Licenças de montão

Roberto Messias e Carlos Minc têm missão clara junto ao governo Lula: licenciar a rodo para garantir as grandes obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Nesse sentido, o licenciamento bate recordes a cada ano. Em 2008, foram 467 delas, incluindo prévias, de instalação e de operação, e ainda de pesquisa sísmica e de corte de vegetação. Em 2007, foram 367 processos - perfazendo um aumento de 27% no período seguinte. Do catatau registrado ano passado, 332 (71%) licenças caem na conta da "era Minc", como informa nota distribuída pelo Ibama. Quantidade não é sinônimo de qualidade, como se sabe, por isso segue a chiadeira contra processos duvidosos, como os das usinas do Rio Madeira (RO).

Por Salada Verde
2 de janeiro de 2009

Cuspindo no prato

O ex-secretário-executivo de Marina Silva e hoje professor-visitante da Universidade de Columbia (Estados Unidos), João Capobianco, dispara petardos contra o governo Lula e Carlos Minc em entrevista na edição desta sexta (2) do jornal O Estado de S. Paulo. Para ele, o presidente "não tem uma visão estratégica sobre o assunto (meio ambiente), nem considera que seja uma questão estratégica". Além disso, ataca o colega Minc acusando-o de "excessivamente e perigosamente personalista. Ele quer de qualquer forma e a todo momento passar a impressão de que está sendo um bom ministro, de que está fazendo uma boa gestão". Ainda bem que, desse mal, Capobianco não sofria. Não é mesmo?

Por Salada Verde
2 de janeiro de 2009

Degradação em alta na Amazônia

Reportagens da Globo Amazônia e do jornal O Estado de S. Paulo reforçam que a situação na Amazônia não vai nada bem. Mesmo que o governo diga ao contrário. Entre 2007 e este ano, a área degradada pela mão humana cresceu 66%, ainda que o total desmatado tenha sido praticamente igual. Os dados são de novo sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que aponta florestas degradadas e não só corte raso. Mato Grosso, é claro, encabeça a lista dos destruidores. O ano que chega pode ser terrível para a Amazônia. Imagine para outros biomas, que nem monitorados são.

Por Salada Verde
19 de dezembro de 2008

Luz no fim do túnel

A conservação da natureza no país ganhou uma excelente notícia no apagar das luzes de 2008. No último dia 10, o Ministério de Meio Ambiente da Alemanha assinou um contrato para doar dois milhões de euros ao Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). Os recursos, arrecadados pelo banco KFW a partir da venda de créditos de carbono, serão usados em projetos de preservação da Mata Atlântica. Dentre eles estão iniciativas em áreas públicas e privadas, combate a incêndios florestais e projetos de uso sustentável da fauna e flora. Os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais serão os primeiros beneficiados com investimentos, ainda este ano.

Por Salada Verde
19 de dezembro de 2008

75 milhões/ano em UCs

O governo prometeu ontem que, até 2010, 60 parques nacionais  receberão R$ 75 milhões para que tenham "infra-estrutura administrativa", incluindo 11 coordenações regionais do Instituto Chico Mendes.  Segundo o próprio órgão, que ainda não mostrou muito a que veio, apenas 5,3 % das áreas de preservação do País têm estrutura para administração. Além desse dinheiro, o governo conta com repasses de compensações ambientais de grandes obras e do chamado Fundo da Amazônia.

Por Salada Verde
19 de dezembro de 2008

A conta do mau uso do planeta

A Swiss Re, uma das maiores seguradoras do mundo, publicou estudo dizendo que as catástrofes naturais, ampliadas pelo mau uso do planeta pelo ser humano, custaram ao mundo 238 mil vidas e 225 bilhões de dólares. Dessa quantia, as seguradoras ficaram penduradas em 50 bilhões de dólares. O governador Luis Henrique, de Santa Catarina, deveria fazer uma conta assim no seu estado. Quem sabe, traduzindo a coisa em dinheiro, ele se cobnvence que está na hora de reprimir pesado a ocupação irregular de encostas e o desmatamento.

Por Salada Verde
19 de dezembro de 2008

Moderados e radicais no time de Obama

Barack Obama está prestes a fechar a sua equipe de governo que vai lidar com questões ambientais. A escolha dos nomes segue uma fórmula que junta chefes de agências federais com sólidas credenciais verdes e secretários de governo mais moderados, com bom trânsito junto ao empresariado. Para o departamento do Interior, que entre outras coisas cuida das áreas protegidas do país, ele nomeou Ken Salazar, senador pelo estado do Colorado. Salazar ajudou a abrir parques de seu estado natal para a exploração de minério, mas perseguiu mineradoras que exageraram o impacto ambiental de sua atividade.

Por Salada Verde
19 de dezembro de 2008

Sinal amarelo para a agricultura

Para o departamento de agricultura, vai o ex-governador do Oregon, Tom Vilsack, um dos políticos americanos melhor informado sobre questões relativas ao aquecimento global. Sua nomeação é um sinal de que Obama  considera fundamental a mobilização do agronegócio para o combate ao efeito estufa. A ele estão subordinados o Serviço Florestal dos Estados Unidos, que tem sob gestão 70 milhões de hectares de terras públicas, e uma novíssima agência que será criada logo após a posse do novo presidente.

Por Salada Verde
19 de dezembro de 2008

Mercado verde para fazendeiros

A nova agência se chama Escritório de Serviços de Ecosistemas e de Mercados. Ela será dirigida por Sally Collins e terá a função de desenvolver mercados para remunerar trabalhos de conservação em terras privadas, com base nos serviços ambientais que elas prestam.

Por Salada Verde
19 de dezembro de 2008

Um radical ao lado de Obama

O conselheiro científico da Casa Branca no governo Obama, segundo o The New York Times, será o físico John Holdren, especializados em novas tecnologias para a geração de energia e velho defensor de cortes radicais na emissão de gases do efeito estufa.

Por Salada Verde
19 de dezembro de 2008