Riqueza mantida

O governo francês vetou à empresa de mineração Iamgold o direito de explorar uma mina de ouro na Guiana Francesa. A natureza suspirou aliviada. A extração seria na região de Kaw, conhecida por sua riquíssima biodiversidade. Pesquisadores e entidades ambientalistas estavam preocupados com os fortes impactos ambientais que a atividade poderia ter na área. Segundo as autoridades francesas, o local é uma das pouquíssimas florestas do mundo que “ainda não foram fragmentadas pela ação do homem”. Os que vibraram com o veto, no entanto, lembram que o trabalho ainda não terminou: o próximo passo do governo deve focar nos caçadores, que ainda fazem a festa sem impedimentos. A notícia é do site Mongabay.

Por Redação ((o))eco
12 de fevereiro de 2008

Empenhados

Após defender para a imprensa que seus ministérios não estão trabalhando na anistia de desmatadores ilegais, o governo Lula anunciou outras medidas para a Amazônia. Em encontro com ministros, o presidente discutiu a implantação de mecanismo para que bancos brasileiros, tanto públicos como privados, sejam obrigados a condicionar a concessão de empréstimos à legalidade ambiental dos produtores rurais. Segundo notícia do jornal Folha de S.Paulo, a idéia de Lula é reavivar a lei 6.938, de 1981, que diz que "entidades e órgãos de financiamento e incentivos governamentais condicionarão a aprovação de projetos habilitados a esses benefícios ao licenciamento, na forma de lei, e ao cumprimento das normas, dos critérios e dos padrões expedidos pelo Conama". Na prática, esta e outras medidas para conter o desmatamento nunca funcionaram.

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12 de fevereiro de 2008

Negócio da China

Enquanto o Brasil apenas observa o trem do mercado de créditos de carbono passar, o governo de Aceh, província da Indonésia, decidiu subir em um de seus vagões. Um acordo firmado entre políticos locais, conservacionistas e membros do lucrativo negócio vai gerar 26 milhões de dólares para a economia de uma cidade em reconstrução depois de três décadas de Guerra Civil e da perda de 170 mil habitantes com a Tsunami de 2004. Em troca, a floresta tropical de Ulu Masen, que tem aproximadamente 760 mil hectares e abriga espécies como o elefante asiático e Tigre-de-Sumatra, deverá ser totalmente preservada. De acordo com o site Mongabay, manter as árvores em pé ao invés de trocá-las pela plantação de oleaginosas deve reduzir as emissões de carbono em até 100 milhões de toneladas pelos próximos 30 anos.

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12 de fevereiro de 2008

Estudo do clima

O Departamento de Saúde inglês divulgou, nesta terça-feira, os resultados de um estudo sobre os efeitos das alterações climáticas na saúde do Reino Unido. Segundo o estudo, milhares pessoas poderão morrer por fatores relacionados às ondas de calor durante o verão na próxima década, se nada for feito para conter o aumento da temperatura na região. O relatório também indica que as autoridades sanitárias têm de estar alertas para possíveis focos de malária e para o aumento de casos de intoxicações alimentares durante os verões quentes e que os serviços de saúde precisam se preparar para atender os problemas causados pela alteração do clima, como garantir que hospitais estejam equipados para lidar com efeitos do calor, tempestades e inundações, além de outras medidas. A notícia é do jornal inglês The Guardian.

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12 de fevereiro de 2008

Vulneráveis

Os pingüins-reis, segunda maior espécie de pingüins da Antártida, são as novas vítimas do aquecimento global. De acordo com um estudo publicado na Proceedings of the National Academy os Sciences, os desajeitados animais que perambulam pelo arquipélago Crozet, no oceano Índico, correm o risco de extinção. Durante nove anos, pesquisadores franceses monitoraram a população de aves no local e chegaram à conclusão de que as altas de temperatura estão diminuindo suas opções de alimentos. Segundo o site National Geographic, a cada aumento de 0,26ºC na temperatura da superfície do mar, há um declínio de 9% na população adulta da espécie.

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12 de fevereiro de 2008

Agenda

Nesta quarta, em Brasília, tem reunião do Grupo de Trabalho da Soja. À mesa, estarão sentados representantes de ONGs e da Associação Brasileira de Óleos Vegetais (Abiove). Na pauta, a retomada do desmatamento na Amazônia.

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12 de fevereiro de 2008

Não foi o grão

Carlo Lovatelli, presidente da Abiove, disparou, na semana passada, um tiro preventivo. Disse em entrevista à Sonia Racy, de "O Estado de S. Paulo", que a soja não é responsável pelos cortes na floresta. Tecnicamente, Lovatelli está certo. Não parece haver um pé sequer do vegetal crescendo sobre as áreas onde houve novos desmatamentos. Palavra do Greenpeace, que sobrevoou algumas das zonas fotografadas pelos satélites do governo.

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12 de fevereiro de 2008

Proximidade perigosa

Os sobrevôos que o Greenpeace vem fazendo no Norte do Mato Grosso mostram que os cortes novos foram feitos em regiões dominadas pelo cultivo da soja. Portanto, é lícito aceitar que o grão é inocente. Mas há dúvidas quanto à inocência dos sojicultores.

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12 de fevereiro de 2008

Meia verdade

Lovatelli, no entanto, esqueceu-se de contar à repórter do matutino paulista que há uma razão prática para a ausência da soja no solo onde até meados deste ano crescia mata amazônica. O grão, em regra, só é plantado entre dois e três anos depois do desmate de um terreno.

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12 de fevereiro de 2008

Por que não?

Se a Abiove está tão preocupada em tirar a soja da reta, poderia muito bem ampliar para todo o sempre a moratória que impôs à compra de grão plantado em áreas desmatadas depois de outubro de 2006. A moratória acaba em julho deste ano, bem a tempo de os sojicultores utilizarem as áreas recém desmatadas para crescer suas lavouras.

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12 de fevereiro de 2008

À mesa

Aliás é essa proposta – moratória eterna – que as ONGs colocarão na mesa na reunião em Brasília.

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12 de fevereiro de 2008

Cidade limpa

Chapadão do Céu, singela cidadezinha cercada por lavouras e próxima ao Parque Nacional das Emas (GO), fez sua lição de casa no quesito limpeza urbana. A prefeitura resolveu instalar nada menos que duas mil lixeiras na cidade. Isso não é pouco para seus cinco mil moradores. Em alguns locais dá mais do que uma lixeira a cada dez metros. Os cestos foram confeccionados com material abundante na cidade: embalagens de adubo. Por causa desse compromisso, Chapadão do Céu quer ser conhecida como a cidade mais limpa do país.

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11 de fevereiro de 2008