Amazônia em (mais) números

A divulgação de mais alguns números sobre a Amazônia ratifica a tese de que nossas florestas estão esquecidas. Um estudo feito pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgado pelo jornal O Estado de S.Paulo, revelou que apenas 4% do território da Amazônia Legal é regularizado. O trabalho, baseado em dados do Incra e entrevistas com funcionários de órgãos públicos e produtores, indica que 31% do território é supostamente privado sem validação de cadastro. Neste índice estão incluídos os posseiros (7,6% ou 400 mil km²), os processos em trâmite e sem informação (10,7% ou 560 mil km²) e aqueles arquivados por falta de validação do documento (3,9% ou 206 mil km²). O problema, segundo o Imazon, remete ao governo militar e seu lema "integrar para não entregar" e à falta de cuidados e organização do Incra.

Por Redação ((o))eco
28 de fevereiro de 2008

Sujou, pagou

Se as companhias chinesas continuarem a poluir os rios, as consequências podem chegar ao bolso de alguns executivos. Uma notícia da imprensa local, veiculada pela revista Grist, revela que os legisladores do país asiático pretendem reduzir o salário dos chefes de empresas poluidoras como forma de estancar a sujeira nas águas. Os homens da lei argumentam que os chefões têm responsabilidade direta pelo que as companhias lançam nos rios e, assim, estariam cortando o mal pela raiz.

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28 de fevereiro de 2008

Polêmica

O fechamento de cavernas pelo Ibama no estado de São Paulo já começou a gerar polêmicas com o governo local. Como noticiou O Eco, há uma semana estão proibidas as visitas em todas as cavernas paulistas. Responsável pela determinação, o Ibama multou a Fundação Florestal paulista por ainda não ter desenvolvido os planos de manejo das grutas. O Vale da Ribeira, um dos locais atingidos, possui o maior conjunto de cavidades reunidas em todo o Brasil. Ao todo, são 404 unidades subterrâneas, sendo que 46 delas estavam abertas ao turismo.

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27 de fevereiro de 2008

Plano de manejo

Segundo o Ibama, desde 2001 o Ministério Público exige um plano de manejo para o Vale do Ribeira, que deveria incluir, além das regras de visitação, normas técnicas de exploração e conservação das cavernas e entorno. No entanto, o embargo foi feito somente agora porque o órgão esperava a autorização de sua procuradoria jurídica. O valor da multa será de 30 mil reais

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27 de fevereiro de 2008

Sem prazos

Ainda segundo o Ibama, não é possível falar em prazos para a reabertura das cavernas. Isso porque, quando concluído o plano de manejo, ele ainda deverá ser avaliado pelo Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas, hoje vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Os autuados têm prazo de 20 dias para apresentar sua defesa.

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27 de fevereiro de 2008

Estado contra

Para o secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Xico Graziano, o Ibama tomou uma decisão precipitada ao embargar a visitação turística de todas as cavernas da região do Vale do Ribeira. Segundo ele, o Estado deverá recorrer da decisão.

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27 de fevereiro de 2008

Pegada Ecológica além-túmulo

Este assunto das emissões de carbono vai ficando mais complicado a cada dia que passa. A última novidade vem de além-túmulo: a cremação pode ser uma fonte significativa de emissões de gases do efeito estufa e de poluentes, segundo a Cremation Association of North America.Segundo estudo divulgado pelo DeSmogBlog, a energia necessária para cremar um corpo humano equivale à quantidade de combustível que um automóvel consome em 7,7 mil quilômetros. E o problema não fica por aí: a cremação causa a emissão de volumes significativos de metais pesados tais como o cádmio, chumbo e mercúrio, presentes em marca-passos e em obturações. Funeral no mar talvez seja uma alternativa mais palatável.

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27 de fevereiro de 2008

Nada bom

O Ibama do Rio Grande do Sul sobrevoou nesta quarta o Parque Nacional da Lagoa do Peixe e a Estação Ecológica do Taim, no sul do estado, e não gostou nem um pouco do que viu. Foram avistados cerca de 30 barcos pescando no mar da região, muitos irregularmente dentro das 3 milhas náuticas da Lagoa do Peixe. A maioria era de Itajaí (SC), segundo o órgão ambiental.

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27 de fevereiro de 2008

Multas para todos

A madeireira levou multas que somam R$ 138 mil. Já as empresas que venderam as madeiras no Pará está sendo autuadas em R$ 173 mil. O fantástico transporte Norte-Sul está sendo investigado, e tudo vai parar no Ministério Público Federal. O próprio Ibama admite que é importante destacar a responsabilidade do Rio Grande do Sul no desmatamento da Amazônia, como estado consumidor de madeiras tropicais.

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27 de fevereiro de 2008

Castanheiras viajadas

Ninguém duvida da distância entre a Amazônia e o Rio Grande do Sul, mas na terra dos gaúchos tem surgido muita madeira ilegal do Norte do País. Essa semana foram apreendidos mais 59 m3 de castanheira em uma madeireira e fabricante de esquadrias em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Além disso, segundo o Ibama, a empresa comprou cerca de 345 m3 de castanheira e outra madeiras do Pará nos últimos anos, sem autorização do governo. A castanheira foi usada na construção da sede da indústria, cujo nome não foi divulgado.

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27 de fevereiro de 2008

Consumo ávido

Vale lembrar o balanço sobre madeira amazônica apreendida no Rio Grande do Sul. Entre Setembro de 2006 e Janeiro de 2008, quase 2,4 mil m3 de madeiras foram apreendidos - cerca de 800 m³ de castanheira e 40m³ de mogno. A maioria do produto seria de madeira serrada entre 2005 e 2006. “Existe um consumidor ávido por madeira nobre, que mesmo sendo contrário à devastação da Amazônia, faz questão de ter uma mesa de mogno em casa, sem se preocupar com a legalidade do produto”, critica Carlos Jung Dias, do Ibama/RS.

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27 de fevereiro de 2008

Aniversário

Nesta quarta-feira, o primeiro EIA-Rima feito no Estado de São Paulo faz aniversário. Em fevereiro de 1988 foi protocolado na Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo o Estudo de Impacto Ambiental do emissário submarino de esgoto doméstico do canal de São Sebastião, localizado em frente a um dos últimos remanescentes de mangue da cidade, o mangue do Araçá. Apesar da quase maioridade, o projeto de tratamento do esgoto nunca saiu do papel e, até hoje, o emissário funciona sem licença ambiental.

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27 de fevereiro de 2008