Animação brasileira

Pelo menos em relação às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), o Brasil está alguns passos à frente de sua ex-metrópole. Hoje, este tipo de unidade de conservação protege cerca de 625 mil hectares de florestas nativas espalhadas pelo país. “Temos 836 RPPN's, e o Paraná é o estado com o maior número: 209. Mas, se tudo der certo, queremos terminar o ano de 2008 com mais de mil reservas reconhecidas pelo governo federal ou estadual”, disse um animado Rodrigo Castro, membro da Confederação Nacional de RPPN.

Por Salada Verde
12 de dezembro de 2008

Carta do Rio encerra congresso

O congresso terminou com a divulgação da “Carta do Rio”, escrita por representantes de 18 países das Américas e da Europa e que segue a tradição dos encontros anteriores. Segundo o texto, é preciso reconhecer “a relevância dos esforços privados para a conservação do patrimônio natural, o uso sustentável e a repartição equitativa dos recursos naturais”. Faz sentido. Quando a Aliança de Redes Latinoamericanas de Conservação privada foi criada, dois milhões de hectares eram protegidos pelas então 1.600 áreas cuidadas por pessoas físicas ou jurídicas nas 17 nações-membro. Hoje, três anos depois, o número quase duplicou.

Por Salada Verde
12 de dezembro de 2008

Quanto mais incentivo, melhor

Mas a carta também fez dura crítica aos governos. Para os conferencistas, os esforços voluntários de proteção da natureza são frutos de uma responsabilidade ímpar dos proprietários de terras. No entanto, diz um trecho do texto, “isso não significa que não se deva reconhecer e apoiar os esforços privados, sobretudo por meio da compensação pelos serviços e bens ambientais oferecidos pelas reservas particulares”.

Por Salada Verde
12 de dezembro de 2008

350: não esqueça este número

Poznan - Nas discussões sobre mudanças climáticas, os países há anos têm debatido a necessidade de que para estabilizar o clima em uma temperatura segura seria preciso limitar a concentração de gás carbônico na atmosfera em 450 partes por milhão (ppm). Mas há uma campanha em todo mundo para que os negociadores na ONU resolvam baixar esta meta a 350 ppm. Isso implicaria em um aumento de temperatura de aproximadamente 1,5C no planeta, o que já não é bom, mas melhor do que 2C, como deve ocorrer com os 450 ppm. Nesta sexta a Campanha 350 (Veja o site) ganhou um apoio de peso. Na Conferência do Clima, que ocorre na Polônia, o prêmio Nobel Al Gore afirmou em discurso a delegados que as "metas precisam ser endurecidas para chegarmos a 350 ppm". Ele foi longamente aplaudido. Falta ver que país se comprometeria com isso.Leia também a reportagem "O clima está mudando. E rápido"

Por Salada Verde
12 de dezembro de 2008

O estilo Minc chega a Poznan

Poznan - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, fez nesta quinta-feira seu pronunciamento na plenária da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que ocorre até sábado na Polônia. Para não perder costume, o homem-do-colete (aliás estava usando um belo rajado) chegou anunciando um novo programa. Desta vez é chamada de Aliança Tecnológica para Inovações Anti-Aquecimento - vulgarmente batizada de ATIA. Em poucas palavras, o nosso ministro está propondo que Brasil e outros países formem um fundo para diminuir os royalties de tecnologias verdes para países em desenvolvimento. Minc não explicou quem já foi convidado entre os membros da ONU a integrarem a ATIA e de onde virá o dinheiro do fundo. O único porém é que só faltou combinar com os russos. Os diplomatas pelo Itamaraty não estão informados da proposta e ela não consta no documento final da Conferência, que aliás foi escrito pelo ministro brasileiro Luis Alberto Figueiredo Machado.

Por Salada Verde
11 de dezembro de 2008

Circuito turístico na Guatemala

A Guatemala, país de apenas 109 mil quilômetros quadrados de extensão, aproximadamente, deu uma lição aos brasileiros na manhã desta quinta-feira (11). Durante palestra no 8º Congresso Interamericano de Conservação em Terras Privadas, realizado no Rio de Janeiro, Andy Burge, membro da Associação de Reservas Naturais Privadas da Guatemala (ARNPG, em espanhol), mostrou que não é preciso ter um amplo território para desenvolver programas sérios de conservação ambiental. Exemplo disto é o circuito turístico das reservas particulares de Atitlán, localizado nas altas serras do país. Ao todo, a região conta com 36 áreas protegidas por famílias e empresas, com um total de 14 mil hectares espalhados por cinco biomas diferentes.

Por Salada Verde
11 de dezembro de 2008

Floresta em pé igual a injeção de dinheiro

“Achamos que os turistas querem ver nossos mamíferos, observar as aves. Os proprietários entenderam os benefícios da preservação e compraram a idéia”, diz Andy Burge. As reservas, que contam com um enorme lago e três vulcões adormecidos na paisagem, preservam inúmeras bacias hidrográficas e seqüestram toneladas de carbono a cada ano. Para completar, recebem quase dois milhões de turistas por temporada. Em 2007, eles deixaram mais de um milhão de dólares na Guatemala, valores que contribuem para colocar a atividade em segundo lugar na economia local.

Por Salada Verde
11 de dezembro de 2008

Café verde

Federico Fahsen, presidente da ARNPG, apresentou outro projeto das reservas particulares na Guatemala de encher os olhos: a produção sustentável de café. Durante a confecção do plano de manejo das reservas privadas, são definidas as zonas de preservação integral e aquelas nas quais será permitido algum tipo de lavoura. Deste modo, os cafeicultores podem trabalhar e preservar o meio ambiente ao mesmo tempo. “É simples: nós entramos no mercado internacional com café de qualidade, e não em quantidade. Para isso, é preciso que ele seja cultivado na sombra de árvores nativas. Demora um tempo maior, pois a incidência do sol diminui, mas conseguimos combinar progresso econômico com baixo impacto na natureza”, explica Fahsen.

Por Salada Verde
11 de dezembro de 2008

Bom para o paladar e para natureza

Os resultados mostram que Federico está certo. Em parceria com florestas nativas, as plantações de café conseguem reter a água que cai da chuva e manter alto o volume dos lençóis freáticos, além de seqüestrarem 24 milhões de toneladas de carbono em um ano. Para completar, há mais de 300 espécies de animais nos zonas cultivadas, sendo muitas delas endêmicas.

Por Salada Verde
11 de dezembro de 2008

Madeireiras fantasmas no Pará

O município de Novo Repartimento, no sudeste paraense, tem pelo menos 14 madeireiras fantasmas. Foi o que descobriram os fiscais do Ibama responsáveis pela Operação Guardiões da Amazônia, que em breve completará um ano de vida. Elas eram utilizadas para a compra de madeira industrializada em outras firmas da região. O coordenador da força-tarefa, Norberto Souza, suspeita que 12 empresas sem licenças ambientais autuadas pelo órgão no últimos mês sejam as responsáveis pela venda.

Por Salada Verde
11 de dezembro de 2008