Nota de esclarecimento do Interpa
De Rosyan BrittoPresidente do Instituto de Terras do Pará (Iterpa)Prezado Editor,Em relação às matérias do jornalista Manoel Francisco Brito, publicadas nos dias 10 e 17 de julho no site O Eco, o Instituto de Terras do Pará (Iterpa) esclarece que as informações repassadas ao jornalista merecem alguns reparos. Em nenhum momento, a presidência do Iterpa recebeu qualquer tipo de pressão do governador do Estado em relação ao caso Jari. Tampouco esteve reunida com o governador para tratar do projeto do grupo Orsa e muito menos fez ao jornalista qualquer referência “ao patrocínio” da prefeitura de Almeirim na disputa de terras da Orsa. Em relação à afirmação de que o “impasse” nas áreas das madeireiras certificadas estaria impedindo o estado de “fechar negócio” com o Banco Mundial, esclareço que não há qualquer nexo entre uma coisa e outra. Esses esclarecimentos se fazem necessários, na medida em que não fui consultada pelo site antes da reportagem ser veiculada no dia 10. No ano passado, o Iterpa realizou em Almeirim (como em outros municípios paraenses) campanha de regularização de pequenas posses. A ação foi desenvolvida por meio de convênios com as prefeituras locais. Em Almeirim, esse processo foi questionado pelo Grupo Orsa, que denunciou que funcionários do Iterpa estariam apoiando invasores naquela região e grilando terras.Em abril deste ano, a sede do Iterpa foi invadida por uma centena de pessoas que se diziam ocupantes dessas áreas. Diante dessa situação, o Iterpa decidiu enviar uma nova equipe técnica para Almeirim, com o objetivo de realizar um levantamento sócio-ocupacional na região, para verificar se os ocupantes eram (ou não) famílias tradicionais dessas áreas e assim retomar o processo de legitimação, onde não houvesse incidência de domínio com outros ocupantes. Esse levantamento vai verificar a real condição dessas posses em Almeirim. Para garantir a máxima isenção dos trabalhos, a presidência do Iterpa determinou o afastamento dos funcionários acusados pelo Grupo Orsa. O órgão abriu um processo de sindicância contra os dois funcionários, que culminou com a abertura de processo administrativo e disciplinar.A equipe técnica do órgão está há 60 dias em Almeirim e, em duas semanas, deverá apresentar relatório parcial sobre a situação ocupacional das terras daquela região.O Iterpa reafirma também, nesta oportunidade, o compromisso e a preocupação do Governo do Estado do Pará em coibir qualquer processo de invasão que se verifique nas áreas de exploração madeireira certificada, mantendo coerência com a postura que vem sendo adotada pela Secretaria Especial de Produção, que apóia o setor no processo de aperfeiçoamento do projeto de lei de gestão florestal em tramitação no Congresso Nacional.Atenciosamente,Resposta do autor: A sra. Rosyan Britto parece sofrer de amnésia seletiva, ao negar informações que concedeu em entrevista ao repórter Manoel Francisco Brito. →