Notícias
23 de março de 2006

Utilidade

O melhor conhecimento dessa vida subterrânea pode ajudar, por exemplo, a substituir agrotóxicos por bactérias e fungos e a restaurar terras degradadas. Além de fazer bem ao solo, trocar fertilizantes inorgânicos por seres vivos se traduz em economia nos gastos da agricultura. No Brasil, o inventário das espécies que se escondem em nosso solo se concentrou na região do Alto Rio Solimões e resultou no livro "Biodiversidade do Solo nos Ecossistemas da Amazônia e Outros Ecossistemas", lançado na COP-8. À frente do projeto está a Universidade Federal de Lavras (MG).

Por Lorenzo Aldé
23 de março de 2006
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23 de março de 2006

Outra CPI

Era para ter sido votado nesta quarta-feira o relatório final da CPI da Biopirataria, mas um pedido de vista fez a sessão ser adiada para a próxima terça. O relatório do deputado Sarney Filho (PV-MA) causa apreensão na base governista, por causa de acusações que envolvem o Ibama, o Incra e a senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA). A senadora é acusada de ter participado de um esquema de financiamento de campanhas com dinheiro da madeira ilegal.

Por Lorenzo Aldé
23 de março de 2006
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23 de março de 2006

Novo símbolo

As ongs paranaenses continuam recorrendo à mídia e ao bom humor para alertar a sociedade sobre a situação crítica das florestas de araucárias. Está no ar a campanha “Escolha um novo símbolo para o Paraná”. Como a araucária está prestas a desaparecer, a população tem a chance de votar e decidir se quer ver seu estado representado por: Hidrelétricas, Colheitadeiras, Soja Transgênica, Motosserra ou Plantações de Pinus. Ou Araucárias Mortas mesmo.

Por Lorenzo Aldé
23 de março de 2006
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22 de março de 2006

Nordeste vulnerável

O Nordeste seria a região social e fisicamente mais vulnerável do Brasil a mudanças climáticas. Esta é a conclusão de pesquisa coordenada pelo epidemiologista Ulisses Confalonieri, da Fiocruz, que desenvolveu três indicadores de vulnerabilidade: socioeconômica, epidemiológica e climatológica. Combinados, esses três índices dão uma medida de vulnerabilidade geral: o IVG. A combinação de pobreza, exposição a moléstias e quadro climático já desfavorável reduz a capacidade da região de suportar os efeitos do aquecimento global. A matéria está na edição de março da revista Pesquisa, publicada pela Fapesp, que também inspirou as três notas abaixo.

Por Redação ((o))eco
22 de março de 2006
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22 de março de 2006

Variações da Mata Atlântica

Nos últimos 100 mil anos, a Mata Atlântica expandiu-se oito vezes e se retraiu duas vezes, em resposta à mudança climática. Ela diminuiu radicalmente, nos períodos mais frios e secos. No período glacial de 85.000 a 12.000 anos atrás, ela se retraiu tanto, que virou um campo de vegetação aberta e baixa, incapaz de sustentar árvores mais altas por causa dos ventos fortes. Nos períodos de clima mais ameno ela se recompunha. Nos últimos 12.000 anos ela se expandiu, recompondo a mata fechada, densa e rica em espécies. Esses ciclos da mata atlântica foram revelados pelo exame arqueológico de pólens encontrados em uma cratera na cidade de São Paulo, formada presumivelmente pelo choque de um meteoro. Essa bioarqueologia na cratera de Colônica, no bairro de Parelheiros, ao sul da cidade, foi conduzida por uma equipe de pesquisadores do Brasil e da França e publicada na revista Quarternary Research e foi coordenado pela paleobotânica Marie-Pierre Ledru, do IDR francês, professora visitante do Instituto de Geociências da USP.

Por Redação ((o))eco
22 de março de 2006
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22 de março de 2006

Bolsa para jornalismo científico

A Fapesp aumentou em 20% o valor das bolsas para os programas de jornalismo científico. As de nível 1 passaram de R$ 330,00 para R$ 396,00. As de nível 2, de R$ 970,00 para R$1164,00 e as de nível 3, de R$ 1.430,00 a R$ 1716,00.

Por felipe Felipe Lobo
22 de março de 2006
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22 de março de 2006

HIV mutante

A epidemia de Aids está se tornando geneticamente muito complexa, diz o virologista Ricardo Sobhie Diza, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em trabalho que publicou na revista Aids Research and Human Retroviruses. Essa afirmação se deve ao fato de ele ter identificado dois recombinantes (mutações) do HIV, um deles com potencial epidemiológico. O risco é que, se esse recombinante se espalhar, ele torne ineficaz os tratamentos hoje em uso.

Por Redação ((o))eco
22 de março de 2006
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22 de março de 2006

Circo de patins

O picadeiro é objeto de fascínio para crianças de todas as idades. E quando elas são chegadas a uma pirueta – caso dos patinadores Marco de Santi,...

Por felipe Felipe Lobo
22 de março de 2006
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22 de março de 2006

Mentolado transgênico

O tabaco transgênico, desenvolvido com genes de eucalipto, que o farão crescer e atingir a fase reprodutiva em seis meses (em vez de 12, como é agora), está para ser colhido no laboratório do agrônomo Ivan de Godoy maia, em Botucatu, interior de São Paulo.

Por Redação ((o))eco
22 de março de 2006
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22 de março de 2006

Saudade

Julio Fiadi sente falta dos pólos da Terra. Primeiro brasileiro a pisar em ambos, ele agora se prepara para caminhar do litoral da Antártica ao...

Por felipe Felipe Lobo
22 de março de 2006
Análises
22 de março de 2006

Quem dá mais por Itatiaia? VII

De Antônio LeãoGuia e montanhista de Resende/RJA Portaria nº 62, de 20 de março de 2000, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), criou uma cobrança, no valor de R$ 12,00, pelo uso das trilhas situadas em unidades de conservação. Durante anos, ignoramos a existência desta taxação das trilhas, mas, recentemente, decidiram executar a cobrança, que teve início em janeiro de 2006. Segundo um acordo obtido em Brasília pelo diretor do PNI, a portaria só será aplicada no Planalto do Itatiaia e a cobrança não será acumulada com o atual ingresso de R$ 3,00. Na prática, para visitarmos as Agulhas Negras, por exemplo, o valor pago na portaria passou para R$ 12,00, o que representa um aumento de 400%. A taxação das trilhas não vai conseguir diminuir a visitação - vai apenas prejudicar o visitante local e mais assíduo. Esta medida se constitui, na prática, em uma forma de selecionar os visitantes pela faixa de renda, o que consideramos uma visão elitista e inaceitável. Algumas pessoas podem achar que doze reais custa pouco, mas nós temos que pensar na maioria dos brasileiros que possui renda baixa e que tem o direito de visitar as montanhas do Itatiaia. É preciso lembrar também que não existe ligação comprovada entre renda alta e consciência ambiental. Muitos turistas oriundos de classes sociais privilegiadas, inclusive estrangeiros, jogam guimbas de cigarro no chão ou andam de carro em alta velocidade na parte baixa do Parque. Quando alguém os repreende, eles explodem em patéticos acessos de fúria, gritam que são autoridades, etc. Durante quatro anos conduzi adolescentes, oriundos de famílias de baixa renda, pelas trilhas do Itatiaia e entorno. Entre quase duzentos alunos, só me lembro de dois ou três que demonstraram alguma falta de respeito pela natureza. Ao conhecer o Parque, os jovens tendem a se preocupar mais com o meio ambiente. Aqueles turistas de São Paulo, que incendiaram o planalto em 2001, pagariam estes doze reais com facilidade. Os meus alunos de Resende não.Clique para ler esta carta na integra

Por Redação ((o))eco
22 de março de 2006
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