Notícias
9 de abril de 2008

É campeão

Num relatório divulgado nesta terça-feira pelo Banco Mundial (Bird), o Brasil ganhou um dos títulos mais indigestos da atualidade: o de país que mais desmata no mundo. A faixa de campeão é referente aos anos de 2000 a 2005, quando cerca de 155 mil quilômetros quadrados de florestas viraram pó – ou pasto, lavouras, estradas... O resultado veio a partir de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que sequer contabilizou o desmatamento em biomas como Mata Atlântica e Cerrado. Ou seja, as derrubadas que correm soltas pela floresta amazônica garantiram sozinhas o troféu de devastação. Os dados do Bird são parte do Relatório de Monitoramento Global 2008, que avalia o cumprimento – ou não – das Metas do Milênio. No ranking, quem levou os segundo e terceiro lugares foram Indonésia e Sudão, respectivamente com 93,5 e 29,5 quilômetros quadrados destruídos durante o período. A notícia está no site do UOL.

Por Redação ((o))eco
9 de abril de 2008
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9 de abril de 2008

Proteção aqui e ali

Desde o início desta semana, os seringueiros da Amazônia estão com a labuta dobrada. É que foi inaugurada na cidade de Xapuri, em pleno Acre, uma fábrica de camisinhas, como informou a agência Reuters. Tendo apenas que esticar o braço para conseguir o látex nas árvores da Reserva Extrativista Chico Mendes, a planta vai produzir cerca de 100 mil preservativos, que serão distribuídos pelo programa nacional anti-Aids. O governo divulgou a notícia com o argumento de que a pressão das motosserras contra as árvores da região deve diminuir. As cerca de 500 famílias de seringueiros beneficiadas com o trabalho garantiriam essa proteção.

Por Redação ((o))eco
9 de abril de 2008
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9 de abril de 2008

Tocha poluidora

A viagem da tocha olímpica não está causando somente problemas políticos entre países. Segundo levantamento feito pelo engenheiro francês Olivier Carles, diretor da associação "Objectif Carbone" – especializada em somar as emissões de gás carbônico realizadas por um local ou atividade – ela também será responsável por problemas ambientais. Isso porque em sua viagem por 135 cidades, durante 130 dias, a tocha vai produzir nove mil toneladas de CO2, a mesma quantidade lançada na atmosfera em dois anos por Tuvalu, pequeno grupo de ilhas do Pacífico. Partindo da Grécia até Pequim, onde deve chegar no dia 8 de agosto, serão percorridos 137 mil quilômetros, muitos dos quais a bordo de um Airbus A330 da Air China. O avião, disse Carles à agência ANSA, irá consumir 1,5 milhão de litros de combustível.

Por Redação ((o))eco
9 de abril de 2008
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9 de abril de 2008

Vista de cima

Em breve, a floresta Amazônica terá um novo sistema de visualização de suas áreas desmatadas. Não, não estamos falando da tecnologia para verificar a extensão dos incêndios na mata que foi anunciada para os próximos meses pelo Inpe - mas sim do Google Earth. Serviço de imagens de satélite e mapas via Internet, a ferramenta está prestes a colocar na web, com acesso aberto, mapas detalhados da devastação no maior bioma nacional. "O Brasil será um lugar estratégico. Imagine o quanto poderia salvar em termos de florestas com essas imagens", disse a diretora do programa, Rebeca Moore, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. A iniciativa do Google surgiu do pedido de ajuda de um líder indígena de Rondônia, mas várias organizações não-governamentais já entraram em contato com a empresa solicitando o serviço.

Por Redação ((o))eco
9 de abril de 2008
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9 de abril de 2008

Nada de compromisso

O Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul decidiu abrir a porteira para que 18 siderúrgicas e carvoarias retirassem do Pantanal a matéria-prima para seus carvões. A medida bate de frente com um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2006, quando ficou proibida a utilização de madeira ou qualquer subproduto extraído de sete municípios que estão nos limites do bioma. Felizes com a liberação, as companhias – entre elas a MMX, do onipresente Eike Batista – dizem que o TAC era uma ilegalidade só, pois nunca haviam botado um dedo no documento. “As empresas envolvidas não participaram da assinatura deste termo e somente foram notificadas sobre as vedações muito tempo após a assinatura do mesmo”, criticou a defesa. A notícia é do Campo Grande News.

Por Redação ((o))eco
9 de abril de 2008
Reportagens
9 de abril de 2008

Quem é quem

Sistema de consultas de áreas embargadas expõe crimes ambientais de empresários, políticos e instituições públicas. Incomodados, ruralistas insistem que os dados estão errados.

Por Andreia Fanzeres
9 de abril de 2008
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8 de abril de 2008

Fim do garimpo

O Ibama encerrou nesta terça-feira a operação que desmontou os garimpos abertos no rio Puruê, afluente do Japurá (AM). Com o apoio do Exército, as equipes fecharam a fronteira com a Colômbia, para onde os criminosos fugiam quando sabiam das fiscalizações. Quatro helicópteros, 80 militares e 13 agentes do Ibama vistoriaram a região e em cinco dias foram apreendidas nove dragas, 40 quilos de mercúrio, dois barcos, entre outros equipamentos. Dois garimpos de terra firme foram fechados. Onze lideranças foram encaminhadas para unidade da Polícia Federal em Manaus e outros 52 garimpeiros liberados após registro policial. As multas totalizaram mais de 98 milhões de reais.

Por Redação ((o))eco
8 de abril de 2008
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8 de abril de 2008

Extinção adiada

Antes abundante em terras nacionais, o pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam) chegou a ser considerado extinto na Mata Atlântica do Espírito Santo. Um estudo realizado por dois pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no entanto, mostra que essa afirmação está errada. Os biólogos Haroldo Lima e Robson Ribeiro encontraram duas populações nativas da espécie no município de Aracruz. Mesmo assim, ela ainda corre perigo crítico de desaparecer no estado.

Por Redação ((o))eco
8 de abril de 2008
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8 de abril de 2008

Livre circulação

A tentativa de diminuir a circulação de veículos em certos pontos de Manhattan, em Nova York, foi por água abaixo. A Assembléia do estado anunciou que não aprovaria a proposta do prefeito Michael Bloomberg de cobrar um pedágio urbano aos automóveis que resolvessem passar por certas regiões em horários de pico. O plano do político era instalar cancelas que só seriam levantadas depois que o motorista desembolsasse oito dólares. Ele argumentava que a taxa desestimularia o uso de carros, fazendo bem ao meio ambiente e à saúde dos cidadãos. A notícia é do Daily News.

Por Redação ((o))eco
8 de abril de 2008
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8 de abril de 2008

O valor do Cerrado

Apesar de ser o segundo maior bioma brasileiro, não é raro o Cerrado disputar com a Caatinga o posto de patinho feio. Mas quem conhece a região de perto garante que sua vegetação carrega riquezas surpreendentes. Foi o que constatou um grupo de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), Embrapa e IBGE. Ao rodar os muitos estados que compõem o bioma, os especialistas concluíram um inventário que aponta a existência de mais de 12 mil espécies de plantas – o dobro do que era estimado. O estudo destacou o grande valor medicinal presente nas ervas do bioma, tendo aproximadamente 70% delas esse potencial. Para uma professora da UnB que participou dos trabalhos, está comprovado que o Cerrado é a “savana mais rica do mundo”. Ela lamenta o fato de o agronegócio estar tomando o lugar de uma vegetação riquíssima que poderia ser fonte de recursos para a economia local, com seus produtos nativos como açaí e palmito. A notícia é do jornal O Globo.

Por Redação ((o))eco
8 de abril de 2008
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8 de abril de 2008

Mão do homem

Diferente do que o Painel Climático da ONU (IPCC, na sigla em inglês) previu, a seca não será a maior ameaça à Amazônia nas próximas décadas. Os maiores vilões da floresta serão as queimadas agrícolas, sugere um estudo feito por pesquisadores americanos. Segundo o documento, o aquecimento global e o ressecamento estão, sim, associados ao processo de "savanização" - mas a ação humana é que será responsável pelo golpe de misericórdia. Em entrevista à Reuters, o autor do estudo, Mark Bush, lembra que "a Amazônia não queima se as pessoas não a queimarem".

Por Redação ((o))eco
8 de abril de 2008
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8 de abril de 2008

Tagarelice no oceano

Quando Jacques Cousteau intitulou seu documentário de 1956 de "O Mundo Silencioso", ele não levou em conta os "gemidos, zunidos e choros" dos peixes. A tagarelice de milhares de espécies encontrou espaço em uma reportagem do jornal The New York Times, que afirma ainda estarem em estágio primário os estudos sobre certas características sutis da "fala" desses seres aquáticos. Segundo pesquisadores, entre as 30 mil espécies existentes, apenas cerca de 1,2 mil produtoras de som foram catalogadas. Como se não bastasse a falta de análises aprofundadas, o aumento do barulho ambiente causado por navios-tanque, sonares e pesquisa sísmica por petróleo ajuda a “esconder” os tipos mais falantes e atrapalha a comunicação entre eles.

Por Redação ((o))eco
8 de abril de 2008
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