Ibama é órgão que mais multa

Levantamento recém concluído pela Advocacia-Geral da União (AGU) mostra que, em apenas cinco anos, metade das multas aplicadas pelo governo foram referentes a crimes cometidos contra o meio ambiente. Os 12 órgãos que mais autuaram neste período somaram 20 bilhões de reais em autuações, sendo que 11,8 bilhões são referentes a multas do Ibama. O valor é quase quatro vezes maior que o total de multas aplicadas pela segunda autarquia a fazer mais autuações, a Comissão de Valores Imobiliários, com 3,1 bilhões nos últimos cinco anos. Dos 11,8 bilhões de rais, a unidade do Ibama no Amapá foi responsável por 4 bilhões. Em seguida vêm dois estados na fronteira agrícola: Mato Grosso (2,2 bilhões) e Pará (2 bilhões). Desmatamento ilegal, transporte de madeira sem autorização, falta de licenciamento ambiental e casos específicos como derramamento de óleo no mar são as principais causas das autuações. Cerca de 90% das multas não foram pagas pelos infratores, fato que, segundo a AGU, pode ter duas causas: as empresas autuadas estão recorrendo ou deixam de pagar na esperança de que o prazo de cinco anos prescreva, já que não houve cobrança. Entre as empresas autuadas, nem as administradas pelo governo saíram ilesas, a exemplo da Petrobrás e Agência Nacional do Petróleo. Para tentar resolver o problema, a Advocacia constituiu, em novembro passado, um grupo de trabalho para fazer a inscrição em dívida ativa e ajuizamento de créditos nas cidades de Marabá e Santarém. Somente nestas duas cidades foram analisados 1,2 mil processos administrativos. Ainda este ano deve ser constituído outro grupo para analisar e dar andamento aos processos em Belém e Porto Velho. Ações de mais de 1 milhão de reais são prioritárias. Outra medida importante foi a publicação, em dezembro de 2008, da Medida Provisória 449, que unificou critérios de juros e multas. A AGU promete resolver o problema com a atuação de uma força-tarefa de 4 mil procuradores federais que tentarão receber a maior parte das dívidas, até o fim do ano.

Por Salada Verde
16 de fevereiro de 2009

Aeroporto nas barbas do parque

Ambientalistas e pesquisadores tentam evitar licenciamento de aeroporto da Usiminas próximo ao Parque Estadual do Rio Doce (MG). Área protege Mata Atlântica e espécies ameaçadas.

Por Salada Verde
16 de fevereiro de 2009

A maior do mundo

Portugal está muito perto de abrigar a maior usina de geração de energia solar do mundo. É que começou, nesta semana, a construção da planta com capacidade para gerar 11 megawatts de potência. É o dobro gerado atualmente pela maior usina. Ao todo, 52 mil módulos fotovoltaicos dotados de um sistema de movimentação, para que acompanhem a movimentação solar,  serão distribuídos em uma área de 60 mil metros quadrados.

Por Salada Verde
16 de fevereiro de 2009

Multada e derrubada

Uma edificação com mais de dois mil metros quadrados, localizada às margens do rio Bela Cruz, no município de Itapema (SC), terá de ser demolida pelo proprietário. A decisão foi da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que ainda manteve a multa de 250 mil reais para a empresa Seven Seven Administradora de Bens e Serviços Ltda atribuída em primeira instância. O imóvel foi construído em Área de Preservação Permanente e ultrapassou o limite de 30 metros de recuo exigido pela lei. Em um segundo momento, a companhia (que ainda pode entrar com um recurso para anular a decisão) terá de recuperar a região de acordo com o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, elaborado pelo Ibama.

Por Salada Verde
16 de fevereiro de 2009

ONGs irregulares, só em março

O Ministério da Justiça divulgou, na última quinta (13), que 63 organizações não-governamentais (ongs) estrangeiras que atuam no Brasil se recadastraram junto ao governo federal. Pouco menos da metade das entidades desse tipo atuando no país. Foram sete meses de prazo. Nomes, no entanto, devem ser publicados só em março. Isso porque as recadastradas estão devendo documentos e têm até 30 dias para entregá-los. Depois, se totalmente aprovadas, serão divulgadas no Diário Oficial da União, em uma “lista positiva”. Também haverá uma “lista negativa”, com aquelas consideradas irregulares pelo governo e que, em teoria, não poderão mais atuar no Brasil.

Por Salada Verde
16 de fevereiro de 2009

Atuação obscura

Segundo nota do governo, a baixa procura por recadastramento “significa que muitas operavam de forma obscura”. Nenhuma entidade da Região Norte enviou sua papelada. Depois da divulgação dos nomes, o governo publicará um decreto com medidas para coibir a ação das ongs irregulares, como fiscalização da Polícia Federal. A "lista negativa" será enviada também a outros ministérios, para que não firmem convênios ou parcerias. Organizações com estatuto registrado em cartório, sob as normas brasileiras, como WWF e Conservation Internacional, não precisam de autorização do governo para funcionar. Com essa movimentação toda, espera-se que o joio seja separado do trigo, sem xenofobia.

Por Salada Verde
16 de fevereiro de 2009

Menos nas alternativas

Ano passado, o BNDES aplicou três vezes mais em grandes hidrelétricas do que em geração de alternativa de energia. Os dados estão no relatório sobre investimentos diretos do banco. As inversões diretas em grandes usinas hidrelétricas e linhas de transmissão somaram quase R$ 5,5 bilhões, enquanto em pequenas centrais hidrelétricas e co-geração de eletricidade com a queima de bagaço de cana receberam menos de R$ 1,7 bilhão. Entre as barragens tradicionais beneficiadas, estão as de Simplício (RJ/MG), Estreito (TO/MA), Salto (GO), Rio Verdinho (GO), Monjolinho (RS), Corumbá III (GO) e a mais do que polêmica Dardanelos (MT).Saiba mais:Crédito para DardanelosO visual, daqui para a frenteMirador volta a ameaçar VeadeirosCarnaval na florestaEmpacado

Por Salada Verde
16 de fevereiro de 2009

A volta triunfal do desmatamento

Em fevereiro de 2008, a operação Arco de Fogo chegou ao município de Tailândia, no Pará, para tentar realizar o que antes parecia impossível: acabar com o desmatamento em um dos pontos mais críticos da Amazônia. Durante alguns meses, a maior força-tarefa já comandada pelo governo na região atingiu seus objetivos e interrompeu a devastação. Um ano depois, no entanto, o que se vê são árvores e mais árvores ao chão, em uma volta triunfal do corte raso na maior floresta tropical do mundo. Quem conta a história com detalhes é o repórter Tom Phillips, para o The Guardian.

Por Salada Verde
16 de fevereiro de 2009

Agenda comunicativa

Ainda estão abertas as inscrições para o 5º Congresso Mineiro de Comunicação Ambiental, que ocorre em Belo Horizonte, dias 12 e 13 de março. O evento será realizado no Hotel Mercure e terá como temas a Comunicação Ambiental como instrumento para gerar valor nas organizações e Políticas Corporativas de Comunicação Ambiental. As inscrições podem ser feitas no site da Escola de Sustentabilidade Ambiente Global ou pelo fone (11) 4777-0260. O custo é de 490 reais por pessoa.

Por Salada Verde
16 de fevereiro de 2009

Abrindo a porta da grilagem

A publicação de uma medida provisória pelo governo federal, esta semana, deixou indignados muitos ambientalistas. Para esses, o texto "poderá se transformar em um instrumento de regularização da grilagem" na Amazônia "ao dissociar a regularização fundiária do ordenamento territorial e da realização da reforma agrária, sem levar em conta" o zoneamento ecológico-econômico, em curso ou elaboração em vários estados. Ao mesmo tempo, dizem as entidades civis, o governo adia a solução do problema de 46 mil famílias dentro de unidades de conservação. Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais e Grupo de Trabalho Amazônico distribuíram carta nesta sexta (13) a várias autoridades públicas. Confira aqui.

Por Salada Verde
14 de fevereiro de 2009