Um grupo de conciliadores da Advocacia-Geral da União tentará resolver nesta terça (3) a pendência entre os parques nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral, no sul do país, e comunidades reconhecidas como quilombolas. Essas estão pleiteando, via Incra, 2.400 hectares entre as duas áreas protegidas. Mais informações aqui. Será que a moda agora é quitar "dívidas históricas" fatiando unidades de conservação? →
Durante três semanas, cientistas das não-governamentais Conservação Internacional e Fundação Ecotrópica fizeram uma expedição ao morro Tacarcuna, na região de Darién, fronteira da Colômbia com o Panamá. Durante a visita, eles identificaram cerca de 20 répteis, 120 aves e 60 anfíbios. Destes, dez são prováveis novas espécies, sendo um sapo arlequim do gênero Atelopus e três outros venenosos. Além disso, os pesquisadores registraram a presença de mamíferos de grande porte e quatro tipos de macacos. De acordo com o diretor da CI-Colômbia, José Vicente Rodriguez, o local é uma “verdadeira Arca de Noé” e merece todos os cuidados de conservação. →
Steve Sawyer, secretário-executivo do Conselho Global de Energia Eólica e uma das maiores autoridades européias em energias renováveis, fará amanhã uma visitinha especial aos deputados federais, em Brasília. O motivo do encontro é ajudar a Comissão Especial de Fontes Renováveis e Energia da Câmara a desentravar a discussão sobre o assunto no país; para que, até abril, o relatório final da casa seja votado. A comissão foi instalada em junho passado. Entre os projetos que devem ser revistos, estão o do ex-deputado Roberto Gouveia, que propôs pelo meno 15% da energia consumida no país venha de fontes alternativas ou de biomassa, a partir de 2020. O Plano Decenal de Expansão de Energia 2008/2017, proposto pelo governo, prevê crescimento muito mais tímido da participação de fontes alternativas na matriz nacional, como a eólica, que passaria de 0,3% em 2008, para apenas 0,9% em 2017. →
Cidades dos Estados Unidos estão usando uma nova tática para conter o uso de energia nas residências norte-americanas. Quem pensou na concessão de descontos para combustível economizado, errou. A medida até que foi testada, mas o que deu certo mesmo foi incentivar a inveja e a rivalidade entre vizinhos. Isto mesmo! Municípios como Sacramento distribuíram avaliações sobre a utilização energética de determinadas casas, em comparação com a dos vizinhos em cem casas do mesmo tamanho e onde era utilizado o mesmo combustível para aquecimento. Os clientes também foram comparados com os 20 vizinhos que foram particularmente eficientes na poupança de energia. A rivalidade fez com que os menos eficientes começassem uma corrida em busca de melhores resultados. A notícia é do New York Times. →
Depois de quase dois anos de trabalho, o Google vai lançar uma nova ferramenta, o Google Ocean, por meio da qual será possível passear pelo leito oceânico em imagens 3D. Até o momento, a empresa mapeou cerca de 10% do habitat marinho, mas esta porcentagem deve subir em breve. Pesquisadores acreditam que o Google Ocean será capaz de fornecer dados ainda não estudados, além de evidências e consequências do aquecimento global do fundo do mar. A ferramenta deve ser lançada em evento da Academia de Ciências que começou hoje, na Califórnia (Estados Unidos). →
Começou hoje, em São Paulo, a inspeção veicular ambiental para veículos com placas de final 1. Devem passar pela vistoria motos de motores quatro tempos de qualquer ano e veículos a diesel, também de qualquer data de fabricação, além de carros a gasolina, álcool, flex ou movidos a gás natural. Apesar de ser uma boa notícia em termos ambientais, a inspeção é motivo de divergências na capital paulista. Isso porque o estado só obrigou carros fabricados entre 2003 e 2008 a passarem pela inspeção. Isto é, os carros mais antigos, cujos motores têm mais probabilidade de estarem desregulados e poluem mais, estão desobrigados da vistoria. E março começa a inspeção para veículos com placas de final 2 e assim por diante. →
A pesquisa de Richard Guy Morrison, Inês Serrano, Paulo Zuquim Antas e Ken Ross aconteceu em outubro de 1996. Mas o estudo sobre aves encontradas em salinas, alagados, planícies e planaltos do Pantanal, todavia, foi ao prelo só no fim do ano passado. Graças ao apoio da WWF/Brasil. A iniciativa é uma espécie de guia para quem quer conhecer e se maravilhar com algumas aves do bioma. Incluindo a região central e entorno imediato, são mais de 650 aves diferentes já registradas, incluindo muitas espécies migratórias. Tudo isso torno o local um dos melhores para se observar emplumados no Brasil. O estudo pode ser baixado aqui (PDF / 3 Mb). Leitura interessante também para os governistas que desejam plantar hidrelétricas em rios regionais e sufocar as águas que mantêm o equilíbrio ecológico pantaneiro. →
O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT/SP), está se despedindo do cargo sem cumprir a repetida promessa de colocar em votação a proposta de emenda constitucional para reconhecer também o Cerrado e a Caatinga como patrimônios nacionais. Saiba mais:Minc promete rapidez em PEC da caatingaMais promessas pela PEC do CerradoPelo bem do Cerrado e da Caatinga →
Há poucos dias, a Justiça gaúcha derrubou um decreto federal e fez valer a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que determina o licenciamento em uma faixa de dez quilômetros, no entorno de áreas protegidas, de ações que possam trazer impacto ambiental a essas unidades. Vale o mesmo para o cultivos de transgênicos. Agora, foi a vez do judiciário paranaense negar o pedido de um agricultor para plantar soja geneticamente modificada em sua propriedade, dentro da "área de amortecimento" do Parque Nacional do Iguaçu. O produtor há havia sido multado pelo Ibama. Esse tipo de decisão reforça as determinações do Conama. →
O Ministério da Justiça vem tentando, desde julho do ano passado, recadastrar as organizações não-governamentais estrangeiras que atuam no país, muitas delas na área ambiental. No entanto, até agora não houve sucesso. O prazo inicial para recadastramento era novembro de 2008, mas a baixa participação de entidades fez a data ser adiada. Hoje (30), a pasta fez novo alerta: menos de 50% das cerca de 170 ongs registradas no órgão fizeram seu recadastramento. O prazo termina nesta segunda (2). A partir de então, as entidades sem cadastro não poderão atuar mais no Brasil. O pedido do Ministério da Justiça foi feito, entre outros motivos, para tentar disciplinar a atuação destas entidades na Amazônia e tornar suas atividades na região mais transparentes. O Ministério de Justiça deve divulgar em breve a lista de ongs que atenderam ao pedido do governo. Vale ficar de olho. →
