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18 de julho de 2008

Novos institutos

Além de local de debates, o encontro foi marcado por anúncios importantes para o setor. Talvez o principal deles tenha sido feito pelo ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, que anunciou a criação de 50 novos institutos de pesquisa para os próximos três anos. Segundo Rezende, 30 deles serão implantados em regiões estratégicas, como a Amazônia. No total, o governo espera investir 270 milhões de reais para a formação de novos pesquisadores. Se houver a participação de fundações estaduais no projeto, a estimativa é que esta cifra suba para 400 milhões.

Por Gustavo Faleiros
18 de julho de 2008
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18 de julho de 2008

Poucos

O Brasil conta com cerca de 50 mil pesquisadores. É pouco O ideal, de acordo com o ministro, é que esta cifra estivesse na casa dos 600 mil, número 12 vezes maior do que o hoje computado.

Por Gustavo Faleiros
18 de julho de 2008
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18 de julho de 2008

Sem licença

Outra discussão importante que ocorreu durante o encontro da SBPC foi sobre as dificuldades para a realização da pesquisa no país. Atualmente, centenas de pesquisadores não conseguem trabalhar ou trabalham na ilegalidade por não terem conseguido licença do governo para realização de seus estudos. Só no Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGen), criado em 2001, há entre 60 e 70 parados.

Por Gustavo Faleiros
18 de julho de 2008
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18 de julho de 2008

Pode ser pior

A situação de pesquisadores que trabalham com plantas medicinais descobertas por culturas tradicionais é ainda pior. Segundo Elisaldo Carlini, professor da Universidade Federal de São Paulo e presidente de um congresso sobre fitomedicina, que acontecerá em São Paulo em setembro, a maior parte dos 1,5 mil trabalhos inscritos este ano descreve plantas sobre as quais os cientistas não obtiveram licença para trabalhar.

Por Gustavo Faleiros
18 de julho de 2008
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18 de julho de 2008

Habeas Corpus

Apesar de o Ministro Carlos Minc ter afirmado, durante a abertura do evento, na última segunda-feira, que tentará “discriminalizar” a pesquisa e os pesquisadores, e que um possível meio para se fazer isso seria a divisão do poder para autorização – que em parte poderia ser feita diretamente pela universidade – os debatedores estudam outra alternativa. Uma dela foi trabalhar com os instrumentos da justiça comum: pedir hábeas corpus preventivos ao Supremo Tribunal Federal (STF) para todos os pesquisadores que hoje trabalham “fora da lei”. “Precisamos criar uma situação que obrigasse [o governo] a sair da inércia”, defendeu o consultor e ambientalista Fábio Feldman.

Por Gustavo Faleiros
18 de julho de 2008
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18 de julho de 2008

Poder e Ciência

Além de declarações e debates importantes, a 60ª Reunião também serviu de espaço para desabafos. Pelo menos foi isso o que fez o diretor do INPE, Gilberto Câmara, em uma das atividades da quinta-feira. Ao falar dos instrumentos usados pelo Instituto para o monitoramento do desmate na Amazônia, Câmara não conseguiu disfarçar o rancor criado nos últimos meses, quando o INPE viu seus dados contestados. “Se a gente escapar dessa, vamos escrever um livro, e o primeiro capítulo vai falar da relação entre poder e ciência”, cutucou.

Por Gustavo Faleiros
18 de julho de 2008
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18 de julho de 2008

O tempo dirá

Em sua queixa, Câmara fez questão de frisar que a situação de desabono que se formou em torno do trabalho do INPE não tende a permanecer. “A desigualdade desta relação entre poder e ciência muda com o tempo. No curto prazo, o poder pode até destruir a ciência. No longo prazo a verdade aparece e aí, a ciência se torna mais forte que o poder”, disse.

Por Gustavo Faleiros
18 de julho de 2008
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18 de julho de 2008

Na paz

Após uma conversa de quase duas horas, os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, estão na paz. “Acertamos nossos ponteiros”, garantiu Minc. Os ponteiros das duas pastas começaram a desregular quando Marina Silva ainda comandava o Meio Ambiente. O Plano Amazônia Sustentável (PAS) foi lançado, Unger virou chefão do programa e o MMA foi convidado a pegar seu banquinho e sair de fininho. Agora, o substituto de Marina diz que tudo foi resolvido, e as ações serão compartilhadas. A dupla pretende viajar junto para os municípios amazônicos e dividir o bastão nas medidas implementadas: “Os principais problemas foram devidamente equacionados”. A notícia é da Folha Online.

Por Redação ((o))eco
18 de julho de 2008
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18 de julho de 2008

Vai que dá

Em São Francisco, nos Estados Unidos, tira o carro da garagem quem quer. A cidade foi nomeada a mais “caminhável” do país pelo site Walk Score, que cruza dados do Google Maps com os serviços oferecidos nas regiões. Por caminhável entenda-se um local em que há padarias, supermercados, parques e tudo mais que um mortal precisa para sobreviver neste mundo, espalhados por todo canto. Ou seja, uma área em que basta dar alguns passos e seus anseios caseiros estão resolvidos. No ranking, Nova York ficou em segundo lugar e Boston em terceiro. Conforme mostra o jornal San Francisco Chronicle, o Walk Score estimula as pessoas a trocarem o veículo pelas canelas, em prol da saúde e do meio ambiente. Mas como se sabe, ainda tem muita gente que prefere o auxílio do volante para comprar um jornal na esquina.

Por Redação ((o))eco
18 de julho de 2008
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18 de julho de 2008

De galho em galho

Com as mudanças climáticas estreitando os habitats de inúmeras espécies, um grupo de cientistas diz que a melhor saída pode ser arrumar as malas e levar bichos e plantas para novas áreas. O plano, chamado de migração assistida, está sendo planejado por um grupo de cientistas britânicos, americanos e australianos. A equipe admite os riscos de se misturar populações que não costumam conviver juntas, mas acredita que o transporte de certas espécies para regiões menos vulneráveis será uma necessidade cada vez mais real. Eles afirmam que as interações biológicas seriam minuciosamente estudadas para que os novos moradores não incomodem os antigos. E afirmam que esta seria a última saída para espécies que estão prestes a bater as botas. A versão online da revista Science dá mais detalhes da empreitada.

Por Redação ((o))eco
18 de julho de 2008
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18 de julho de 2008

Sobre as águas

Os cientistas já avisaram que não falta muito para o sertão virar mar. E os arquitetos, que não são bobos nem nada, já botaram a prancheta para funcionar. O jornal britânico The Guardian dá uma pequena amostra do que está passando pela cabeça de projetistas nesse contexto de aquecimento global e avanço do mar. Conforme mostram as ilustrações, as cidades flutuantes poderiam abrigar até 60 mil pessoas e estariam ali, boiando tranquilamente, no meio dos oceanos. Para os críticos, os trabalhos são uma beleza, mas não sairão do papel.

Por Redação ((o))eco
18 de julho de 2008
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18 de julho de 2008

Rastro Negro

O Ibama de Mato Grosso do Sul acaba de divulgar os números da terceira etapa da operação “Rastro Negro Pantanal”, que vem rastreando a origem do carvão vegetal usado pelas siderúrgicas do Estado. Assim como nas etapas anteriores da operação, a MMX foi a estrela da festa. Segundo o Ibama, 90% dos fornecedores da siderúrgica de Eike Batista operavam na ilegalidade, transportavam cargas em excesso ou sem cobertura legal. O saldo da fraude alcança a cifra de 30 mil m³ de carvão, o que representa impacto em 1,5 mil hectares de florestas nativas.

Por Gustavo Faleiros
18 de julho de 2008
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