O estudo de Paola Laiolo, do Instituto de Biodiversidade de Cantábria, analisou o mimetismo entre espécies animais na procura de correlações com a biodiversidade. Focada no mimetismo vocal de aves, a pesquisa observou o comportamento de cotovias do gênero Galerida, animais que desenvolvem maior complexidade sonora por mimetizar outros pássaros.
Foi observado que o mimetismo é maior em áreas com maior diversidade de aves, enquanto que a variabilidade de músicas específicas de certas espécies era maior nas áreas com abundância das cotovias. Dessa forma, o estudo conclui que pássaros miméticos mudaram seu comportamento heteroespecífico para outro coespecífico, dependendo da composição de seu ambiente social.
A biodiversidade foi um estimulador dos comportamentos individuais mais complexos, já que o mimetismo media interações entre membros de uma mesma espécie, com competidores e até com predadores. O estudo vai além ao dizer que os comportamentos possuem um efeito cascada em outros aspectos da biodiversidade, a diversidade de interações. A informação também saiu na Royal Society Publishing.
Leia também
STF derruba Marco Temporal, mas abre nova disputa sobre o futuro das Terras Indígenas
Análise mostra que, apesar da maioria contra a tese, votos introduzem condicionantes que preocupam povos indígenas e especialistas →
Setor madeireiro do Amazonas cresce à sombra do desmatamento ilegal
Falhas na fiscalização, ausência de governança e brechas abrem caminho para que madeira de desmate entre na cadeia de produção →
Um novo sapinho aquece debates para criação de parque nacional
Nomeado com referência ao presidente Lula, o anfíbio é a 45ª espécie de um gênero exclusivo da Mata Atlântica brasileira →




