Mata Atlântica em debate
Agora regulamentada, a Lei da Mata Atlântica continua a causar polêmica entre os ambientalistas. Beto Mesquita, diretor de programas do Instituto BioAtlântica (Ibio), uma das principais ongs brasileiras que atuam no bioma, vê lados positivos e negativos no decreto publicado hoje no Diário Oficial da União. Para ele, o texto oferece segurança jurídica para quem está interessado em recuperar e manejar a floresta corretamente. Agora, proprietários de terras podem plantar espécies nativas com fins econômicos, desde que seja fora de Áreas de Proteção Permanente e Reservas Legais. “Madeiras de alto valor no mercado, como Jequitibá, Jacarandá ou Ipê, já podem ser colhidas com 15 anos de plantio. Com isso, o produtor rural começa a criar uma cultura florestal. E esse tipo de cultura não funciona como o eucalipto. Existem diferentes ciclos de colheita, o que significa que haverá sempre uma cobertura vegetal para proteger o solo e a água”, diz. →