Notícias
3 de maio de 2005

Greenpeace de luto

Bob Hunter, um dos fundadores do Greenpeace nos anos 70, morreu no Canadá aos 63 anos de idade. A causa foi câncer de próstata. O Environmental News Service tem obituário alentado, mostrando que Hunter foi um dos primeiros a achar que o assunto ecologia poderia ser popular e que era o grande cérebro por detrás de todo o marketing que acabou tornando o Greenpeace uma marca reconhecida mundialmente.

Por Manoel Francisco Brito
3 de maio de 2005
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3 de maio de 2005

O retorno

Um caso de poliomielite, conta reportagem do The New York Times, foi detectado na Indonésia. É sério. A doença está demonstrando vigor que há muito supunha-se controlado. A Indonésia é o 16º país onde ela ressurgiu nos últimos anos.

Por Manoel Francisco Brito
3 de maio de 2005
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3 de maio de 2005

Sumindo

A paixão mundial pela cozinha japonesa e as tecnologias usadas na pesca de peixe – de satélites a sonares submarinos – demoraram apenas 35 anos para levar o atum azul da categoria de espécie vulnerável à de ameaçado de extinção. O The New York Times descreve a luta de um grupo de pesquisadores americanos que usa também invenções de ponta para seguir o atum azul pelo mar e tentar descobrir meios de salvá-lo.

Por Manoel Francisco Brito
3 de maio de 2005
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3 de maio de 2005

O custo da areia

Doenças que as pessoas pegam quando vão às praias, de micose à infecções estomacais, têm um preço. Pelo menos na Califórnia, diz reportagem do The Los Angeles Times. Cada sujeito que vai à praia no estado gasta por ano para cuidar de seqüelas de saúde por conta do lazer à beira-mar cerca de 36 dólares. O cálculo foi feito por pesquisadores da Universidade de Irvine, na Califórnia e serve para que o departamento de saúde aloque dinheiro em seu orçamento para o tratamento deste tipo de problemas.

Por Manoel Francisco Brito
3 de maio de 2005
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3 de maio de 2005

Limpeza

Começou em Punta del Leste reunião de 130 países para discutir meios de banir mundialmente 12 pesticidas hoje considerados de alta periculosidade. É mais um capítulo da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, designação dada a pesticidas que continuam a causar efeitos longo tempo após seu uso. Varrer os 12 piores da face da Terra deverá custar bilhões de dólares, segundo reportagem do Environmental News Service.

Por Manoel Francisco Brito
3 de maio de 2005
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3 de maio de 2005

Menos poluição no ar

A Petrobras lançou um óleo diesel que lança 75% menos enxofre no ar do que o vendido nos postos. Antes, o combustível liberava duas mil partes (ppm) de enxofre, agora 500 ppm. Ainda assim, é um óleo bastante poluente se comparado aos utilizados na União Européia, onde o nível de emissão permitido é de 50 ppm, conta reportagem de O Valor (só para assinantes). O Conama pretende reduzir o teor de enxofre no óleo diesel para o mesmo nível do bloco até 2009.

Por Carolina Elia
3 de maio de 2005
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3 de maio de 2005

Cacos de um terremoto

Nos últimos 185 mil anos, a região do Mar Morto não sofreu mais do que 18 grandes terremotos. Uma média de um a cada 10 mil a 14 mil anos, diz um estudo realizado por geólogos israelenses que usaram rochas quebradas e rachaduras em cavernas para decifrar o enigma. Segundo a Folha de São Paulo (exige assinatura), só foram registrados os tremores com mais de 7 graus na escala Richter.

Por Carolina Elia
3 de maio de 2005
Análises
3 de maio de 2005

Sufoco na Serra…

De Roney Perez dos Santos Centro Excursionista Universitário Um fenômeno curioso está ocorrendo no Brasil, toda atividade ao ar livre (ecoqualquercoisa) tem que ser acompanhada por um "guia experiente". Primeiro: guia é um termo seqüestrado pelo pessoal do turismo e só pode ser utilizado por aqueles que passaram por um curso reconhecido pela EMBRATUR e hoje pelo Ministério do Turismo, mesmo sem nenhum conhecimento do que é guiar em ambientes naturais. É uma profissão regulamentada. Segundo: expediente é uma palavra forte considerando a média. A maioria sabe muito pouco alem do caminho. A vivência em um ambiente natural exige algum conhecimento e bom senso e perder-se faz parte dos riscos assumidos nestes ambientes. Ainda mais nas trilhas brasileiras que carecem de marcações corretas, mapas e descrições detalhadas. Em parques a questão é mais séria, pois a culpa das trilhas não sinalizadas, ausência de qualquer informação e uma fiscalização frouxa é do cidadão e não da administração. Quando alguém se perde logo surge esta conversa: Eles deveriam contratar um guia! Deveriam?Nas minhas caminhadas prefiro algumas indicações, uma carta topográfica e uma bússola (uso GPS por diversão) e perder-se faz parte da da atividade. Este mito do guia é reforçado pelo discurso sociambientalista que impõe o guia (chamado de monitor ou condutor de visitantes para não afrontar os guias de profissão) como a solução mágica para o ecoturismo. As populações locais migram das culturas de subsistência para o turismo ambientalmente responsável. Na teoria é perfeito, na prática nem tanto. As associações criam lobies para obrigar a contratação de serviços, mesmo que os turistas não queiram ou para trilhas desnecessárias. As justificativas vão da pobreza a um serviço de polícia, vigiando o visitante para não cometer danos ao ambiente. Tudo facilmente questionável. Não é difícil pensar que é uma estratégia de privatização velada de áreas públicas colocando todos os visitantes como débeis e criminosos.A imprensa brasileira, famosa por repetir coisas sem questiona-las, colocou a morte do dentista brasileiro, no Aconcagua, como a falta de guias. Absoluta idiotice. É um esporte em que o risco é indissociável. Eles arriscaram e perderam. No mesmo período mais dois grupos -com guias- estavam em dificuldades, mas somente um site de notícias entrou nestes detalhes. O livro "no ar rarefeito" mostra bem a situação que pode levar a mercantilização de algumas atividades esportivas e de natureza.Na Europa, EUA e tantos outros países a contratação de serviços de guia s é totalmente opcional e não é por falta de riscos. Nos parques americanos existem ursos, sempre ávidos por comida. Não é motivo para não fazer as trilhas, mesmo só. A administração o informa dos cuidados e lhe deseja boa sorte.O caso das senhoras poderia não ter acontecido se a trilha fosse minimamente sinalizada, ou que existisse um mapinha indicando as bifurcações. Curioso também que quando alguém bate o carro, as pessoas não comentam algo como: - Deveria ter contratado um motorista...Atenciosamente;

Por Redação ((o))eco
3 de maio de 2005
Análises
3 de maio de 2005

Sem rodeios

De Sérgio Abranches Silvia, Gostei do longa. Aprecio a ironia. É que estou aproveitando o fato de não ser lido para escrever textos longos e completar um livro mais rapidamente.Falando sério, eu sabia que a sua coluna ia dar o que falar. E deu. Estive na festa dos 40 anos da Globo e fiquei basicamente com o pessoal do jornalismo, entre os quais há vários ambientalistas. A maioria concordava com a sua posição, embora também não gostem de rodeios. Eu idem. No caso do rodeio, já andei tentando tirar uma conclusão a respeito da questão da quantidade de desconforto/sofrimento a que os animais são submetidos. Fui a vários - inclusive o de Barretos, a coisa mais machista que já vi - conversei com criadores e peões e ouvi de parte que é uma coisa cruel, de outra parte que não é. Saí dessa busca sem conclusão definitiva, mas com a suspeita de que o lado que acha cruel está certo. Os outros me mostraram os animais, todos muito saudáveis, e defenderam a tese de que é apenas condicionamento e que a tira "informa" o animal quando está valendo o jogo e quando não está. Em compensação, estou 100% convencido de que o ambiente de rodeio é machista demais para ser saudável. Os garotos azaram as garotas laçando-as - literalmente - pelo pescoço. Os homens ficam em massa na porta do banheiro feminino, pensei que era um bando de ciumentos esperando as respectivas, o que já seria machismo demais. Mas não, era só para ver as moças saindo do banheiro. As trovinhas são inacreditáveis olha só:Eu fui narrar rodeio e disse na arena: Perdi a chave, minha mulher desapareceuO delegado daqui é corno, o macho daqui sou euO delegado escutou, entrou na arena, segurou a minha camisa e disse:Repete se for homemAi eu repeti:Achei a chave de casaminha mulher apareceuO delegado daqui é machoO corno daqui sou eu!ôôô morena do cabelo compridomaior que teu cabelosó o chifre do teu maridoSe beijo desse sapinhominha boca era uma lagoanão perdôo a mocinhamuito menos a coroaA semana tem sete diaseu tenho catorze garotassete são solteiras e sete são casadassete são prá de diae sete prá de madrugada.Existem três coisas no mundo que homem não come de colherrapadura, melância e perereca de mulher(essa é campeã de audiência, é falada pelos narradores em praticamente todo rodeio, no Brasil inteiro).Da galinha eu tiro a penado peixe tiro a escamada morena eu tiro a roupae levo ela prá camaSapateia mulher feiaporque as bonitas não dão descansose tu casar comigote dou uma D20 um papagaio e um gansose a D20 não andar e o papagaio não falardeixa que te afogo o ganso.Meu quarto de milha é pretomeu manga larga é baioquando entro no rodeiodificilmente eu saiodinheiro ganho bastante trago dentro do balaiotenho loira de namoradae morena de quebra gaio.Carne eu corto com facafarinha em como com colhermenina de quinzes anoseu faço virar mulherCom essa cultura, é difícil acreditar que rodeio não faça mal. mas chega a ser tão chato quanto ambientalista xiita.Bjs.

Por Redação ((o))eco
3 de maio de 2005
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2 de maio de 2005

Pré-estréia

O Estado do Mato Grosso saiu na frente do governo federal e divulgou o índice de desmatamento de suas florestas. Segundo dados da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fema), foram devastados 1.814.312 hectares no ano de 2004. O equivalente a 2% da área total do estado. Deste número, 44% são áreas de floresta amazônica, 35% de cerrado e 21% áreas de transição. O número foi um pouco menor do que o de 2003, quando o Mato Grosso perdeu 1.858.652 hectares, mas ainda é assustador se comparado aos índices de 2000 a 2002, quando a média anual de perda de vegetação ficou em 672 mil hectares. O Mato Grosso é campeão em corte de floresta e cerrado no Brasil. Até o fim de maio, o governo federal deve divulgar seus próprios números sobre desmatamento na região.

Por Carolina Elia
2 de maio de 2005