Notícias
1 de agosto de 2006

Nem tão seletivo

Um estudo inédito diz que as áreas da Amazônia onde se faz corte seletivo de árvores são destruídas poucos anos depois que a retirada começa. Segundo o pesquisador norte-americano Greg Asner, do Instituto Carnegie, na Califórnia , 32% dessas áreas foram arrasadas em no máximo quatro anos. O cientista diz que isso acontece porque a derrubada programada utiliza as mesmas rodovias do desmatamento puro e simples. É natural, portanto, que os dois processos aconteçam nos mesmos locais. A notícia é da Agência Fapesp.

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2006
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1 de agosto de 2006

Desastre premiado

A Fundação Estadual de Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) premiou ontem, pela segunda vez, o projeto ambiental da Construções e Comércio Camargo Corrêa, responsável pela Usina Hidrelétrica de Campos Novos. Há pouco mais de um mês o lago da hidrelétrica foi esvaziado às pressas por causa de falhas estruturais, que provocaram rachaduras na barragem. A empresa premiada pela Fatma ameaçou, com o vazamento, 20 mil famílias e destruiu importantes trechos de mata nativa. Isso sem falar em toda destruição ambiental durante a construção do empreendimento.

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2006
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1 de agosto de 2006

Muda

A Camargo Corrêa recebeu o prêmio Fritz Müller por ter decidido produzir 1 milhão de mudas de araucárias para satisfazer a exigência da Fatma de restaurar a área usada como canteiro de obras da usina com cerca de 7 mil mudas nativas e para distribuir as milhares de mudas excedentes por Santa Catarina. Pena que uma araucária plantada do lado da outra não tenha valor ecológico nenhum. É puro marketing.

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2006
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1 de agosto de 2006

Multada

A Aracruz foi multada em 40 mil reais (valor máximo permitido pela Lei de Crimes Ambientais) por desmatar na surdina 0,86 hectares em Córrego Jacutinga, no Espírito Santo. A empresa de celulose tem até o dia 16 de agosto para recorrer.

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2006
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1 de agosto de 2006

Queimadas proibidas

O governo do Paraná proibiu a emissão de licenças de queimada para qualquer finalidade, devido ao clima seco e a baixa umidade. As autorizações já concedidas também estão suspensas e por tempo indeterminado. Quem descumprir a medida corre o risco de ser multado em 1.500 reais por hectare queimado, no caso de florestas, e mil reais se a queimada servir para atividades agrícolas.

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2006
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1 de agosto de 2006

Liberada

Em São Paulo, devido à sutil melhora na qualidade do ar nos últimos dias, a secretaria de meio ambiente liberou a queima da palha de cana de açúcar em todos os municípios do estado. No entanto, o governo paulista informou que a medida pode ser suspensa a qualquer momento.

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2006
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1 de agosto de 2006

Mailing direto

O Ministério do Meio Ambiente e o gabinete da deputada Neyde Aparecida (PT-GO) resolveram se mobilizar e estão enviando emails e telefonando aos parlamentares membros da Comissão Especial que analisa a PEC que pode transformar o Cerrado e a Caatinga em Patrimônio Nacional, assim como já são a Amazônia, a Mata Atlântica e o Pantanal. A intenção é obter quorum suficiente para a reunião de amanhã, marcada para as 14:30. Relatora da PEC, a deputada Neyde está esperançosa quanto à aprovação do texto. Depois de dois anos de paradeira, chegou-se a um acordo sobre o parecer a ser votado. A comissão teve mais de 40 sessões, sendo que a maioria não ocorreu por falta de participantes.

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2006
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1 de agosto de 2006

Flexibilização

Segundo Neyde , o consenso foi alcançado após uma reunião entre Ministério do Meio Ambiente, o presidente da Comissão, Ricarte de Freitas, e o deputado e Hamilton Casara (PSDB-RO), onde decidiram que deveriam apreciar apenas um texto numa tentativa de aprová-lo antes do fim desta legislatura. Ex-presidente do IBAMA (2001-2002), Casara havia apresentando um voto em separado, ou seja, um outro parecer, propondo que a regulamentação da PEC ficasse sob responsabilidades dos zoneamentos ecológicos econômicos dos estados. O MMA temia que os ruralistas aproveitassem a brecha para flexibilizar a legislação sobre reserva legal e convenceu Casara a aceitar o parecer de Neyde que diz que a regulamentação ocorrerá "conforme a legislação vigente", o que obrigaria uma discussão no Congresso dos limites impostos pelo Código Florestal.

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2006
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1 de agosto de 2006

Natureza bombardeada

A tragédia libanesa já tem uma expressão ambiental de grande magnitude. Vazaram, até agora, 300 mil toneladas de óleo das centrais termoelétricas bombardeadas no sul do país. A mancha de óleo já cobre 100 quilômetros do mar na costa do Líbano. O país só tem estrutura para limpar o resultado de pequenos vazamentos. Com o país sendo bombardeado e invadido, nem isso consegue fazer. Sem ajuda internacional urgente e um cessar-fogo que permita o trabalho de limpeza a mancha se espalhará ainda mais causando danos irremediáveis à vida marinha da região.

Por Carolina Elia
1 de agosto de 2006
Análises
1 de agosto de 2006

Os esquentados

De Paulo Moutinho Coordenador de Pesquisa - IPAM/Sucursal BrasíliaPrezado Sérgio Ótima matéria - “Os esquentados” – publicada em O Eco. São análises, digamos, históricas como esta que trazem a tona os meandros das negociações sobre o clima mundial e coloca em perspectiva as decisões brasileiras (nem sempre acertadas) neste meio. [Vários de nossos] trabalhos relatam a necessidade urgente de se incluir na conta do clima a questão dos desmatamentos tropicais – coisa que o governo brasileiro, como sabes, o maior emissor neste setor, se arrepia só em falar. Neste sentido, estamos batalhando nos últimos anos pelo conceito de “redução compensada do desmatamento”.

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2006
Análises
1 de agosto de 2006

Visão do Paraíso, modelo 2006 II

De CarlosExcelente o artigo do Marcos sobre um empreendimento imobiliário na serra fluminense (Visão do Paraíso, modelo 2006). Uma paisagem degradada, que mal abriga uma capoeira, é vendida como um paraíso ecológico. Mas, na verdade, a 'distinta' classe média não está interessada em ecossistemas preservados, mas sim em castelos e outras besteiras que lhe confiram uma aura nobre e sofisticada (ainda não descobriram o Gotha Almanach...). É assustador, mas é tão comum, hoje em dia, a existência de resorts (êta nome chique!) em locais privilegiados que mantêm os hóspedes em atividades intramuros. São boates, shows, jogos, competições, bares, restaurantes (é impressionante como comem!) e outras atividades que ocupam as pessoas o dia inteiro. Praticamente ninguém sai do hotel para conhecer o entorno. Estive em um desses na Costa do Sauípe que se fosse em Nova Iguaçú, ninguém teria notado...Perfeita também a ironia sobre os "melhores climas do mundo". Ninguém sabe explicar o que é exatamente um bom clima (sob que critério? Bom para quem ou para o que?), mas repetem essa besteira nauseabundamente em relação a vários lugares.

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2006
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