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11 de abril de 2007

Medida

Pesquisadores da Embrapa desenvolveram um método para medir a “sustentabilidade” de atividades rurais, conta a edição de hoje do Estado de São Paulo. Eles analisam as propriedades sob diferentes pontos de vista, que incluem desde a sua relação com o meio ambiente à sua administração e gestão de funcionários. Até agora, foram avaliadas 30 propriedades rurais: dez orgânicas, dez convencionais e dez hidropônicas. Apenas quatro propriedades atingiram um índice alto o suficiente para serem consideradas sustentáveis. Todas orgânicas. A idéia é que, a partir de pesquisas do tipo, possa-se oferecer propostas que promovam a preservação ambiental e justiça social, ao mesmo tempo em que haja garantia de lucro para os proprietários.

Por Redação ((o))eco
11 de abril de 2007
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11 de abril de 2007

Caos

Reportagem do The New York Times conta a situação dramática vivida pelos moradores da região dos Sundarbans, uma área de ilhas formadas por deltas na baía de Bengal. Nos últimos 30 anos, 80 quilômetros quadrados de terra sumiram, engolidos pelo oceano. Inclusive duas ilhas inteiras. E o pior ainda pode estar por vir, como indica o último relatório do IPCC divulgado na semana passada. Os cientistas dizem que os grandes deltas asiáticos estão entre as áreas mais ameaçadas do globo com a subida dos oceanos. Muitos habitantes locais, fazendeiros e pescadores que em nada contribuem para as mudanças climáticas, não têm para onde mudar suas casas caso o mar chegue às suas portas – já recuaram tudo o que podiam. Às previsões se somam os problemas ambientais que a região tem hoje em dia, como desmatamento e crescimento populacional descontrolado.

Por Redação ((o))eco
11 de abril de 2007
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10 de abril de 2007

Frente a frente

Pela primeira vez desde que começaram a aparecer as recentes críticas do geógrafo Aziz Ab'Saber aos estudos do IPCC, os pesquisadores tiveram a chance de rebatê-las. Foi durante a apresentação do último relatório da organização, em São Paulo, nesta terça-feira. Um dos maiores cientistas brasileiros ainda vivos disse ser impossível discutir as mudanças climáticas sem mencionar a importância das correntes marinhas nesse processo. Ressaltou a necessidade de estudos mais aprofundados sobre paleoclima e apostou nos efeitos positivos do fenômeno de aquecimento da atmosfera sobre a expansão da floresta amazônica e Mata Atlântica.

Por Redação ((o))eco
10 de abril de 2007
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10 de abril de 2007

Resposta

O climatologista Carlos Nobre, do Inpe, lembrou delicadamente que a reunião desta terça-feira não pretendia discutir especificamente a questão das correntes marinhas, e que esse assunto já havia sido debatido no primeiro relatório do IPCC, divulgado em fevereiro deste ano. O documento propunha exatamente tratar das mudanças físicas do clima, e não de seus impactos sobre o planeta, como agora. Ele reconheceu, diante de Ab'Saber, que é de fato preciso estudar melhor os assuntos relacionados ao paleoclima da Terra, mas os modelos climáticos do passado, sozinhos, não são suficientes para explicar os possíveis cenários que o futuro nos guarda.

Por Redação ((o))eco
10 de abril de 2007
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10 de abril de 2007

Sugestão de leitura

Nobre se dispôs a enviar ainda nesta noite ao geógrafo o capítulo do IPCC sobre a América Latina, onde garante que a maioria das preocupações de Ab'Saber foram amplamente estudadas e esclarecidas. O pesquisador americano Phillip Fearnside também ressaltou que pela primeira vez existiu em um documento do IPCC um capítulo inteiro sobre paleoclima e citou passagens em que diversas polêmicas em torno das correntes marinhas também foram contempladas no estudo.

Por Redação ((o))eco
10 de abril de 2007
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10 de abril de 2007

Mais voz para a ciência

O pesquisador do INPE também aproveitou uma pergunta sobre como o governo brasileiro deve se planejar para criar programas de mitigação aos efeitos do aquecimento global para dizer que o conhecimento científico costuma ser menosprezado na criação de políticas públicas no Brasil. Um erro comum em outros países em desenvolvimento.

Por Redação ((o))eco
10 de abril de 2007
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10 de abril de 2007

Investimento de menos

Os pesquisadores brasileiros autores do relatório do IPCC reclamaram da velha tradição nacional de não investir em monitoramentos ecológicos de longo prazo, que são importantes para identificar a real contribuição das mudanças climáticas sobre os ambientes naturais do país. Segundo eles, só agora a Fapesp, uma das principais fundações apoiadoras de pesquisa científica do Brasil, começa a se mexer para fazer estudos sobre os impactos das mudanças climáticas por aqui.

Por Redação ((o))eco
10 de abril de 2007
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10 de abril de 2007

Destruição acelerada

Carlos Nobre e Phillip Fearnside foram enfáticos ao afirmarem que todos os modelos que indicam savanização de cerca de 18% da Amazônia até 2100 – inclusive o mais extremo que aponta 100% de devastação nesse período -- , só levam em consideração efeitos das mudanças climáticas. Ou seja: a contribuição do desmatamento e das queimadas estão fora dessa conta, o que, nas palavras deles, pode acelerar de forma muito mais radical o processo de destruição da Amazônia.

Por Redação ((o))eco
10 de abril de 2007
Reportagens
10 de abril de 2007

O Cerrado em jogo

Fazendeiros do entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros resistem à nova área de proteção ambiental. Temem desapropriação de terras e restrições ao plantio de soja.

Por Gustavo Faleiros
10 de abril de 2007
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10 de abril de 2007

Burburinho

Desde que foi apresentado ao público na última sexta-feira, o segundo relatório do IPCC tem sido motivo de muitos comentários em relação à influência política em seu texto final. Cientistas reclamaram em jornais do mundo inteiro que diplomatas da China, Estados Unidos e Arábia Saudita contestaram diversos pontos da 'linguagem' do documento.

Por Redação ((o))eco
10 de abril de 2007
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10 de abril de 2007

Por debaixo dos panos

Nesta semana, a discussão continua aquecida -- com perdão ao trocadilho. Alguns blogs, como o do jornalista Carl Zimmer, questionam pontos da versão final, mas o estudante de Zoologia da Univeridade do Hawaii, Mike Duford, foi mais longe. Ele comparou a minuta dos cientistas com a dos diplomatas e descreveu longamente diversos temas alterados na pendenga entre eles.

Por Redação ((o))eco
10 de abril de 2007
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10 de abril de 2007

Preocupante

Pelo menos três questões levantadas por Mike Duford põe qualquer um a refletir. Quando fala do aumento na formação de lagos glaciares em função do derretimento das neves nas montanhas, o texto final do IPCC cortou a referência de que isso poderia ser uma ameaça ao causar rompimento de barragens e outros acidentes. Outra omissão refere-se ao risco de erosões devido ao aumento do nível dos mares. Por fim, e mais impressionante, o futuro zoólogo mostra um mapa que teve as cores alteradas, quando determinadas manchas indicavam locais onde a situação já é hoje crítica.

Por Redação ((o))eco
10 de abril de 2007
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