Tarde demais?

Está marcada para amanhã (10) a tão esperada audiência pública para discutir a mudança do local de construção da barragem da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, em Rondônia. Foram convidados representantes da Agência Nacional das Águas (ANA), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Ibama. Na prática, a audiência não deve mudar muita coisa no curso das obras, já que o presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª região, desembargador Jirair Aram Meguerian, suspendeu na noite da última quinta-feira a liminar que impedia as obras iniciais da hidrelétrica. As atividades do Enersus, consórcio responsável pela hidrelétrica, já recomeçaram.

Por Salada Verde
9 de dezembro de 2008

Guerra comercial no rio Madeira

Nestas indas e vindas sobre o futuro de Jirau, Carlos Minc, claro, já deu seu palpite. Para ele, a Odebrecht, responsável pela outra usina do Madeira, a de Santo Antônio, é que está boicotando as ações da Enersus. Para balizar o argumento de que há uma “guerra comercial” por trás das construções, o ministro do Meio Ambiente informou que os advogados responsáveis pela liminar que parou as obras em novembro eram os mesmos da Odebrecht. Em sua resposta, a construtora afirmou que os advogados atendem vários clientes e que ela não tem nada a ver com os ambientalistas que encabeçaram a liminar.Para ler o que já foi publicado sobre o assunto, clique aqui.

Por Salada Verde
9 de dezembro de 2008

Expectativas em baixa

Poznan - Faltam apenas três dias para o fim das negociações na Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas na Polônia e o próprio secretário-executivo da Convenção, Yvo de Boer, começou a preparar os espirítos para o que pode ser um dos maiores fracassos diplomáticos dos últimos tempos. Em coletiva de imprensa, ele afirmou que “talvez tenhamos uma proposta menos elaborada para Copenhague [ em 2009, quando terminam as negociações para o acordo climático pós-Kyoto] .” Ele explicou que pode não haver tempo suficiente para que os 192 membros da ONU cheguem a um acordo muito detalhado e que um texto mais amplo seria então mais apropriado. Mas se esse texto, mesmo que não seja detalhado, falhar em mostrar claramente quais serão as metas numéricas de redução de efeito estufa, o fracasso será evidente, afirmou De Boer.

Por Salada Verde
9 de dezembro de 2008

Poznan está gelada

Poznan - Está difícil quebrar o gelo das negociações na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. Todo mundo sabe que de Poznan não se pode esperar resultados finais, mas sim processuais. Ou seja, as propostas que surgem aqui serão as que determinarão a ambição do próximo acordo climático, o chamado pós-2012, ano em que termina o primeiro período do Protocolo de Kyoto. As ONGs estão assustadas com a falta de ambição dos governos em reduzirem as emissões de gás carbônico. A Oxfam, por exemplo, instalou nesta terça esculturas de gelo na entrada do centro de convenções onde ocorrem os debates.  

Por Salada Verde
9 de dezembro de 2008

Estratégia certeira

Você já viu este filme, mas em Minas Gerais, aqui mesmo em O Eco. Lá, deputados aliados a pecuaristas e mineradoras que têm sido multados pelo Instituto Chico Mendes por explorar clandestinamente dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra, arrumaram a mesma saída. Conseguiram aprovação em comissões permanentes da Câmara de um projeto que simplesmente transforma em Área de Proteção Ambiental (APA) 48 mil hectares do parque. A medida permitirá, na prática, que todas as atividades irregulares tenham continuidade, fazendo valer a tesde de que o crime ambiental compensa.

Por Salada Verde
8 de dezembro de 2008

De parque à APA, novamente

Como deputados mineiros, governo catarinense propõe que restingas do Parque Estadual do Tabuleiro virem Área de Proteção Ambiental. Especulação imobiliária agradece.

Por Salada Verde
8 de dezembro de 2008

Incêndio no sul da Argentina

Grandes incêndios florestais consomem desde sexta-feira o extremo sul da Patagônia argentina. Segundo os bombeiros, 650 hectares em chamas ainda estão fora de controle por causa dos ventos fortes e das condições adversas do clima. No momento, há cinco focos separados por 40 quilômetros cada um. As autoridades da província de Terra do Fogo suspeitam que o fogo seja criminoso. O incêndio já é considerado o pior da história nessa região. A notícia é capa do Clarín.

Por Salada Verde
8 de dezembro de 2008

Desempenho nacional

Apesar dos incêndios em áreas frágeis do país vizinho, a Argentina contabiliza 307 focos de calor segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o que a coloca muito atrás do desempenho brasileiro, que hoje registrou nada menos que 2257 queimadas. Por aqui, os incêndios se concentram nos estados nordestinos de Maranhão, Piauí e Ceará, justamente na parte litorânea. A queima da palha da cana também cobre São Paulo de fumaça, assim como o entorno do Pantanal em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Por Salada Verde
8 de dezembro de 2008

Sucessão de erros ambientais em SP

São Francisco Xavier, distrito turístico de São José dos Campos (97 km de São Paulo), está em pé de guerra. Conhecido pela qualidade de suas águas, o distrito está perdendo a fama porque, nos últimos meses, o recurso ganhou forte gosto de cloro, resultado de uma sucessão de equívocos ambientais. O gosto ruim vem da grande quantidade de produtos químicos colocados na água pela empresa de saneamento paulista, Sabesp, por conta de contaminação provocada pelo desmatamento irregular no entorno de um dos rios que abastecem a região - a concentração usada foi a mesma do rio Paraíba do Sul, um dos mais poluídos do estado. O desmatamento, por sua vez, foi feito porque o Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais (DEPRN) no Vale do Paraíba se precipitou ao conceder licença ao proprietário da terra para corte de toda a área de uma vez – e não gradualmente, de forma a permitir controle do desmatamento e renovação da mata. O DEPRN assumiu o erro. O caso corre na justiça.

Por Salada Verde
8 de dezembro de 2008

Contaminação de rio em SP é investigada

A Companhia Energética do Estado de São Paulo (Cesp) já começou as pesquisas sobre mortandade de peixes e qualidade do pescado no rio Paraná, divisa dos estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Os trabalhos foram determinados por um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) como forma de a Companhia compensar o passivo ambiental provocado pela instalação da 13º turbina da usina hidrelétrica de Sergio Motta, em 2002, no município de Rosana, interior do estado, quando morreram cerca de 40 toneladas de peixes da espécie Pterodoras granulosus, conhecido na região como armado. A mortandade ela investigada pelo Ministério Público Federal em Ribeirão Preto desde 2006. Pelo TAC, a Companhia deverá realizar análise de toxinas produzidas por bactérias, concentração de herbicidas, cobre e mercúrio no leito do rio.

Por Salada Verde
8 de dezembro de 2008