Eucaliptos eletrônicos

Longe de acabar, a polêmica da tomada de boas porções do Pampa por eucaliptos ganhou agora uma publicação, pela pena do professor do Departamento de Biologia da Universidade Federal de Pelotas, Althen Teixeira Filho. Nas páginas de Eucalipitais - Qual o Rio Grande do Sul desejamos? ele trata dos impactos sociais, ambientais e econômicos das monoculturas naquele estado. O livro pode ser obtido aqui.

Por Salada Verde
25 de novembro de 2008

Clima na semana

Para mostrar que a pauta climática não esfria, ao menos em debates, já que ações ainda são raras, a chamada Frente Parlamentar Ambientalista promove encontro amanhã cedo na Câmara para discutir as contribuições da sociedade civil à atrasadíssima Política Nacional de Mudanças Climáticas. Já o Ministério do Meio Ambiente promove, no mesmo dia, só que em Fortaleza (CE), uma conferência regional sobre os problemas que o Nordeste terá com as mudanças do clima. O aumento de áreas com cara de deserto é uma delas. No entanto, o governo descartou a próxima conferência das Nações Unidas sobre o tema, como mostrou O Eco.

Por Salada Verde
25 de novembro de 2008

Geotecnologias em pauta

Dias 27 e 28 (quinta e sexta) acontece em Copacabana (RJ) o 1° Encontro Novaterra de Geotecnologias. Trata-se de evento promovido pela empresa parceira Novaterra, onde especialistas apresentarão novas ferramentas para uso geotecnológico e ocorrerá a entrega do Prêmio Global Mapper. Além de ampla programação, que pode ser conferida aqui, haverá sorteios de licenças do aplicativo Global Mapper, de imagens de satélites e de dois fins de semana, um em Búzios e outro em Parati.

Por Salada Verde
25 de novembro de 2008

Rede transnacional

Começa amanhã, dia 25, em Bonito, Mato Grosso do Sul, uma reunião de Promotores Públicos de Meio Ambiente de seis países sul-americanos, Brasil, Argentina, Uruguai, Perú, Chile e Paraguai. Vão discutir meios de articular uma rede latino-americano de Ministérios Públicos para lidar com questões ambientais transnacionais e trocar experiências. Aproveitam o evento para lançar um site com jurisprudência e a legislação de vários países sobre o tema.

Por Salada Verde
24 de novembro de 2008

Contrabando internacional

Luciano Loubet, promotor de meio ambiente de Bonito, um dos organizadores do evento, diz que a criação da rede é relevante porque há várias questões de meio ambiente que extrapolam fronteiras. Os promotores do Paraguai e do Mato Grosso do Sul, por exemplo, estão conversando sobre ações conjuntas para combater o contrabando de carvão vegetal no Pantanal.

Por Salada Verde
24 de novembro de 2008

Mata Atlântica em debate

Agora regulamentada, a Lei da Mata Atlântica continua a causar polêmica entre os ambientalistas. Beto Mesquita, diretor de programas do Instituto BioAtlântica (Ibio), uma das principais ongs brasileiras que atuam no bioma, vê lados positivos e negativos no decreto publicado hoje no Diário Oficial da União. Para ele, o texto oferece segurança jurídica para quem está interessado em recuperar e manejar a floresta corretamente. Agora, proprietários de terras podem plantar espécies nativas com fins econômicos, desde que seja fora de Áreas de Proteção Permanente e Reservas Legais. “Madeiras de alto valor no mercado, como Jequitibá, Jacarandá ou Ipê, já podem ser colhidas com 15 anos de plantio. Com isso, o produtor rural começa a criar uma cultura florestal. E esse tipo de cultura não funciona como o eucalipto. Existem diferentes ciclos de colheita, o que significa que haverá sempre uma cobertura vegetal para proteger o solo e a água”, diz.

Por Salada Verde
24 de novembro de 2008

Mas e o fundo?

No entanto, não é só de pontos positivos que vive o decreto assinado por Lula na última sexta (21). Para Mesquita, faltou discorrer um pouco melhor sobre o Fundo de Restauração Florestal da Mata Atlântica, citado na Lei, e sobre como ele será operado. “O texto avançou mais no Plano Municipal de Recuperação e Restauração da Mata Atlântica. Se, por um lado, é bom incentivar as prefeituras locais, isso não pode ser desculpa para o estado não investir diretamente, caso os municípios não montem uma estratégia”, afirma.

Por Salada Verde
24 de novembro de 2008

Uma palavra muda tudo

Beto Mesquita também ficou receoso com o seguinte trecho: “Somente os remanescentes de vegetação nativa primária e vegetação nativa secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração (…) terão seu uso e conservação regulados por este Decreto, não interferindo em áreas já ocupadas com agricultura, cidades, pastagens e florestas plantadas ou outras áreas desprovidas de vegetação nativa”. Segundo o diretor do Ibio, o texto original levava a palavra “legalmente” depois de “ocupadas”, o que faz total diferença. Ela foi suprimida. “Terrenos tomados de forma ilegal devem ser recuperados. Isso é um perigo para a Mata Atlântica”, completou.

Por Salada Verde
24 de novembro de 2008

De Uberlândia a Patos

A ação civil pública impetrada pelo Ministério Público Federal (MPF) em Uberlândia, pedindo o cancelamento das licenças que permitem a mineração de zinco da Votorantim em Vazante (MG), foi parar nos escaninhos do judiciário em Patos de Minas.

Por Salada Verde
24 de novembro de 2008

Marina na sombra

Além de escrever artigos semanais com pequenas estocadas no governo federal, a ex-ministra Marina Silva (PT/AC) enfrenta isolamento no Senado e pouco lembra seus tempos mais aguerridos. Sua página eletrônica registra apenas três requerimentos de informações apresentados desde maio deste ano, quando retornou ao Senado. Em seu horizonte não se descarta a candidatura ao governo do Acre e, quem sabe, uma tentativa à presidência...no PV.

Por Salada Verde
24 de novembro de 2008

Demorou, queimou

Neste mês, cerca de 135 famílias acampadas à beira da MT 170, entre Juína e Brasnorte, começaram a atear fogo às áreas de mata da Fazenda Aurora Rio Cajati, declarada para fins de reforma agrária pelo governo federal em fevereiro. A propriedade é uma das poucas desta região que conseguiam manter 80% de florestas, como manda a lei – muito embora a exploração madeireira já tenha tirado as árvores mais nobres. Os acampados, que há mais de dois anos esperam a desapropriação da área, resolveram iniciar a ocupação pelas próprias mãos, depois de saberem que em julho a justiça paralisou o processo, pedindo a realização de uma perícia para atestar se a área é mesmo improdutiva.

Por Salada Verde
24 de novembro de 2008

Quem se importa?

O Eco esteve na área e conversou com os acampados candidatos a assentados. O líder do movimento garantiu, na época, que pretendia ocupar apenas os 1.800 hectares já desmatados da fazenda. Diante do abandono das famílias à beira da estrada, quem paga a conta, como sempre, é o fragmento florestal de seis mil hectares na Amazônia mato-grossense. Quem se importa?

Por Salada Verde
24 de novembro de 2008