Santa Catarina, estado imaginário

Agora em maio, aconteceu em Florianópolis o 9° Congresso Mundial de Viagens e Turismo. O governo estadual, como se sabe, não é um apreciador de ambientes naturais e vem movendo mundos e fundos para reduzir áreas protegidas ou impedir sua criação, além de encolher a proteção de florestas nativas. Mas na hora de fazer marketing para inglês ver, a Mata Atlântica, unidades de conservação, cavernas e outras formações se transformam em moeda de troca para atrair visitantes e investimentos no setor. Nos pouco mais de cinco minutos do vídeo acima, por exemplo, informa-se que o estado detém um terço da floresta atlântica brasileira e conta que lá "a economia anda junto com a preservação ambiental". Obras de ficção são assim mesmo. Saiba mais: Política e mentiras ambientais Santa Catarina às avessas Farinha do mesmo saco Vivas no papel, esquecidas na prática O subdesenvolvimento catarinense

Por Salada Verde
20 de maio de 2009

Até o Sarney percebeu

Desculpem o atraso, mas há poucos dias o presidente do Senado José Sarney, em sua coluna semanal na Folha de S. Paulo, "descobriu" os problemas do crescimento demográfico associado ao consumismo desenfreado. "Grandes populações, para citar o menos visível hoje, significam mais água, mais alimento e, para mais alimento, mais água. Isso sem falar em mais espaço para viver e produzir. A cada dia é menor o espaço que cabe a cada um na superfície do globo. (...) Assim, acredito que ecologia sem controle populacional é um tiro n'água. Eles têm de caminhar juntos. E vejo que pouco se fala nisso", disse. Ponto para ele. Mas como dirigente daquela casa, poderia agora ajudar no encaminhamento de medidas para conter esses problemas, como elevar a proteção dos ambientes naturais e realizar campanhas anti-consumo. Veja o artigo aqui.

Por Salada Verde
20 de maio de 2009

Crise de gigantismo

O ministro Stephanes (Agricultura) é mesmo um fanfarrão. Ontem, durante o 5º Congresso Brasileiro de Soja, em Goiânia (GO), disse que em dez anos o Brasil poderá ser o maior exportador de alimentos do mundo. Para quê e como são outros detalhes. Esperamos que essa expansão ad infinitum ocorra com o aproveitamento dos cerca de 150 milhões de hectares de pastagens degradadas que a agropecuária deixou como herança para o país. Quanto a medidas para recuperação e uso dessas áreas, o governo e principalmente Stephanes estão devendo, e muito. Afinal, há muita Amazônia e Cerrado para se derrubar.

Por Salada Verde
20 de maio de 2009

BR-319 pode driblar licenciamento

Manobra de governistas e aliados pode levar ao asfaltamento da BR-319 sem licenciamento ambiental, em região preservada da Amazônia. É o vale tudo do desenvolvimento nacional.

Por Salada Verde
19 de maio de 2009

Veadeiros reabre, mas grátis

Parque nacional em Goiás reabre, como prometeu Instituto Chico Mendes, mas com entrada grátis. Situação semelhante foi registrada no Parna de Brasília, que passou oito meses com entrada livre.

Por Salada Verde
19 de maio de 2009

Informativo anti-homofóbico

Talvez servindo como nova prova das aspirações políticas pós-ministério de Carlos Minc, o informativo de hoje do Ministério do Meio Ambiente e também a seção de notícias do órgão ambiental federal trazem um inédito texto informando que o ministro participou, junto com o governador Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro, da assinatura de um decreto criando o Conselho de Direitos da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais do estado. "Antes de ser ministro, sou um cidadão", lascou Minc.

Por Salada Verde
19 de maio de 2009

Crise cortou emissões da indústria

Análise do Ipea mostra que 1,7 bilhão de toneladas de gases que aquecem o planeta deixaram de ser emitidas no Brasil pelas indústrias de carros, cimento, ferro, aço e alumínio. Efeitos da crise econômica.

Por Salada Verde
19 de maio de 2009

A onça de Corumbá e as queimadas

O resgate de uma onça-parda nesse domingo movimentou a cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. O jovem adulto de 40 quilos estava no topo de uma árvore desde a noite de sábado, no Bairro Aeroporto. O resgate aconteceu com apoio do colunista de O Eco Peter Crawshaw, que passava orientações por telefone. Foram usados equipamentos especiais e o felino, já sedado, foi descido do emaranhado de galhos com a ajuda de cordas e rede de contenção. Em seguida, o animal foi levado à Embrapa Pantanal, onde foi examinado pelo pesquisador e veterinário Walfrido Tomás. Logo depois foi solta em seu habitat natural. O episódio serviu para que autoridades públicas e instituições de pesquisa alertassem sobre mais aparições de animais selvagens em cidades do Pantanal. Todos fugindo das insuportáveis queimadas. “É importante conscientizar proprietários, pescadores e turistas para prevenir e combater focos e nunca provocar queimadas nesta época de pouca chuva. Pontas de cigarro e fogueiras em acampamentos podem provocar incêndios”, disse o chefe da Embrapa local, José Anibal Comastri Filho. Já a pesquisadora Zilca Campos, afirma que episódios como o desse domingo tendem a se tornar cada vez mais comuns e alerta para a prevenção. “A tendência é de que cada vez mais tenhamos animais selvagens chegando à cidade. É importante que a população esteja conscientizada e acione rapidamente as autoridades, que devem estar equipadas e treinadas para agirem rápido, causando o mínimo de sofrimento ao animal e eliminando riscos de danos às pessoas”, disse.

Por Salada Verde
19 de maio de 2009