Afastado desde o dia 19 de maio, Eduardo Bim está de volta ao comando do Ibama. O advogado havia sido afastado por 90 dias da presidência da autarquia ambiental como medida cautelar instruída pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em decorrência da Operação Akuanduba, da Polícia Federal, que investiga o suposto envolvimento de Bim em esquema de contrabando de madeira e favorecimento de madeireiras. Durante os três meses em que ficou fora do Ibama, o nome de Bim foi silenciosamente deixado de lado e, ao contrário do seu antigo chefe, o ex-ministro Ricardo Salles, que acabou exonerado, Eduardo Bim permaneceu firme em seu cargo – ainda que de longe. Nesta quinta-feira (19), em seu primeiro dia de volta à presidência do Ibama, Bim voltou a assinar atos – foram três portarias e um edital para contratação de brigadistas – no Diário Oficial da União.
Junto com Bim, outros oito nomes de dentro do Ministério do Meio Ambiente foram afastados. Dois deles foram exonerados no período: o ex-assessor especial do gabinete do ministro, Leopoldo Penteado Butkiewicz; e o ex-diretor de proteção ambiental do Ibama, Olímpio Ferreira Magalhães, que ocupavam cargos comissionados. Como não houve exoneração, tampouco extensão do período de afastamento, devem voltar aos cargos os outros seis afastados: o superintendente de Apuração de Infrações Ambientais, Wagner Tadeu Matiota; o analista ambiental e diretor de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas do Ibama, João Pessoa Riograndense Moreira Junior; o também analista ambiental e coordenador-geral de Monitoramento do Uso da Biodiversidade e Comércio Exterior do Ibama, Rafael Freire de Macedo; o coordenador de Operações de Fiscalização do Ibama, Leslie Nelson Jardim Tavares; o coordenador de Inteligência de Fiscalização do Ibama, André Heleno Azevedo Silveira; e o analista ambiental do Ibama no Pará, Artur Vallinoto Bastos.
*Foto em destaque: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
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