Fim de papo

A discussão em torno dos números do Inpe tem mesmo viés bem mais político do que técnico. Para Mato Grosso, por exemplo, os números levantados pelo SAD para área desmatada entre setembro e dezembro, 1720 km2, é muito próximo dos 1780 km2 encontrados pelo Inpe. Saber se um determinado corte foi feito em setembro, ou dezembro, é irrelevante. Não muda o fato de que área de floresta caiu nos últimos 4 meses.

Por Redação ((o))eco
31 de janeiro de 2008

Suicídio

Não custa lembrar que, de certo modo, a direção do Inpe andou metralhando sua credibilidade ao longo do governo Lula. Primeiro, resistiu em abrir os dados do Prodes para a auditagem de terceiros, como queria, e acabou conseguindo, o Ministério do Meio Ambiente. Resistiu também à idéia de projetar tendências no desmatamento a partir das imagens geradas pelo Deter, coisa que acabou fazendo depois que o Imazon lançou o seu Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD). Finalmente, a diretoria do Instituto chutou para o alto seu caráter técnico, meteu-se na política e foi defender a estratégia do MMA para conter o desmatamento. Agora, virou refém da politicagem.

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31 de janeiro de 2008

Mal me quer

Mesmo dentro do governo, tem gente que não engole as críticas de Lula aos números do desmatamento recém-revelados pelo Inpe. Lembram que quando os índices são favoráveis, o Planalto faz festa. Quando não são, faz beiço. Acham que as críticas presidenciais só servem para abalar a credibilidade do Inpe.

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31 de janeiro de 2008

Retração

A moratória da soja, um acordo com as grandes esmagadoras se comprometendo a não comprar mais soja plantada em área desmatada a partir do ano passado, funcionou em Santarém, no Pará, onde o plantio do grão estava em expansão até 2006. O Greenpeace fez um exame da área e além de não detectar nenhum novo desmatamento, constatou que a área plantada caiu em 40% em relação a 2005.

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31 de janeiro de 2008

Alvo

Blairo Maggi, governador de Mato Grosso, tem todo o interesse em desintegrar o que resta de credibilidade no Inpe. É uma maneira de minar a intenção de usar seus satélites para embargar a produção de qualquer fazenda flagrada, lá do céu, cometendo crimes ambientais. Se o Inpe e seus números ficarem com a pecha de pouco confiáveis, a única maneira de executar a ameaça de embargos é fazer vistoria no campo, coisa que num país do tamanho do Brasil, inviabiliza completamente a idéia.

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31 de janeiro de 2008

Mas, no futuro…

Isso não quer dizer que estas terras recém-convertidas não recebam, um dia, grãos de soja. Em geral ela chega a esses terrenos três anos depois de desmatados.

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31 de janeiro de 2008

Nem um grão

A Associação Brasileira de Óleos Vegetais (Abiove) contratou gente para ir fisicamente examinar áreas desmatadas entre agosto de 2006 e julho de 2007 em Mato Grosso. Os “fiscais” informaram que em nenhuma delas há soja plantada. Mas gado tem a dar com o pau.

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31 de janeiro de 2008

Outro lado

Essa é a conseqüência ruim. A boa é que a crise imobiliária paralisou o avanço dos subúrbios sobre as poucas florestas que restam em Riverside County, região entre Los Angeles e o estado de Nevada.

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31 de janeiro de 2008

Quem diria

E a crise do mercado imobiliário americano está gerando consequências ambientais no Sul da Califórnia, onde o dinheiro fácil embalou a construção de milhares de casas nos últimos cinco anos. Os proprietários forçados a entregar suas casas aos bancos estão se mandando sem esvaziar suas piscinas e elas acabam virando berçário de mosquitos. Por conta disso, as cidades da região criaram brigadas especiais para infestar essas águas abandonadas com produtos químicos destinados a atrapalhar a reprodução dos insetos.

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31 de janeiro de 2008

Paciência

O Greenpeace aguarda, desde agosto, resposta do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, a um pedido de audiência para discutir os assentamentos a serviço de madeireiros que a superintendência do órgão em Santarém criou na região. A essa altura, dá para sugerir à ONG que espere sentada.

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31 de janeiro de 2008

Na justiça

Um dos consórcios que disputa as concessões para exploração em regime de manejo de áreas na Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia, entrou com recurso na Justiça contra o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), que depois de examinar a papelada apresentada pelos candidatos, viu que ninguém estava nos trinques e deu a todos um prazo para se aprumar. O consórcio alega que ele não estava ilegal e que, portanto, o SFB não poderia dar a concorrência prazo para se regularizar.

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31 de janeiro de 2008

Nas alturas

As Montanhas de Udzungwa, na Tanzânia, acabam de oferecer um novo animal para os livros de biologia. Trata-se de um pequeno e peludo mamífero, com focinho longo bastante similar ao de um elefante (o que levou os pesquisadores a, inicialmente, o classificarem como um) e rosto cinza, descoberto por um grupo de cientistas italianos. A espécie demorou a ser encontrada porque vive em altas altitudes no centro-sul do país africano, mas já se sabe que sua principal fonte de alimentação são os insetos.

Por Redação ((o))eco
31 de janeiro de 2008