Bolo geral

O presidente Lula não compareceu na manhã desta quarta-feira ao encontro de parlamentares G8 + 5 que ocorre no Palácio do Itamaraty , em Brasília, que discute um documento com propostas de combate às emissões de gases estufa. O alto mandatário tinha discurso confirmado, mas sua agenda foi alterada com a posse do novo ministro da Igualdade Racial, Edson Santos. Na verdade, o único representante do executivo no evento internacional sobre mudanças climáticas foi o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.

Por Redação ((o))eco
20 de fevereiro de 2008

É Cerrado, tudo bem.

Em uma rápida entrevista exclusiva a O Eco, Stephanes afirmou que não teme que as barreiras sanitárias impostas pela União Européia à carne brasileira sejam acrescidas de critérios ambientais. "Na verdade se faz uma grande confusão, a carne que há muitos anos já é produzida no nosso Mato Grosso vem de fazendas em áreas de Cerrado, não da faixa amazônica", argumentou o ministro da Agricultura.

Por Gustavo Faleiros
20 de fevereiro de 2008

Tudo em ordem

Perguntado se a destruição do Cerrado também não é uma preocupação, o ministro afirmou que aí é preciso pensar como vai ser possível alimentar as pessoas se as savanas, incluindo os pampas, não forem usadas. Além disso, disse, a situação seria distinta no Cerrado, pois ali a terra tem dono, não está sendo grilada como na Amazônia, e acima de tudo a legislação ambiental está sendo respeitada.

Por Gustavo Faleiros
20 de fevereiro de 2008

Será?

A visão otimista do ministro Reinhold Stephanes sobre o Cerrado não é compartilhada por Organizações Não-Governamentais, que vêm alertando que o desmatamento no bioma pode ser igual ou maior que a Amazônia. Basta lembrar que levantamento da Conservação Internacional já indicou que 55% do Cerrado já se perdeu.

Por Gustavo Faleiros
20 de fevereiro de 2008

Com quem andas

Depois que Roberto Mangabeira Unger ventilou seus planos mirabolantes para a Amazônia, como bombear água dali para o Nordeste, nada mais justo seria o ministro-extraordinário de Assuntos Estratégicos chamar em primeira mão sua colega Marina Silva para um papo futurista sobre a região, suas mazelas e possibilidades. Mas o professor-titular da Universidade de Harvard (EUA) tem suas preferências: sentou nesta terça com o ministro da Agricultura Reinhold Stephanes. A pauta? Amazônia, é claro.

Por Redação ((o))eco
20 de fevereiro de 2008

Coleira neles

O governo prometeu e anunciou, nesta terça, regras para recadastramento de terras nos 36 municípios que seriam responsáveis pela metade do desmatamento na Amazônia. Regras publicadas no Diário Oficial da União obrigam proprietários rurais com áreas maiores que 60 a 80 hectares, dependendo do município, a apresentarem documentos e recadastrarem suas terras em 30 dias, a partir de 3 de março. A medida parece forte, mas merece ser acompanhada de perto. Em dezembro de 2004, como mostrou O Eco, o Incra baixou portaria semelhante obrigando o recadastramento de imóveis rurais na Amazônia. Até hoje não se conhecem os resultados da medida.

Por Redação ((o))eco
20 de fevereiro de 2008

Preservar dá lucro

O secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro, Christino Áureo, anunciou nesta segunda-feira a implementação do Programa Rio Rural/GEF. O projeto prevê a destinação de 6,7 milhões de dólares, oriundos do fundo para desenvolvimento agro-sustentável do Banco Mundial, aos produtores que trabalharem lado a lado com a preservação e recuperação da natureza. Os beneficiados devem fazer parte de 50 microbacias hidrográficas nas regiões Norte e Noroeste fluminense.

Por Redação ((o))eco
19 de fevereiro de 2008

Ação entre amigos

Uma das razões para a escolha do Brasil para a reunião do G8+5, explica o secretário-executivo do Globe, Adam Mathews, é a larga experiência do país em biocombustíveis. O etanol será tema de um painel coordenado pelo deputado federal Antônio Palocci (PT-SP) e com presença do presidente da UNICA, Marcos Jank. A expectativa é que as dúvidas sobre a produção em larga escala de biocombustíveis sejam amenas durante o fórum e a delegação de parlamentares brasileiros pretende aprovar um texto que coloque os carburantes verdes como opção de combate às mudanças climáticas.

Por Redação ((o))eco
19 de fevereiro de 2008

Pauta quente

Começa nesta quarta-feira em Brasília o fórum do G8 (grupo dos sete mais ricos + Rússia) com as cinco maiores economias emergentes (Brasil, China, Índia, África do Sul e México). O evento é organizado pela Globe - Organização Mundial de Legisladores para um Ambiente Equilibrado e reunirá parlamentares para debater uma proposta consensual sobre como deve ser o acordo de combate às mudanças climáticas que substituirá o Protocolo de Kyoto. Na pauta temas como desmatamento evitado, transferência de tecnologia e adaptação.

Por Redação ((o))eco
19 de fevereiro de 2008

Ambiente jurídico

Nesta quinta (21), será instalada a Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente das Bacias dos Rios Jequitinhonha e Pardo de Minas, em Araçuaí, no Vale do Rio Mucuri. Lá atuará o promotor de Justiça Agnaldo Lucas Cotrim, abraçando 17 municípios mineiros. Seus principais problemas são a mineração ilegal, lixões e esgoto não tratado despejado em rios e córregos.

Por Redação ((o))eco
19 de fevereiro de 2008

Embaixo da terra

No próximo dia 1º de março será lançado, em São Paulo, o quarto livro de uma série técnica elaborada pela RedeSpeleo Brasil, entidade que atua na preservação das cavernas brasileiras. Com o título “Técnicas Verticais para Espeleologia - Manual de Referência”, o livro é um guia com os melhores equipamentos e métodos para explorar o mundo subterrâneo com segurança. Durante o evento, que acontece a partir das 17 horas na Academia Escalada Esportiva 90 Graus, o exemplar será vendido por 15 reais.

Por Redação ((o))eco
19 de fevereiro de 2008

Guerra no mato

A Operação Guardiões da Amazônia, realizada pelo Ibama e que apreendeu mais de 10 mil metros cúbicos de madeira sem certificado de origem no município de Tailândia (PA), teve o seu momento de maior nervosismo nesta terça-feira. Pela manhã, enquanto fiscais do instituto e da Secretaria de Meio Ambiente do estado colocavam as toras no caminhão responsável por levá-las até Belém, uma multidão com duas mil pessoas cercou a serraria onde os servidores se encontravam. O objetivo era impedir que a matéria-prima saísse da cidade.

Por Redação ((o))eco
19 de fevereiro de 2008