Fogo que não tem fim

Não parece ter fim a situação de emergência pela qual passa o Parque Nacional da Chapada Diamantina, desde o início de outubro. Nesse domingo (16), os focos de calor que estavam sob controle voltaram a se intensificar e não há previsão de chuvas até a próxima semana. Ao todo, cerca de 90 mil hectares da unidade de conservação já foram atingidos – número superior à metade do parque. Praticamente, toda a região de Mucugê e Ibicoara foi devastada. Neste momento, sete aeronaves combatem os incêndios.

Por Salada Verde
17 de novembro de 2008

Concurso público

O Ibama abriu o terceiro concurso público de sua história. São oferecidas 225 vagas para analistas ambientais, com salário inicial de 4.115,37 reais. O valor inclui uma gratificação de desempenho que pode ou não ser recebida pelos servidores e se refere ao salário com o reajuste acordado para os próximos dois anos. Até 2010, os servidores ambientais já efetivos terão 45% de aumento. As inscrições se encerram no dia 24 de novembro, as provas serão dia 25 de janeiro de 2009 e o edital pode ser acessado aqui.

Por Salada Verde
17 de novembro de 2008

Pressão dos fiscais

Nesta semana, a Associação dos Servidores do Ibama (Asibama) reunirá representantes de todo o país para, de novo, discutir reestruturação da carreira. Na pauta, a criação do cargo de fiscal, com presença do ministro Carlos Minc. Ao que tudo indica, a paralisação de 24 horas nas atividades de fiscalização no início deste mês surtiu algum efeito.

Por Salada Verde
17 de novembro de 2008

Binóculos para a baleia jubarte

Entre os dias 6 de setembro e 3 de outubro, profissionais do Instituto Chico Mendes e da não-governamental Baleia Jubarte realizaram sobrevôos pela costa brasileira para elaborar um censo demográfico do bicho que dá nome à organização. Ao todo, mais de 300 grupos foram avistados, sendo que doze apresentavam filhotes. Este é considerado um dos maiores levantamentos aéreos de cetáceos do mundo e tem como objetivo promover uma gestão mais adequada da zona costeira e marinha brasileira.

Por Salada Verde
17 de novembro de 2008

E as emissões sobem…

Apenas a duas semanas do início da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Poznan, na Polônia, o secretariado da Conveção do Clima divulgou dados que mostram que, ao invés de caírem, as emissões de carbono continuam a subir. Em estudo lançado nesta segunda, é revelado que, entre 2000 e 2006, o total de gases de efeito estufa na atmosfera elevou-se em 2,3% nos 40 países mais industrializados do planeta. A tendência de crescimento é ainda pior nas chamadas economias em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia, onde a alta foi de 7,4%. As Nações Unidas salientaram que a comparação geral com a década de 1990 ainda apresenta uma queda de 5%, o que deve permitir o cumprimento do Protocolo de Kyoto, que estabelece redução de 5,2% até 2012. Mas isso, como mostram estudos, está bem longe de ser suficiente para interromper as catástrofes ambientais previstas.

Por Salada Verde
17 de novembro de 2008

O que importa é a tendência

Mesmo que o Protocolo de Kyoto seja cumprido, os dados passam uma mensagem preocupante, falou esta manhã o secretário-geral da Convenção do Clima, Yvo de Boer, em uma teleconferência da qual O Eco participou. "Isso sustenta a necessidade de uma ação urgente em Poznan", alertou. Segundo ele, os mercados de carbono, apesar da crise financeira, ainda estão funcionando muito bem e um sinal dos países industrializados de que as emissões não estão caindo pode ser dramático. "Os mercados precisam de uma clareza de longo prazo", defendeu De Boer. Ainda sobre os efeitos da crise financeira sobre as emissões de carbono, o secretário da ONU afirmou que espera que haja uma redução nos próximos anos, uma vez que o apetite por petróleo deve cair com o aperto das economias.

Por Salada Verde
17 de novembro de 2008

Feema tem nova presidente

Hoje foi dia de mudança no quadro ambiental do Rio de Janeiro. No início da tarde, a secretária de Meio Ambiente do estado, Marilene Ramos, empossou a engenheira química Ana Cristina Henney como presidente da Fundação Estadual de Engenharia para o Meio Ambiente (Feema). A cerimônia aconteceu no prédio do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão que unificará os setores que cuidam da natureza dentro do governo a partir do ano que vem. O seu presidente deve ser Luíz Firmino, atual manda-chuva da Serla.

Por Salada Verde
14 de novembro de 2008

A saída de Axel Grael

Em entrevista a O Eco, Axel Grael explicou os motivos pelos quais se desligou da presidência da Feema, na última semana. “O motivo da minha saída foi o desgaste na relação dentro do governo, causado por divergências em licenças ambientais. Depois da saída do atual ministro Carlos Minc da secretaria, não contei com o mesmo suporte politico, principalmente em relação a licenças que foram negadas ou feitas exigências para adequação técnica e legal. Ao verificar que não havia mais condições de interlocução, decidi sair”, diz.

Por Salada Verde
14 de novembro de 2008

SC libera obras em campos de altitude

O Conselho Estadual do Meio Ambiente de Santa Catarina reabriu esta semana a possibilidade de se estabelecer novos empreendimentos em campos de altitude, o que estava suspenso desde dezembro de 2006, com a aprovação da Lei da Mata Atlântica. A Fundação do Meio Ambiente do Estado (Fatma) retomou, na última terça (11), a análise de atividades que tomarão o lugar dos biomas catarinenses. Nos campos em altitudes superiores a 1.500 metros serão permitidas atividades econômicas como pecuária extensiva e atividades ligadas ao ecoturismo.

Por Salada Verde
14 de novembro de 2008

Metendo os pés pelas mãos

Segundo Mário Mantovani, diretor da SOS Mata Atlântica, o governo federal está realmente devendo a regulamentação da lei que define os estágios da vegetação nestes tipos de bioma e precisa ser pressionado para que isso seja feito o mais rápido possível. No entanto, segundo ele, o governo de Santa Catarina pode ter enfiado os pés pelas mãos ao regulamentar a lei em nível estadual. “Esta não é a melhor forma de pressionar o governo. O estado deveria ter buscado se articular junto ao Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e não cortar caminho. "Santa Catarina tem um histórico de resistência e enfrentamento com o governo federal e isso pode ser entendido como uma provocação. É lamentável que tenha acontecido”, diz o diretor. Para Mantovani, o meio ambiente e o pequeno agricultor é que vão pagar pela atitude do governo catarinense.

Por Salada Verde
14 de novembro de 2008