Colunas
10 de julho de 2008

É PAC até debaixo d’água

O anúncio de que o governo quer duplicar a produção de peixe conflita com avisos de que o mar no Brasil requer cuidados. É assim que os programas dão com os burros n’água.

Por Marcos Sá Corrêa
10 de julho de 2008
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10 de julho de 2008

Etapa final

O Governo do Estado de São Paulo anunciou que até o final do mês os decretos que instituirão as três Áreas de Proteção Ambiental(APAs) Litorâneas - APA do Litoral Sul, Litoral Centro e Litoral Norte - terão seus textos concluídos e serão encaminhados ao judiciário. A criação das APAS vem sendo discutida desde abril deste ano em audiências públicas e encontra forte resistência do setor pesqueiro, que se opõe à formação das unidades por acreditar que elas prejudicarão a economia local. Para se precaver de futuras contestações, o governo paulista já deixou bem claro que os "decretos que instituirão as APAs serão o produto final de um amplo debate".

Por Gustavo Faleiros
10 de julho de 2008
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10 de julho de 2008

Rei da soja

Foi por correio que Eraí Maggi Schaffer, primo do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, recebeu a notícia da multa e do embargo que o Ibama empreendeu em uma de suas fazendas, no município de São José do Rio Claro (MT). De acordo com dados da fiscalização do órgão em Cuiabá a fazenda Cachoeira apresentou 1.463 hectares desmatados, dos 1.693 hectares de área total. O saldo foi de 84,4% de derrubadas e 13,6% de vegetação nativa em área pertencente ao bioma amazônico. Eraí é considerado o maior plantador de soja do mundo.

Por Gustavo Faleiros
10 de julho de 2008
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10 de julho de 2008

Multa

O Ibama aplicou uma multa de 438.900 reais pelo desmatamento ilegal e mais 45 mil reais pela não apresentação da licença ambiental da propriedade, que foi inteiramente embargada. Esta é a quinta autuação por crimes ambientais que recai sobre Eraí desde o ano 2000, segundo o órgão federal.

Por Gustavo Faleiros
10 de julho de 2008
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10 de julho de 2008

Adiós cerradinho

Nenhum governo dá ponto sem nó. Há poucos dias o chefe-de-gabinete da Presidência afirmou que Lula prefere soja a um cerradinho qualquer. Agora o Ministério da Agricultura afirma que o Centro-Oeste produzirá ainda mais grãos. A região é líder no cultivo de algodão, girassol, soja e sorgo e segunda produtora de milho. Hoje há 15 milhões de hectares plantados, três vezes mais que o cultivado no fim da década de 1970. Os preços em alta das commodities têm ajudado na troca de Cerrado por lavouras. Só nas últimas cinco safras, a expansão foi de cerca de 750 mil hectares.

Por Gustavo Faleiros
10 de julho de 2008
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9 de julho de 2008

Grileiros, regozijai

A grilagem de terras na Amazônia acaba de ganhar respaldo legal. Por 37 votos a favor, com 23 contra e 3 abstenções, o Senado aprovou a Medida Provisória 422, que já havia passado na Câmara dos Deputados. Seu texto legaliza a invasão de terras públicas na região até o limite de 1 mil e 500 hectares. Qualquer grileiro pode agora reclamar essa extensão de terra junto ao Incra sem ter o receio de que o governo exija que sua ocupação seja submetida a um processo de licitação.

Por Redação ((o))eco
9 de julho de 2008
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9 de julho de 2008

Pequeno latifundiário

O texto aprovado, conhecido também como PAG, plano de aceleração da grilagem, tinha como justificativa o fato de beneficiar pequenos proprietários. Lula, do alto de sua sabedoria, acaba de criar a figura do agricultor familiar latifundiário. Na zona rural da Amazônia, 1 mil e 500 hectares é terra às pampas.

Por Redação ((o))eco
9 de julho de 2008
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9 de julho de 2008

Votos

A MP, enviada por Lula ao Congresso, copiou o texto de um projeto de lei do deputado Asdrubal Bentes (PSDB-PA). A luta contra a sua aprovação no Senado uniu de Marina Silva a Pedro Simon, passando por Alvaro Dias e Arthur Virgílio. Este arco íris político, no entanto, foi incapaz de derrotar a turma a favor da grilagem, capitaneadas pelo líder do governo na Casa, Romero Jucá, do PMDB de Roraima.

Por Redação ((o))eco
9 de julho de 2008
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9 de julho de 2008

Elas por elas

Apesar de ressabiados pelos impactos de dezenas de usinas previstas para a bacia do Juruena, nesta terça-feira os índios rikbaktsa aceitaram a presença de técnicos em suas áreas se eles tiverem munidos de autorização dos caciques e da Funai, informou Fernando Dinuru. Mas, para isso, entregaram uma carta com reivindicações, que, gostariam fossem atendidas antes da entrada dos técnicos. No topo das prioridades, maiores investimentos na saúde indígena e transferência do distrito de saúde que os atende, de Rondônia, para a cidade de Juína, mais próxima de suas aldeias.

Por Redação ((o))eco
9 de julho de 2008
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9 de julho de 2008

Convencimento

Representantes da Empresa de Planejamento Energético (EPE) e da Funai de Brasília promovem em Juína (MT) diversas reuniões ao longo desta semana com os índios cinta-larga, arara, apiaká, munduruku, kayabi, rikbaktsa e enawenê-nawê. Eles querem discutir, entre outras demandas, o ingresso de técnicos do setor elétrico nas terras indígenas para a realização de levantamentos de potencial hidrelétrico do rio Juruena. A pressa para terminarem o inventário é grande. E, queiram os índios ou não, o governo fará de tudo para concluir os trabalhos até meados do ano que vem, conforme o cronograma da Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Portanto, é bom que aceitem.

Por Redação ((o))eco
9 de julho de 2008
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9 de julho de 2008

Agenda

Nesta quinta os representantes do governo falarão com os índios cinta-larga e, na sexta-feira, com os enawenê-nawê.

Por Redação ((o))eco
9 de julho de 2008
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9 de julho de 2008

Troca

O bloqueio de cinco dias em maio na ponte sobre o rio Juruena pedia rigorosamente a mesma coisa. A estrada foi liberada, os reféns também. A hostilidade local aumentou e até agora os índios não viram melhorias na saúde. Essa situação está sendo interpretada por alguns índios como um “toma lá, dá cá”. Se não baixarem a cabeça para o setor elétrico, poderiam não ver as demandas de saúde atendidas.

Por Redação ((o))eco
9 de julho de 2008
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