18 escravos a menos

As coisas andam pretas em Lucas do Rio Verde, um dos municípios com maior cobertura vegetal no Mato Grosso. O Ministério do Trabalho libertou esta semana 18 escravos que trabalhavam sob amira de homens armados, a maioria sem carteira assinada e contratados para derrubar árvores e limpar a área de uma nova fazenda. Ano passado, 4.634 pessoas foram resgatadas em todo o país. Goiás lidera, com 867 libertações, seguido pelo Pará, Alagoas e Mato Grosso.

Por Salada Verde
29 de janeiro de 2009

Maior central hidrelétrica

O deputato Edison Lobão Filho (PMDB-MA), filho do ministro de Minas e Energia Edison Lobão, quer mudar o limite de geração das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), de 30 para 50 MW. Se o projeto for aprovado na Câmara, empreendimentos mais robustos poderão ser erguidos sem a exigência de estudo de impacto ambiental. A brecha tem motivado a construção em sequência de pequenas usinas, que geram impactos cumulativos nem sempre levados em consideração na hora de conceder as licenças ambientais, como no caso das usinas do rio Juruena.

Por Salada Verde
29 de janeiro de 2009

Proteção urgente

Aliás, o rio Juruena, junto com o Teles Pires e o Tapajós são, na opinião do ictiólogo Flavio Lima, da USP, alguns dos rios que deveriam receber maior proteção no país. Banham regiões pouco densas e de biodiversidade quase totalmente desconhecida, ainda que com fortíssima pressão de desmatamento. Diversos empreendimentos hidrelétricos estão sendo aprovados, como a sequencia de PCHs no Teles Pires e duas grandes usinas na ordem de 700 MW coladas a terras indígenas Kayabi e Mundurucu (MT-PA), fora os projetos de hidrovia. Tudo isso está saindo antes que se conheça minimamente a riqueza de fauna nesses rios.

Por Salada Verde
29 de janeiro de 2009

São Paulo de 1960

A corrida por empreendimentos hidrelétricos nos rios de Mato Grosso remete, para Lima, uma lição não aprendida no passado. Para ele, dá para comparar o que está acontecendo nas terras de Blairo Maggi ao movimento de represamento dos rios paulistas, entre 1950 e 1960. Hoje, só mesmo o rio Ribeira de Iguape, no sul do estado, está livre de usinas. Mas por pouco tempo. Com as alterações no decreto que protegia as cavernas brasileiras, nada mais parece atrapalhar as empreiteiras de construir mais um empreendimento, Tijuco Alto.

Por Salada Verde
29 de janeiro de 2009

Corte raso no rio

Para tentar compreender quão impactantes são empreendimentos que transformaram, por exemplo, o rio Paraná (MS-SP) numa sequencia de lagos, Lima compara as represas das usinas ao corte raso de uma floresta. Depois que, de um ambiente de água corrente a região fica estagnada, não há peixe nativo que sobreviva.

Por Salada Verde
29 de janeiro de 2009

Conhecimento atrasado

Lima e outros pesquisadores estiveram em Cuiabá nesta semana para participar do Encontro Brasileiro de Ictiologia, onde apresentaram dados sobre a descoberta de mais de 200 espécies no rio Culuene, formador do Xingu. O estudo, tocado por cientistas do Museu de Zoologia da USP, foi encomendado em função da construção de uma PCH.

Por Salada Verde
29 de janeiro de 2009

Menos poluição, mais vida

Que o ar sujo mata, os paulistas já sabem. Pesquisas do professor Paulo Saldiva, da USP, mostram que morrem em média 3.500 pessoas por ano na cidade, por causa da má qualidade do ar. Agora, uma equipe da Bringham Young University, em Provo (Utah), estabeleceu uma relação ainda mais fina entre poluição do ar e mortalidade. Estudando as 51 maiores regiões metropolitanas do Estados Unidos, em dois momentos de alta poluição, 1979-1983, e de poluição em queda, 1999-2000. Descobriram que uma pequena redução, de apenas 10 microgramas por metro cúbico na concentração de material particulado fino aumenta a expectativa de vida em sete meses e meio. Trocando um miúdos: a política de melhoria da qualidade do ar metropolitano nos Estados Unidos aumentou em 15% a expectativa de vida da população. O estudo está publicado no New England Journal of Medicine. Confira aqui (em inglês).

Por Salada Verde
29 de janeiro de 2009

Satélites que enganam?

O ambientalista e colunista d'O Eco, Germano Woehl Jr, deixou um comentário na reportagem “O verde que envolve Santa Catarina”, publicada nesta terça (27). Em seu texto, utiliza um trecho escrito por Fernando Fernandez (biólogo, também colunista deste site) para argumentar que as imagens de satélite podem ser usadas como instrumentos de governos que desejam provar a eficácia de suas políticas de conservação. Muitas vezes, no entanto, elas não refletem a realidade. É o caso, por exemplo, da imagem acima. Por ela, parece que o morro onde se situa a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Santuário Rã-Bugio, de propriedade da Ong presidida por Woehl, é repleto de Mata Atlântica primária. Mas, na verdade, “há vários talhões de reflorestamentos de pinus, eucalipto e plantações de banana” no entorno, diz Woehl.

Por Salada Verde
28 de janeiro de 2009

Escolha de Sofia

Uma decisão do governo de Chade está deixando os habitantes do pequeno país africano desesperados: o uso de carvão vegetal foi banido por conta do abuso no desmatamento. De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Ali Souleiman Dabye, a decisão foi tomada porque mais de 60% da cobertura vegetal da nação foram derrubados para a obtenção da matéria-prima. Agora, a população reclama que não consegue mais achar o produto para fazer seus alimentos. “Eu estou usando ítens selvagens que eu planto, como frutos de palmáceas. Mas eles nos deixam doentes, não queimam corretamente e deixam um cheiro repugnante , além de fumaça”, disse Nangali Helene, moradora da capital N'Djamena, para a BBC.

Por Salada Verde
28 de janeiro de 2009

Novos habitantes chegam a santuário

O santuário do projeto de Proteção aos Grandes Primatas (GAP) recebeu quatro novos moradores neste mês de janeiro. Depois de se “aposentarem” das atividades no circo Mágico Moscou, o leão Zeus, a tigresa Chitara, a ursa Fofa e o babuíno Babu finalmente foram enviados para os recintos construídos de acordo com as necessidades de cada um. Todos são maiores do que o exigido pela legislação ambiental brasileira e contam com características da vida selvagem, como tocas e piscinas.

Por Salada Verde
28 de janeiro de 2009