o INPE não fale em crescimento, é bom comparar com os meses de janeiro e fevereiro quando o Deter registrou 690 km2 e 720 Km2.

Por Redação ((o))eco
2 de junho de 2008