Não bastando o Brasil ser líder mundial em consumo de agrotóxicos e contaminar os alimentos que chegam diariamente à mesa da população, agora planeja-se envenenar as águas. Na pauta do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), figura uma proposta para regular pesquisa, registro, venda e uso de agrotóxicos e produtos semelhantes em ambientes aquáticos. Uma versão prévia de resolução pode ser conferida aqui. Mas afinal, por que jogar venenos na água? Essa é a saída pensada por governistas para conter a proliferação de cracas, mexilhões-dourados, algas e outras plantas em reservatórios para abastecimento público e geração de energia. Afinal, quando os problemas são empurrados com a barriga, eles crescem e surgem soluções drásticas para os mesmos.
Para o professor Marcelo Pompêo, do Departamento de Ecologia da USP, deveriam ser avaliadas antes opções menos agressivas à natureza, deixando os agrotóxicos como última alternativa e impedindo seu uso, pelo menos, em mananciais voltados ao abastecimento público. “Há alternativas antes do uso de venenos, como a coleta manual ou mecânica (de organismos que se proliferam em reservatórios) e programas eficientes de monitoramento, baseados no conhecimento dos usos e da dinâmica de ocupação das bacias hidrográficas”, disse.
Leia também
STF encerra sustentações e adia decisão sobre ações que contestam o Marco Temporal
Após dois dias de manifestações de partes e terceiros interessados, o julgamento foi suspenso. Data para retorno ainda não foi definida →
Site da Agência ambiental dos EUA minimiza relação entre ação humana e mudanças climáticas
EPA disse que a agência não está mais focada em proteger "agendas políticas de esquerda" e que “não aceita mais ordens do culto climático" →
Uma nova e rara espécie de bromélia que pode estar condenada pela mineração
Recém-descoberta, a minúscula planta é encontrada apenas na Serra do Pires, em Congonhas, Minas Gerais, e pode desaparecer junto com apetite da exploração mineral →




