Notícias
16 de agosto de 2006

Data

A promessa do governo do Pará era a de ter os decretos de criação das três Florestas Estaduais na Calha Norte prontos para serem assinados por volta do dia 15 de agosto. Mas problemas de última hora com a demarcação de limites e uma decisão de criar mais outra Floresta Estadual empurraram a data de assinatura dos decretos para o final do mês.

Por Redação ((o))eco
16 de agosto de 2006
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16 de agosto de 2006

Vizinhos

A quarta Floresta a ser criada no Pará é vizinha à Reserva Extrativista Verde para Sempre e, de acordo com a proposta, terá 813 mil hectares. O governo do estado também quer fazer próxima a ela uma Área de Proteção Ambiental, a APA de Santa Maria da Prainha, com 652 mil hectares. A região é fortemente antropizada. Algumas Ongs e os chamados movimentos sociais defendem que no lugar da Floresta seja implantada uma outra Reserva Extrativista.

Por Redação ((o))eco
16 de agosto de 2006
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16 de agosto de 2006

Agenda

As consultas públicas sobre a APA e a Floresta Estadual da Amazônia acontecem hoje, em Uruará, e amanhã, em Santa Maria da Prainha.

Por Redação ((o))eco
16 de agosto de 2006
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16 de agosto de 2006

Percalços

Nas Florestas da Calha Norte, o que anda atrapalhando a definição é uma mistura de burocracia com dificuldade técnica. Nas Florestas de Faro e do Trombetas falta definir a extensão de terras a que os quilombolas que foram encontrados nelas têm direito, para poder retirá-las de seu traçado final. Eles apresentaram alguns títulos de propriedade, mas o Incra e o Instituto de Terras do Pará ainda não responderam se há outros.

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16 de agosto de 2006
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16 de agosto de 2006

Memória

Para quem anda reclamando que a criação de três Florestas na Calha Norte vai abrir a região a exploração de madeireiros, vale lembrar que nela há ainda 54 mil quilômetros quadrados de terras aguardando para serem transformadas em áreas de proteção integral. Além disso, boa parte do terreno que vai compor a Floresta Estadual do Paru é inacessível. Não é à toa que os pedidos que o governo estadual têm recebido para cortar árvores na região se concentram justamente nas Florestas de Faro e de Trombetas. Os madeireiros, definitivamente, sabem onde podem cortar.

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16 de agosto de 2006
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16 de agosto de 2006

Conta

Cálculo feito na última reunião do Conselho do Fundo Nacional para a Biodiversidade (Funbio) mostra que o custo médio anual para cuidar de Unidades de Conservação na Amazônia fica entre 200 mil e 470 mil reais anuais, dependendo do tamanho da área protegida. O número não inclui o pagamento de salários. Apenas despesas de manejo e manutenção. O problema é arranjar o dinheiro para pagar essa conta. Os recursos do ARPA ajudam muito, mas são insuficientes.

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16 de agosto de 2006
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16 de agosto de 2006

Progresso sem água

O WWF publicou nesta quarta-feira um relatório que busca quebrar o mito de que são as nações pobres que gerenciam mal os seus recursos hídricos. Com o título "Rich Countries, Poor Water", o documento cita o problema de seca em países europeus da costa atlântica e critica o modelo insustentável de irrigação na região do Mediterrâneo. Nos Estados Unidos e Canadá, a questão maior é a super-exploração das reservas de água, enquanto que no Japão, a contaminação de aquíferos é preocupante. Mas o documento reserva uma seção aos países emergentes, e diz que no Brasil o erro é continuar a insistir nas grandes barragens. As hidrelétricas do Rio Madeira são apontadas como um fator de risco à bacia amazônica.

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16 de agosto de 2006
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16 de agosto de 2006

Inauguração

Aconteceu ontem, em Brasília, a primeira reunião da Comissão de Gestão de Florestas Públicas. Ela tem 24 membros – representantes de Ongs, índios, trabalhadores, empresários e funcionários de governo – e três funções específicas: regulamentar a Lei de Gestão de Florestas Públicas, aprovar os planos anuais de outorgas florestais e funcionar como Conselho Consultivo do recém-criado Serviço Florestal Brasileiro. No encontro, tomou-se a decisão de iniciar a regulamentação da lei no dia 19 de setembro.

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16 de agosto de 2006
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16 de agosto de 2006

Representante

A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) mandou como representante na Comissão Sidney Rosa, ex-prefeito de Paragominas (PA), suspeito de ser madeireiro ilegal e envolvido com invasão de terras na área do projeto Jari no ano passado. Rosa nega que tenha cortado árvores ilegalmente e diz que tem títulos que lhe habilitam reclamar terras que estão sob controle do Jari.

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16 de agosto de 2006
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15 de agosto de 2006

Na paz

Representantes de Ongs presentes à reunião com empresários na última quinta-feira, em Campo Grande, onde discutiu-se a possibilidade de união para fazer uma Avaliação Ambiental Estratégica dos impactos que o pólo minero-industrial de Corumbá terá no meio ambiente, dizem que seu silêncio no encontro tem mais a ver com com a novidade do que com uma eventual implicância com o projeto. Deram um voto de confiança à idéia e esperam que ela gere os frutos prometidos.

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15 de agosto de 2006
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15 de agosto de 2006

Corra

Se você é um pesquisador que, como a esmagadora maioria de seus colegas brasileiros, vive correndo atrás de dinheiro, o IPÊ está oferecendo um curso que não dá para perder. Começa dia 18 agora, na sede da Ong em Nazaré Paulista. Suzana Pádua, Patrícia Medici e o zoólogo americano Wally Van Sikle ensinarão como escrever propostas de pesquisa, como e a quem encaminhá-las e como manter relações com potenciais doadores. À vista, o curso sai por 495 reais. Mas o pagamento pode ser parcelado. É um bom investimento. Maiores informações sobre estes e outros cursos estão na página do IPÊ na internet.

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15 de agosto de 2006
Análises
15 de agosto de 2006

Verde Para Sempre até quando? II

De Mauricio Mercadante Diretor de Áreas Protegidas Secretaria de Biodiversidade e Florestas Ministério do Meio AmbientePrezado Pádua, Os seus comentários foram precisos e absolutamente oportunos. Destaco as seguintes afirmações: a) as reservas extrativistas "são um instrumento valioso e efetivo de conservação da Floresta Amazônica (e potencialmente de outros biomas)"; b) "a salvação da floresta virá apenas com o estabelecimento de um gigantesco mosaico de diferentes reservas"; c) "não acho negativo criar reservas no papel. (...) É melhor ter reservas no papel, e lutar ao lado da lei por sua consolidação"; d) é "altamente contraproducente (...) estabelecer um antagonismo radical entre os conservacionistas e as reservas extrativistas". Estou inteiramente de acordo.Não sei se posso dizer o mesmo do seu último comentário. Tenho dúvidas. Senão, vejamos: no seu artigo, Marcos Sá Correa informa um fato: o desmatamento na área onde foi criada a reserva extrativista Verde para Sempre continua no mesmo ritmo observado antes da criação da reserva. Em outras palavras, a criação da reserva não reduziu o desmatamento na área. Ou, ainda, nas palavras do mencionado Paulo Amaral, do Imazon, "não mudou nada".Clique aqui para ler esta carta na íntegra.

Por Redação ((o))eco
15 de agosto de 2006
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