O Ministério Público Federal (MPF) arquivou a denúncia da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (RENCTAS) envolvendo a venda de uma fazenda num refúgio de ararinhas-azuis para encerrar um processo sobre dívidas trabalhistas.
A entidade pediu a suspensão da compra do imóvel, questionou a fonte do dinheiro, a correção do processo e se não houve conflito de interesses na atuação do servidor público licenciado que o adquiriu, mostrou ((o))eco. Ele integra os quadros de uma ong ligada à conservação da ave e da Caatinga.
“Não se identifica, a partir da análise das provas trazidas aos autos, indícios de atividade criminosa ou ímproba no âmbito do processo trabalhista mencionado, não havendo fundamento legal para o requerimento de sustação da venda com base na probidade administrativa”, concluiu o MPF.
Como mostramos, o imóvel fica numa área atualmente protegida onde havia sido localizado o último ninho da espécie em vida livre, há pouco mais de duas décadas, quando foi declarada extinta. Desde meados do ano passado, exemplares da ave são reintroduzidos naqueles ambientes naturais.
Leia também
Como uma fazenda foi comprada por R$ 1 milhão em refúgio de ararinhas-azuis
O episódio encerrou uma vultosa ação judicial trabalhista, mas foi denunciado por entidade civil ao Ministério Público Federal. Atualização: MPF arquivou a denuncia →
Semeando o futuro da ararinha-azul
Cultivo de vegetação nativa ajudará a espécie ameaçada de extinção e outros animais da Caatinga, bem como a população sertaneja →
Em busca da ararinha azul perdida
Uma das oito ararinhas reintroduzidas na natureza debandou do grupo, em Curaçá, na Bahia, na última quinta-feira (25). ICMBio perdeu contato com a ave e pede ajuda para encontrá-la →