Dramalhão no frio

De Fábio Santos Olá Silvia,Se o documentário foi sucesso de público nos EUA, já deve haver algo estranho com ele. Adorei sua crítica, o filme não é honesto, se propõe a ser um documentário, científico, quando na verdade é o dramalhão que você citou, francamente, os pingüins do desenho Madagascar são muito mais verdadeiros na sua proposta.Abraços,

Por Redação ((o))eco
31 de janeiro de 2006

Velejar é outra coisa

De Paula Dias Silvia, fazia tempo que eu não lia sua coluna no O Eco e confesso que já estava sentindo falta dos seus comentários sobre vários assuntos...Eu amei a sua sinceridade no texto sobre velejar... e confesso que gostei mais quando você citou sua própria experiência no barco em troca de um filé!!! Isso foi bárbaro...Este seu texto teve um ar especial, sabia? Sempre que vcs, colunistas, relatam suas próprias experiências, dão muito mais vida ao texto e com certeza dão mais prazer para o leitor.Um abraço.

Por Redação ((o))eco
31 de janeiro de 2006

Diários de motocicleta

De Sérgio GalliPaulo Bessa,Gostei muito de sua crônica "Diários de motocicleta". Finalmente alguém clama contra a tirania não só da motocicleta, mas principalmente do automóvel. Não sei dirigir, assim, todo santo dia tenho de encarar uma caminha cheia de riscos. Furar farol vermelho é praxe, mais do que isso, para que é uma vitória para os motoristas. Já que você fala em idade média, quem sabe se a volta do empalamento resolveria. Vamos acabar com o automóvel antes que ele acabe conosco, pois as cidades estão reféns do automóvel e as pessoas, escravas.Tomo a liberdade de mandar em anexo uma crônica minha sobre o assunto publicada no sítio www.anjosdeprata.com.br.Cordialmente,Clique aqui para ler esta carta na íntegra.Resposta do autor:Prezado Sérgio, Grato pela leitura do artigo. Temos que dar aos veículos motorizados o valor que eles têm. Isto é, meios de transporte. Não podemos deixar que eles ditem as regras de nosso modo de vida. Na cidade do Rio de Janeiro cometeu-se o equívoco de acabar com os bondes e, hoje, não temos transportes de massa e os carros não conseguem circular em função dos engarrafamentos. Tivéssemos mantido os bondes (como nas cidades européias) adaptando-os às novas realidades, como são os TRAMS, Strassebahns e outros, melhorado o infame serviço de trens suburbanos e talvez vivêssemos um pouquinho melhor. Mas o que dizer de uma cidade que determinou o fechamento de obras para a construção de novas estações do metrô? O que dizer de uma cidade cujo metrô não passa na rodoviária, no aeroporto, no terminal de barcas? Só mesmo chorando lágrimas de esguicho.Paulo.

Por Redação ((o))eco
30 de janeiro de 2006

A reeleição da ministra II

De Helton P. F. LeiteEng. Agr. - Lorena (SP)Marcos,Li a crítica do Sr. Maurício Mercadante(seria parente do Senador?), achei agressivo o uso de termos como "artigo tão disparatado". Gostaria de relatar uma experiência minha quando participei em 10.11.2005, em São José dos Campos (SP), da I Conferência Regional do Meio Ambiente do Vale do Paraíba. Com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política ambiental do Ministério do Meio Ambiente, tais reuniões ocorreram em escala municipal, regional (caso de São José dos Campos), estadual e nacional. A cada nível seriam discutidas as propostas apresentadas pelo Governo Federal, sendo permitida a inclusão de novas e a modificação ou exclusão das originais.Citou-se que no ciclo de conferências de 2003 foram mobilizadas 65.000 pessoas, esperava-se que no atual esta quantidade fosse muito maior. Na prática esta "consulta popular" funciona como um referendo daquilo que foi proposto/aprovado. Tornando quase impossível qualquer tipo de contestação futura.Na Conferência de São José dos Campos estimou-se um público perto de 500 pessoas, fomos divididos em 4 sub-grupos e discutimos as propostas em sub-temas: Biodiversidade, Recursos Hídricos, Mudanças Climáticas e Uso e Ocupação do Solo.Participei do grupo de Biodiversidade junto a cerca de 70 pessoas, devíamos discutir 55 propostas, algumas delas muito técnicas ou específicas (havia várias propostas sobre a amazônia que eu consegui excluir da discussão por achar que não estávamos preparados para julgá-las). Nos perdemos no gerenciamento do tempo e optamos por apresentar algumas propostas novas sem julgarmos as originais (ficamos muito tempo discutindo detalhes). Pareceu-me que em geral fomos usados para corroborar a política ambiental do governo federal, com quase nenhuma possibilidade real de alteração.Cito toda essa história acima para situá-lo quanto a um aspecto que eu apenas suspeito: a falsa participação popular, a falsa consulta democrática. Tudo aquilo aconteceu em apenas um dia, algumas pessoas palestraram no início, restando cerca de 2 horas para o estudo das propostas dos sub-temas (após a redação final deveria haver uma plenária com um resumo do proposto por cada grupo).Imagine um grupo de 70 pessoas com formação acadêmica diversa (estudantes, técnicos ambientais, profissionais liberais, membros de ong's, policiais ambientais, etc.) que nunca tinham se reunido, discutindo 55 propostas com tempo limitado em cerca de 2 horas para sugerir alterações (ou aprovação). Uma belíssima confusão com propostas lindas mas irreais, grandes sonhos ambientais.Não sei como acontece com as outras ações do Governo Federal, nesta que acompanhei senti que não há a possibilidade de influir na decisão final, ela vem pronta de Brasília. Posso estar enganado, mas ...Abraços

Por Redação ((o))eco
30 de janeiro de 2006

Quem dá mais por Itatiaia ? V

Daniele MunizmMestre em História. Guia de Turismo.Penedo/ Itatiaia/ RJTenho profunda admiração por seus artigos e por sua escrita contundente, mas acho que os vocábulos protesto e piquete não permitem que o seu leitor tenha uma idéia adequada do que vem acontecendo no Parque Nacional do Itatiaia.A nova chefia tentou implantar a taxa de R$ 12 na semana seguinte da reunião do Conselho Consultivo da unidade de conservação, sem sequer ter consultado o Conselho. Perdemos um sábado inteiro discutindo "voluntariamente" questões pertinentes ao PARNA, para sermos saudados com copiosa novidade.Agências de Receptivo e Guias de Turismo se organizaram e insistiram para que Walter Behr desse um tempo maior para a implantação da taxa.A taxa passou a vigorar no novo ano de 2006, porém da maneira generalizante que está prescrita na Portaria nº 62, de 20 de março de 2000, do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Até o presente momento não houve qualquer tentativa de normatização da mesma. Atravessou a cancela da parte alta, paga-se R$ 12. Não importa se o visitante só vai "dar uma espiadinha" no famoso Abrigo Rebouças. Engraçado é que a Portaria sugere uma taxa para uso de trilha. E, pelo que me consta, para chegarmos no Rebouças atravessamos a BR-485!!! Não há trilha alguma.Só para ilustrar, citarei outra medida que nos tem causado transtorno: a proibição da ida de veículos até o Abrigo. Temos visitantes que sempre foram até o planalto apenas para "dar a tal da espiadinha". Agora, este tipo de visitante está impedido de ir, pois sob a alegação do endemismo e do período reprodutório do Melanophryniscus moreirae, o acesso a veículos foi fechado de vez.Clique aqui para ler esta carta na integra.

Por Redação ((o))eco
30 de janeiro de 2006

Lagoa de Araruama

De Elísio Gomes FilhoHistoriadorwww.nomar.com.brPrezado Marcos Sá,Nosso grande defensor de nossa história e de nosso meio ambiente,Antes de tudo cabe te agradecer pela existência do ECO. Já que temos um veículo sério e eficaz para denunciarmos os danos ambientais, os quais não deixam de ser fatores de conseqüências históricas negativas para o bem-estar do homem e das gerações futuras. Portanto, teria como o senhor divulgar a essência da denúncia abaixo?Clique aqui para ler esta carta na íntegra

Por Redação ((o))eco
27 de janeiro de 2006

Quem dá mais por Itatiaia? IV

Ralph SalgueiropresidenteAGUIMAN - Ass. de Guias de Turismo, Condutores de Visitantes e Monitores Ambientais das Agulhas Negras Região das Agulhas Negras / RJ Caro Marcos:Foi com grande espanto que recebi vosso artigo, "Quem dá mais por Itatiaia?". Com certeza o Sr. deveria ter nos ouvido anteriormente. Mas estou aqui para norteá-lo dos verdadeiros acontecimentos. Vejamos:. A Tv Rio Sul me convidou, para em nome da AGUIMAN, falar sobre o aumento da taxa do PARNA Itatiaia em sua parte alta. O local marcado para entrevista foi a portaria da parte baixa. Para lá me dirigi com alguns associados e outros também interessados em se pronunciar, num total de 8 pessoas.Clique aqui para ler a carta na íntegra

Por Redação ((o))eco
27 de janeiro de 2006

Do Proálcool ao Antiálcool

De João Guilherme LacerdaPrezado Rafael,Leitor fiel do "O Eco" e ciclista, confesso que não gostei nem um pouco da sua reportagem em favor de um IPVA mais baixo para carros Flex. Antes de mais nada, os automóveis só para o seu processo de fabricação já geram mais danos do que durante praticamente toda a sua vida útil. Infelizmente não me recordo da fonte dessa informação. No entanto, recordo-me de outra fonte também bastante importante, essa mais diretamente relacionada ao seu artigo.Um estudo divulgado na Folha de S. Paulo mostra que os automóveis recebem subsídios públicos de no mínimo 8,5% e de no máximo 14,1%. Ou seja, infelizmente, a conta não fechará nunca em favor de melhores ruas e estradas, já que a arrecadação de impostos com o automóvel particular é insuficiente para cobrir seus custos. Resumindo, já pagamos todos em favor de uma minoria que usa carro. E minha decepção deriva do fato de que um veículo de comunicação com cunho ambientalista não deveria defender mais nenhum benefício para o "grande vilão das cidades" e um dos grandes vilões do aquecimento global.Espero ter sido claro em minhas críticas e quando precisar de maiores informações sobre bicicletas e mobilidade urbana sustentável em geral visite o site da ONG que participo em www.ta.org.br.Abs,Resposta do autor:Prezado João Guilherme,Muito obrigado pelas suas críticas. São sempre bem-vindas.Acredito, no entanto, que talvez sua interpretação do meu último texto esteja equivocada - possivelmente por falta de clareza de minha parte. Veja você que eu não defendo maiores incentivos para a indústria automobilística. Jamais fiz isso. Seria realmente absurdo.A redução do IPVA para os carros bicombustíveis não beneficiaria os fabricantes de carros, mas sim o consumidor que quisesse adquirir um veículo potencialmente menos poluidor do que os que utilizam apenas gasolina. Isso não aumentaria, de forma alguma, o ganho das montadoras ou do Estado e, por outro lado, poderia aumentar o número de carros nas ruas rodando com álcool - que, repito, polui muito menos que a gasolina e tem um processo de produção bem menos danoso ao meio ambiente.Como ciclista que pedala tanto por esporte como por lazer - faço mountain bike há mais de 14 anos e só abandonei o ciclismo de estrada por causa da violência do trânsito carioca, que já machucou e tirou a vida de muitos amigos queridos - gosto de carros tanto quanto você, mas entendo que sonhar com um mundo sem eles, atualmente, é um tanto utópico. Eles hoje são um mal necessário e crescente. Portanto, o que eu pretendi defender na matéria foi, tão-somente, a idéia de que, já que as pessoas comprarão carros de um jeito ou de outro, que pelo menos recebam incentivos para comprar aqueles que poluem menos. Essa era a idéia.Espero ter podido esclarecer a polêmica. Sinta-se livre para escrever sempre que quiser.Cordialmente,Rafael

Por Redação ((o))eco
27 de janeiro de 2006

Dilma é quem sabe

De Paulo Barreto Caro Kiko,A Danielle – pesquisadora assistente do Imazon – identificou um trecho confuso na reportagem sobre as UC no Oeste do Pará. No texto parece que eu apoio uma faixa de ocupação mais larga em torno da BR-163. Mas de fato, eu não opinei sobre a faixa e sim sobre o debate

Por Redação ((o))eco
27 de janeiro de 2006

Proteger o quê? VII

De Leonan BernardiniMaria Tereza,Meu nome é Leonan e espero que lembres de mim, a última vez que tivemos contato foi na reserva do SESC Pantanal em 1999, na minha última tentativa de atuar profissionalmente com conservação, experiência aquela que me levou definitivamente a optar por trabalhar com meio ambiente apenas em área industrial e ter conservação quase como um hobby. Mas li tua coluna intitulada "Proteger o quê?" e me permito tecer alguns comentários.Tecnicamente não sou, nem nunca fui, contra caça amadora, conheço muitos caçadores e sou amigo de alguns deles, mas a ética não é um comportamento predominante e homogêneo entre esse grupo, o que permite muitos argumentos contra ou a favor, a maioria, obviamente, de ordem ética, situação essa que a caça não se sustenta.Mas os argumentos técnicos que tu usaste na coluna também são questionáveis e alguns não se sustentam muito. Por exemplo:- as populações de aves sinergéticas no Rio Grande do Sul necessitam da caça para a manutenção de suas populações sob controle, a redução/destruição dos locais de alimentação e reprodução e uso maciço de agrotóxicos se encarregam de fazer isso há muito tempo.- a manutenção da caça mantém íntegros os banhados, isso pode ter sido nos anos 70 e início dos 80, quando existia o projeto pró-várzea e as áreas de várzeas, fundos de vales e outros, estavam sendo dizimados com dinheiro público. Hoje os conceitos e a legislação são outros e podem obrigar a uma "mudança" de consciência.Duvido também que o argumento de que o aluguel de campos e banhados é uma forma segura de manter campos e banhados seja verdadeiro, já que a caça dura, teoricamente, poucos meses, enquanto a mesma área alterada pode receber culturas de inverno e verão, como a dupla soja/trigo, normalmente bem rentável.Clique aqui para ler esta carta na íntegra

Por Redação ((o))eco
26 de janeiro de 2006