Para ajudar os pingüins

Pingüins sempre apareceram em vários pontos da costa brasileira, mas este ano a situação foi para lá de anormal. Só no litoral paulista foram avistadas 800 dessas aves que não voam, sem contar as centenas que aportaram em praias nordestinas. Agora, o Ibama/SP produziu um folheto para tentar orientar e contar com a ajuda da população para salvar espécimes da morte certa em mãos desavisadas. O material impresso e eletrônico ensina como identificar o estado do animal e traz procedimentos e fones de contato de órgãos públicos. "Muitas pessoas ainda acreditam que os pingüins devem ser socorridos e colocados na geladeira, o que é um erro. Se forem colocados em locais frios, esses animais morrem, pois já chegam ao litoral brasileiro enfraquecidos e, muitas vezes, doentes. A solução é comunicar as autoridades ambientais mais próximas e, se houver possibilidade, transportá-lo até as instituições de apoio, onde receberão tratamento veterinário e alimentação", diz o analista ambiental Jury Seino, em nota distribuída pelo Ibama. Resta conferir se haverá capacidade nos órgãos públicos para atender aos chamados da população.

Por Salada Verde
24 de outubro de 2008

Contra o decreto cavernoso

Ministérios do Meio Ambiente e das Minas e Energia, além da Casa Civil, seguem recebendo críticas à proposta de decreto que, segundo espeleólogos, pode facilitar a destruição de oito em cada dez cavernas brasileiras. A Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) e o Espéleo Grupo de Brasília (EGB) enviaram ofícios aos órgãos públicos onde levantam o risco da "elaboração de uma proposta unilateral, na qual prevaleceriam interesses econômicos". Todos querem mais debates e participação real da sociedade civil no processo. "A destruição de cavernas não é uma medida aceitável para angariar recursos a fim de preservar as cavernas que restarem. Cabe ao Estado e à Sociedade garantir a conservação deste importante patrimônio, além disso, o governo não pode dispor de nossas cavernas como forma a conseguir recursos para cumprir suas obrigações". Um abaixo-assinado eletrônico também foi organizado.

Por Salada Verde
24 de outubro de 2008

Pastagens degradadas

Vale lembrar que não falta espaço para aumentar produção: o Brasil tem cerca de 150 milhões de hectares de pastagens degradadas, área semelhante a do estado do Amazonas. Tudo fruto dos maus tratos impostos ao solo por pecuaristas, apoiados na certeza de obter mais terras logo adiante.

Por Salada Verde
24 de outubro de 2008

Haja terra para tanto boi

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, comemorou hoje (23) as projeções para o Brasil no mercado mundial de carne. Segundo os técnicos da pasta, em dez anos o país responderá por nada menos que 70% desse filão. Só no ano passado, foram exportados mais de 11 bilhões de dólares em carnes, que perderam apenas para a soja e derivados como produtos de maior importância comercial do agronegócio. Se uma recente pesquisa já mostrou que grandes exportadores estão envolvidos na compra de carne vinda de áreas de desmatamento recentes, imagine quando esse mercado bombar.

Por Salada Verde
23 de outubro de 2008

Mineradoras destroem Serra da Canastra

As mineradoras de Minas Gerais que atuam ilegalmente na extração de quartzito estão destruindo o Parque Nacional da Serra da Canastra, no centro-oeste do estado. A constatação é do Instituto Chico Mendes, que há duas semanas realiza a Operação Quebra-Pedra para tentar combater a prática. Cerca de 50 hectares do parque já foram abaixo. Segundo o chefe da unidade, Joaquim Maia Neto, a extração do minério vem crescendo nos últimos anos, junto com a ilegalidade. Das nove empresas que atuavam na região, cinco já tiveram o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) suspensa e as outras quatro foram autuadas na última quarta-feira. Além de extraírem minério ilegalmente, as empresas jogaram rejeitos nos rios e autuavam em áreas não-autorizadas.

Por Salada Verde
23 de outubro de 2008

Classificados

A secretaria de meio ambiente do Pará (SEMA) lançou edital para contratar um coordenador geral de comunicação, leia-se assessor de imprensa, para cuidar específicamente da divulgação do projeto de implantação do mosaico de Unidades de Conservação na Calha Norte do Pará. O edital, em pdf, pode ser baixado no site da própria SEMA.

Por Salada Verde
23 de outubro de 2008

Starbucks de torneiras abertas

A cafeteria Starbucks, uma das maiores redes de todo planeta, com dez mil lojas espalhadas nos maiores centros comerciais, virou alvo de uma campanha implacável dos tablóides ingleses. Tudo começou depois que o The Sun descobriu que em qualquer loja do Starbucks sempre há uma torneira aberta com água correndo sem parar. Trata-se de uma regra de higiene para evitar a proliferação de bactérias nas torneiras e pias usadas para lavar as louças. Um repórter do tablóide conseguiu levar uma câmera escondida a uma das franquias e tenta alertar aos funcionários que a torneira está aberta, mas é avisado que é assim mesmo. A política foi considerada bizarra por diversos especialistas e cálculos mostraram que o desperdício de água é imenso. Levando-se em conta que a maioria das 10 mil lojas da Starbucks ficam abertas 13 horas por dia, a água gasta, 23 milhões de litros, seria capaz de suprir dois milhões de afetados pela seca na Namibia (África) ou encher uma piscina olímpica a cada 83 minutos.

Por Salada Verde
23 de outubro de 2008

Brasil pode cortar emissões

Em matéria de hoje (23) do jornal Valor Econômico, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) afirma que o governo brasileiro pode assumir metas obrigatórias para cortar emissões de gases que provocam o aquecimento global depois de 2012, quando acaba a primeira fase do Protocolo de Quioto. “O Itamaraty, que inicialmente fazia um contraponto, já diz que aceita metas, com condições”, afirmou Minc, conforme o periódico. A troca de casaca nacional deve ser apresentada na próxima conferência climática mundial, em dezembro, na Polônia. Se ela se mantiver até lá.

Por Salada Verde
23 de outubro de 2008

Espécies endêmicas correm risco

Segundo Gonçalves, as áreas atingidas são de fundamental valor para a biodiversidade da região. “Não há como fazer ainda uma avaliação das perdas, mas as áreas em chamas são muito importantes, com espécies endêmicas e raras. Há, por exemplo, pelo menos duas espécies de orquídeas que só ocorrem em Ibicoara”, afirma. Não existem ainda registros sobre a fauna atingida, mas a presença de gaviões nos focos de calor indica que muitos animais sucumbiram aos incêndios.

Por Salada Verde
23 de outubro de 2008