O que importa é a tendência

Mesmo que o Protocolo de Kyoto seja cumprido, os dados passam uma mensagem preocupante, falou esta manhã o secretário-geral da Convenção do Clima, Yvo de Boer, em uma teleconferência da qual O Eco participou. "Isso sustenta a necessidade de uma ação urgente em Poznan", alertou. Segundo ele, os mercados de carbono, apesar da crise financeira, ainda estão funcionando muito bem e um sinal dos países industrializados de que as emissões não estão caindo pode ser dramático. "Os mercados precisam de uma clareza de longo prazo", defendeu De Boer. Ainda sobre os efeitos da crise financeira sobre as emissões de carbono, o secretário da ONU afirmou que espera que haja uma redução nos próximos anos, uma vez que o apetite por petróleo deve cair com o aperto das economias.

Por Salada Verde
17 de novembro de 2008

Feema tem nova presidente

Hoje foi dia de mudança no quadro ambiental do Rio de Janeiro. No início da tarde, a secretária de Meio Ambiente do estado, Marilene Ramos, empossou a engenheira química Ana Cristina Henney como presidente da Fundação Estadual de Engenharia para o Meio Ambiente (Feema). A cerimônia aconteceu no prédio do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão que unificará os setores que cuidam da natureza dentro do governo a partir do ano que vem. O seu presidente deve ser Luíz Firmino, atual manda-chuva da Serla.

Por Salada Verde
14 de novembro de 2008

A saída de Axel Grael

Em entrevista a O Eco, Axel Grael explicou os motivos pelos quais se desligou da presidência da Feema, na última semana. “O motivo da minha saída foi o desgaste na relação dentro do governo, causado por divergências em licenças ambientais. Depois da saída do atual ministro Carlos Minc da secretaria, não contei com o mesmo suporte politico, principalmente em relação a licenças que foram negadas ou feitas exigências para adequação técnica e legal. Ao verificar que não havia mais condições de interlocução, decidi sair”, diz.

Por Salada Verde
14 de novembro de 2008

SC libera obras em campos de altitude

O Conselho Estadual do Meio Ambiente de Santa Catarina reabriu esta semana a possibilidade de se estabelecer novos empreendimentos em campos de altitude, o que estava suspenso desde dezembro de 2006, com a aprovação da Lei da Mata Atlântica. A Fundação do Meio Ambiente do Estado (Fatma) retomou, na última terça (11), a análise de atividades que tomarão o lugar dos biomas catarinenses. Nos campos em altitudes superiores a 1.500 metros serão permitidas atividades econômicas como pecuária extensiva e atividades ligadas ao ecoturismo.

Por Salada Verde
14 de novembro de 2008

Metendo os pés pelas mãos

Segundo Mário Mantovani, diretor da SOS Mata Atlântica, o governo federal está realmente devendo a regulamentação da lei que define os estágios da vegetação nestes tipos de bioma e precisa ser pressionado para que isso seja feito o mais rápido possível. No entanto, segundo ele, o governo de Santa Catarina pode ter enfiado os pés pelas mãos ao regulamentar a lei em nível estadual. “Esta não é a melhor forma de pressionar o governo. O estado deveria ter buscado se articular junto ao Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e não cortar caminho. "Santa Catarina tem um histórico de resistência e enfrentamento com o governo federal e isso pode ser entendido como uma provocação. É lamentável que tenha acontecido”, diz o diretor. Para Mantovani, o meio ambiente e o pequeno agricultor é que vão pagar pela atitude do governo catarinense.

Por Salada Verde
14 de novembro de 2008

Agricultores são beneficiados com lei

Apesar das críticas vindas de fora do estado, a regulamentação da lei foi bastante comemorada pelos agricultores de Santa Catarina. Isso porque um estudo feito pela Empresa Catarinense de Pesquisa Agropecuária mostra que 32% do território do estado possui altitudes acima de 850 metros, onde vivem mais de 18 mil famílias rurais que tiveram suas atividades impactadas pela Lei da Mata Atlântica.

Por Salada Verde
14 de novembro de 2008

Ciência amazônica em pauta

Tem início em Manaus (AM), nesta segunda-feira (17), a conferência científica Amazônia em Perspectiva: Ciência Integrada para um Fundo Sustentável. O encontro reunirá cerca de mil pesquisadores e estudantes de diversos países para debater sobre os resultados de estudos sobre clima, biodiversidade, uso e cobertura de terra no maior bioma brasileiro. Além disso, os diferentes cenários de alteração ambiental causados pelo desmatamento e aquecimento global também estarão em pauta. O evento é organizado, entre outros, pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e Museu Paraense Emílio Goeldi. Mais informações aqui.

Por Salada Verde
14 de novembro de 2008

SP subestima lixo eletrônico

O lixo eletrônico tem se tornado um problema para os gestores de resíduos urbanos. Isso porque celulares, pilhas, baterias, computadores e eletroeletrônicos estão cada vez mais presente na vida dos brasileiros, mas sua destinação depois do uso ainda não está muito clara para usuários e empresas. Mutirão realizado pelo governo de São Paulo, na última semana, revela o tamanho da batata quente: a estimativa era de que, em sete dias de coleta, fossem reunidas 10 toneladas de lixo eletrônico em todo o estado. No entanto, balanço prévio da ação revelou que apenas a cidade de Campinas conseguiu arrecadar 4 toneladas destes materiais. Apenas um morador de Itapetininga, no interior paulista, possuía “coleção” de 1,5 toneladas de deste tipo de lixo. O balanço geral do mutirão será divulgado no início da próxima semana.

Por Salada Verde
14 de novembro de 2008

Crescimento em progressão geométrica

O problema do lixo eletrônico é que, se não tiver destinação adequada, pode acabar em aterros e lixões, contaminando o solo e as águas com metais pesados. Só o Brasil consome, todos os anos, 1,2 bilhão de pilhas e 400 milhões de baterias de celular. Para piorar, estimativas revelam que 40% das pilhas comuns vendidas no Brasil são falsificadas, produzidas ou importadas sem controle e podendo ter um teor de metais pesados superior ao permitido pela legislação. Outros números confirmam o quadro: até 2012, a previsão é que o Brasil chegue à marca de 100 milhões de computadores; o país já possui cerca de 140 milhões de celulares com tempo médio de utilização de 18 meses; um chip exige 72 gramas de substâncias químicas e consome 32 litros de água para ser produzido; menos de 1% do lixo eletrônico gerado no mundo é encaminhado para reciclagem.

Por Salada Verde
14 de novembro de 2008

Lição de casa ao comprar madeira

O Ibama em São Paulo dá um pulo hoje na 10ª Feira de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade (Fimai) para tratar de um tema pra lá de importante ao mercado consumidor do sudeste: a compra de madeira certificada. Somente o estado de São Paulo consome um quarto de toda madeira extraída da Amazônia. Se ela é fruto de desmatamento ilegal é que deve ser motivo de atenção. As dicas do órgão são as praxe, mas desconhecidas pela maioria da população: exigência do Cadastro Técnico Federal e do Documento de Origem Federal (DOF), além da nota fiscal. “É preciso familiarizar todos os consumidores a esses documentos, única forma de garantir que a madeira adquirida não vem de áreas irregulares”, diz Analice Pereira, superintendente do órgão em São Paulo.

Por Salada Verde
14 de novembro de 2008