As crises atuais e o surgimento de novos caminhos

De Rômulo L. CascianoOlá, me chamo Rômulo e recebo a newsletter de "O Eco" há cerca de um mês e meio. Da última, li o texto "As crises atuais e o surgimento de novos caminhos" de Suzana Padua. Cheio de referências, gostaria de parabenizá-la e ter acesso à bibliografia por ela mencionada no texto.Obrigado pela atenção, no aguardo de uma resposta.Atenciosamente,

Por Redação ((o))eco
3 de outubro de 2006

O que aconteceu com o movimento ambiental? II

De Rosa CartagenesSantarém, Pará Prezado Sr. Dourojeanni:Tendo-o em grande consideração como referência científica e ambiental, e constatando o silêncio à sua salutar provocação ao “ambientalismo social”, venho, singelamente, tecer reflexões a respeito. É perfeitamente são e justificável o travo de amargura e desesperança de seu ótimo (como sempre) artigo sobre o “ambientalismo enrolado”. É verdade pura, bem além do conceitual, que meias verdades e meias mentiras (e muitas mentiras completíssimas!) têm norteado discursos e imagens – na tal dimensão globalizada feita de palavras ocas e sedutora overdose visual – da vasta gama de setores “ambientalistas”(ou pseudo) que se excedem em desordenada exposição. É certo que ninguém consegue comprovar a sustentabilidade de propalados “manejos florestais” do ideário dos burocratas, centenas de instituições de especulação e agiotagem de recursos naturais lambuzaram-se de tinturas verdes, ninguém se arrisca a assumir publicamente que aquecimento global está diretamente relacionado ao desmatamento e outras tantas atividades suicidas do desenvolvimentismo histérico e espoliação visceral de estados nacionais e interesses multinacionais. É veríssimo que Carajás é uma vitrine de embuste que tenta ofuscar a dilapidação brutal de uma das áreas mais violentas e violentadas do Brasil, e que esse delírio de Aqüífero inesgotável é tão mítico como a “Terra sem Mal” dos Guarani. E ainda temos de aturar pretensos representantes de virtuais democracias fazendo palanque para intermináveis hidrelétricas, oportuníssimas hidrovias e sustentáveis BR’s, onde custos ambientais são cirurgicamente minimizados ou simplesmente ignorados.Clique aqui para ler esta carta na íntegra.

Por Redação ((o))eco
3 de outubro de 2006

O Eco.net

De Flávio José Comandolli Ótima a média deste número (todo o econet). É isso mesmo. Não se pode ser sempre do contra, eternos depósitos de ótimas idéias infactíveis. Esta edição está mostrando vários exemplos positivos. Vale muito mais que um monte de protestos empilhados. Quando há uma mátéria crítica em meio a um ambiente positivo como esse, aí a crítica ganha valor muitas vezes maior e o resultado buscado, maior eficiência.

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26 de setembro de 2006

Incêndio criminoso III

De André PicardiCoordenador da Frente Popular em Defesa da Serra da Canastra Nunca é bom generalizar, principalmente quando se acusa. Não pensei que fosse ter que escrever novamente sobre este mesmo assunto, mas resolvi fazê-lo porque tenho muito apreço pelo Sr. Joaquim Maia Neto, Analista Ambiental do Ibama que atualmente ocupa o cargo de Chefe do Parque Nacional da Serra da Canastra, e não gostaria que opiniões divergentes fossem motivos de desentendimentos pessoais. Quando foram publicadas em O Eco as primeiras informações sobre a possível origem criminosa dos incêndios, ainda não havia sido iniciado o inquérito por parte da Polícia Federal, que de qualquer forma é o primeiro que se tem notícia sobre incêndios na Canastra. Clique aqui para ler esta carta na íntegra.

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26 de setembro de 2006

Incêndio criminoso II

De Joaquim Maia NetoAnalista Ambiental do IBAMA e Chefe do Parque Nacional da Serra da Canastra.Com referência à carta de autoria de André Picardi, Secretário do Meio Ambiente de São Roque de Minas e Coordenador da Frente Popular em Defesa da Serra da Canastra, datada de 19.9.2006 e publicada em O Eco, tenho algumas considerações.Em primeiro lugar, os números do incêndio apresentados pelo autor estão errados. Foram queimados 34.117,78 ha, que correspondem a 47,7% da área regularizada ou a 17,06% do total do Parque.Ao contrário do que afirma o Secretário, a Superintendência do IBAMA em Minas Gerais se antecipou ao Ministério Público Federal e solicitou à Polícia Federal a instauração de inquérito para apurar responsabilidades. Os Policiais Federais estão na região procedendo às investigações. Uma equipe de especialistas do IBAMA já está colhendo informações visando a elaboração de Laudo Pericial. O Sr. Picardi sabe que existem inúmeras evidências que demonstram o caráter criminoso do incêndio, tanto que compartilha dessa tese, como expressado em sua carta.Clique aqui para ler esta carta na íntegra.

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25 de setembro de 2006

A grande derrubada das araucárias

De Andreas KleinaCaro Sr. Marcos Sá Corrêa,Sou o engenheiro florestal do sr. Felipe Rickli. Gostaria de agradecer a forma gentil como tratou o Seu Felipe, que é uma pessoa muito querida na comunidade de Turvo, município onde mora. Resta apenas comentar que ele, como a maioria das pessoas que possuem ainda florestas de araucária, "guardou" seus pinheirais como poupança, mas hoje é impedidos de utilizá-los. Estamos esperançosos que haja realmente uma valorização dessas florestas particulares e que a conservação da araucária torne-se um bom negócio, não mais um mico imposto pelo estado e sua política conservacionista míope.Míope porque basta analizar a situação atual das florestas paranaenses para descobrir que os pinheirais ainda existem justamente em propriedades de madeireiras, hoje demonizadas pela devastação... Como sempre em nosso país tenta-se descobrir um vilão, sem considerar que para fornecer o título de posse da terra no passado era o estado quem exigia o desmate da área.Se houver interesse em outra informações a respeito da floresta de araucária ou do Sr. Felipe, estamos à disposição.At.

Por Redação ((o))eco
23 de setembro de 2006

Incêndio criminoso I

De André PicardiCoordenador da Frente Popular em Defesa da Serra da CanastraNão sou bombeiro, policial, perito em incêndios florestais, muito menos advogado dos proprietários de terra na região do Parque Nacional da Serra da Canastra, de qualquer forma gostaria de tecer alguns comentários sobre aquilo que vem sendo escrito neste site a respeito do incêndio que na última semana queimou cerca de 77% da área do Parque com a situação fundiária (71.525ha) já regularizada, ou 27% da área prevista em seu decreto de criação (200.000ha).Primeiramente gostaria de dizer que apesar de compartilhar da suspeita de que o incêndio tenha sido criminoso, considero extremamente leviano apontar suspeitos, posto que nenhuma perícia ainda foi feita no local; aliás desde a criação da Unidade de Conservação, todos os anos os incêndios se repetem, sempre na mesma época e nunca foi aberto sequer um inquérito policial com o intuito de averiguar a hipótese de incêndio criminoso e eventual responsabilidade.Clique aqui para ler esta carta na íntegra.

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19 de setembro de 2006

Negócio ruim é exportar o atraso IV

De Luiz Gonzaga Bertelli Diretor Titular Adjunto do Departamento de Infra-Estrutura (DEINFRA) – Divisão de EnergiaAoJornalista Marcos Sá CorrêaDigníssimo Editor do SiteEstimado senhor:Oportunas as suas considerações sobre a expansão do plantio da cana-de-açúcar e produção do álcool (etanol) no Brasil.Permitimo-nos informar-lhe que a agricultura utiliza hoje 7% da superfície brasileira (a cana 0,6%): a maior parte do território é ocupada por pastagens (35%) e florestas (55%). A expansão da cana-de-açúcar deu-se essencialmente pela substituição de outras culturas ou pastagens. Com 850 Mha, o Brasil tem uma grande fração do território em condições de sustentar economicamente produção agrícola, mantendo grandes áreas de florestas com diferentes biomas. Permanecemo-nos à disposição, no sentido de fornecer-lhe quaisquer esclarecimentos complementares.Cordialmente,

Por Redação ((o))eco
6 de setembro de 2006

Negócio ruim é exportar o atraso III

De Moacyr CastroCaro MarcosVou tomar seu tempo. Só um pouco. Você enriqueceu o meu tempo com o melhor texto publicado na imprensa hoje, uai! E olha que leio uns 15 jornais por dia na Internet. Dever de ofício.Pela primeira vez, você não foi filho de peixe. É certo que a expansão dos canaviais e seus engenhos de açúcar têm muito a ver com o desmatamento do Nordeste. Mas para um repórter, a história, se ele a soubesse, é bem mais saborosa do que essa constatação simplista. A lavoura canavieira do Nordeste é a raiz das piadas de português, no Brasil a fama vem do início da era colonial, Marcos! E além do próprio Gilberto Freire, se bem me lembro, os historiadores Alice e Paulo P. Canabrava, da USP, narram com mais destaque. Os senhores de escravos, para fazer a combustão em seus engenhos, cortavam as árvores e punham a preciosa madeira para queimar. Décadas e décadas... Não há mata Atlântica nem pacífica que resistam. Clique aqui para ler esta carta na íntegra.

Por Redação ((o))eco
5 de setembro de 2006