Alegando prejuízos financeiros pela baixa visitação nos parques nacionais da Serra Geral e dos Aparados da Serra, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a concessionária de serviços turísticos sugeriu suspender a visitação e investimentos nas áreas protegidas.
A queda no turismo regional ganhou força após as devastadoras enchentes de maio. O valor do ingresso individual subiu para R$ 102 e foi interrompida a operação de uma tirolesa no Cânion Fortaleza, instalada após a concessão, em 2021.
A empresa diz que o preço está abaixo do permitido em contrato, mas na prática o valor reduziu um turismo que antes acessava gratuitamente os parques nacionais e movimentava mais a economia. Visitantes com maior poder aquisitivo ainda não foram atraídos, como planejado.
Responsável pelas unidades federais de conservação, o ICMBio é contra o fechamento temporário dos parques para reduzir os prejuízos da concessionária. Um pedido de “reequilíbrio financeiro” da concessão é analisado emergencialmente pelo órgão ambiental.
A autarquia não descarta uma redução no valor das entradas para atrair mais visitantes ou medidas como alterar o montante repassado ao governo federal, fixado na concessão, e reduzir obrigações de serviços contratuais a serem cumpridos pela empresa.
Numa nota divulgada em Redes Sociais, o ICMBio afirma que “pedidos de reequilíbrio são comuns em contratos de concessão” e destaca que os parques “são essenciais para a preservação ambiental, para a qualidade de vida da população local, para o turismo, e para a promoção da educação ambiental”.
Sete parques nacionais têm atualmente serviços concedidos à iniciativa privada: Aparados da Serra e Serra Geral (RS/SC), Chapada dos Veadeiros (GO), Iguaçu (PR), Itatiaia (RJ), Marinho de Fernando de Noronha (PE) e Tijuca (RJ).
Como ((o))eco contou em junho do ano passado, supostas irregularidades e impactos ambientais ligados à concessão dos parques da Serra Geral e dos Aparados da Serra são alvo de ação no Ministério Público Federal (MPF), baseada em denúncias de ongs.
Os dois parques receberam juntos 147,6 mil visitantes em 2023, mostra um painel do ICMBio. Seus cerca de 30,4 mil hectares de Mata Atlântica somados abrigam espécies raras ou ameaçadas, como a araucária, jaguatirica, guaxinim, papagaio-de-peito-roxo e leão-baio.
Enquanto isso, um projeto de lei do senador Carlos Heinze (PP-RS) pretende cortar 1,3 mil ha (10%) dos 13,1 mil ha do parque de Aparados da Serra. O texto tramita desde o ano passado e aguarda avaliação pela Comissão de Meio Ambiente do Senado.
*Com informações do jornal Zero Hora.
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F*da-se a concessionária, que fetiche que a galera tem de botar empresário pra lucrar com bem público.
POR ESSE PREÇO TEM QUE FECHAR, NO MÁXIMO R$ 30,00 POR PESSOA ESTÁ BEM PAGO PRA VER MATO E MONTANHA DE PEDRA.
Valor cobrado muito alto pelo que a empresa oferece. Sem fazer infraestrutura. Só vizam o lucro. E as estradas deveriam ser asfaltadas
É lamentável e de um amadorismo que beira o ridículo, eu apenas um turista, que visito as cidades e pontos turísticos, inclusive os de Cambará do Sul, aliás visitava duas vezes ao ano, incluindo hospedagens, refeições e comércio local, mudei de direção e fui para outras cidades, assim como muitos outros, e isso, até um leigo na área do turismo, já sabia que ia acontecer. Abraço.
Estes snimais só enxergam o lucro financeiro , estas desgraças só trm olhos para o dinheiro , espero que venham mais enchentes , e que ST tenha o mesmo destino !
Ia com frequência a Cambará. Almoçava no restaurante rústico. Alugava Van para não ter que rodar naquela estrada terrível até o Canion Fortaleza e agora não vou mais. A ganância de alguns espertos matou o turismo da região. Parabéns!!!
Por mim pode fechar!
Visitei este ano, em fevereiro a serra do Faxinal, entre Cambará do Sul RS e praia grande SC. Com certeza, a pior estrada em que já estive. Não tem sinalização alguma, 36 km de grandes pedras, valas e perigos. Demorei 3 horas e 15 mim pra percorrer o trajeto, horrível. Ainda querem cobrar pra visitar ? Devolvam o parque ao povo, cancelem o contrato. Os cânions existem há milhões de anos e nunca estiveram tão ameaçados, como, depois desta malfadada concessão.
Quando se compra um ingresso neste “parque” tem-se acesso a três pontos: o Itaimbezinho, a Fortaleza e o Rio do Boi. Ocorre que estas três atrações são distantes muitos (muitos mesmo!) quilômetros uma das outras. Não há como visitá-las em um único dia. São para públicos diferentes: o Itaimbezinho para uma caminhada calma e curta, Fortaleza para uma caminhada um pouco mais longa e para que quer fazer a tirolesa, o Rio do Boi para quem está disposto a caminhar por dentro do rio por horas a fio. Todas tem as paisagens deslumbrantes dos locais como ponto comum. Mas cobrar R$100 sob a alegação de que são três atrações é pura esperteza. Quem disse que todos querem conhecer os três locais ao mesmo tempo, o turista teria que passar no mínimo 3 dias na região e ser um atleta. O resultado disto fica evidente na queda da visitação em geral, vejam os dados da circulação turísticas nas cidades vizinhas. A esperança de que seria o turista “de alto poder aquisitivo” o principal frequentador não passa de devaneio de tecnocrata de escrivaninha, não se confirma. O principal frequentador é o morador do RS ou SC ou ainda outros estados que em férias ou feriados chegam em seus carros para uma visita de no máximo um dia. Esta é a realidade. No fim das contas, não passa de um venda casada de ingressos para aumentar a receita que está dando errado, o pessoal não está mais embarcando e os que realmente gostam disto (caminhar muito se expondo a perigos, fazer uma tirolesa radical, etc) nem são tantos assim ….Sugiro colocar uma portaria em cada atração e cobrar o justo, e também não impingir os tais guias para uma simples caminhada. Em outra épocas, já fiz o Rio do Boi, já caminhei por tudo no Itaimbezinho (inclusive desci lá embaixo), e desbravei totalmente a Fortaleza. O que é oferecido hoje não passa de uma mera fotografia do passado, somente trilhas marcadas que vão a lugares cansados. Sim é uma reserva e temos que preservar, mas então porque cobrar tanto ?
Um lugar ode a população tinha acesso gratuito, agora ter que pagar 100 reais por pessoa, q tipo de concessão é essa? Um carro com 5 pessoas pagar 500 reais só p acessar ou lugar que é da população, e não tem infraestrutura alguma q justifica essa cobrança.
Bah, tomara que feche logo esse empreendimento. Não tem cabimento cobrar acesso em locais onde drones visitam.