Notícias
16 de junho de 2006

Poucos adeptos

Desde março, a Câmara de Compensação Ambiental do IBAMA enviou cerca de 200 propostas a empresas para integrarem o fundo. Até agora, 15 aderiram. O fundo foi criado para ser uma alternativa ao gerenciamento da verba de compensação por danos ambientais de empreendimentos de grande porte. Até então, os empreendedores eram obrigados a pagar e aplicar o dinheiro por conta própria.

Por Carolina Elia
16 de junho de 2006
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16 de junho de 2006

No Supremo

Enquanto isso, o Supremo Tribunal Federal iniciou o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que questiona o artigo referente a compensações ambientais na lei do SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação). A ação foi apresentada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que julga ilegal existir uma lei que obrigue as empresas a destinarem no mínimo 0,5% do investimento total do empreendimento às áreas afetadas pelo mesmo.É a segunda vez que o STF debate sobre a legalidade da compensação ambiental. A primeira foi quando a presidente Ellen Gracie suspendeu uma decisão do Tribunal Regional Federal (TRF-1a Região) que, a pedido do setor elétrico, havia limitado a compensação a 0,5% do valor dos empreendimentos.

Por Carolina Elia
16 de junho de 2006
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16 de junho de 2006

Adiado

O relator da ADI, ministro Carlos Ayres Britto, votou contra a ação da CNI. Ele acredita que a compensação respeita a Constituição porque preserva o meio-ambiente para as gerações futuras. Os outros ministros nem chegaram a votar. O ministro Marco Aurélio pediu vistas ao processo, adiando o julgamento.

Por Carolina Elia
16 de junho de 2006
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16 de junho de 2006

Terra fértil?

Dois brasileiros e um americano ganharam ontem o prêmio World Food Prize por terem ajudado a transformar o cerrado num dos maiores celeiros do mundo. A notícia, que está no Globo, conta que o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paullelli, o ex-diretor da Embrapa Cerrados, Edson Lobato, e o engenheiro agrônomo americano A. Colin McClung, dividirão um prêmio de US$ 250 mil por terem possibilitado que o cerrado hoje tenha 40 milhões de hectares plantados. Em 1955, a área cultivada era de 2 mil hectares. Em uma mensagem, a organização do prêmio nos Estados Unidos afirmou que o “Brasil já ganhou a Copa do Mundo contra a fome”. Bem, se ganhou contra fome também ganhou o campeonato de destruição, pois hoje só restam 35% da cobertura original do cerrado.

Por Redação ((o))eco
16 de junho de 2006
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16 de junho de 2006

Cheirando queimado

Uma boa querela se instalou em Londres nesta semana. Prometendo solução para o lixo doméstico e oferecendo uma alternativa de geração de energia, o governo britânico autorizou a instalação de uma grande usina de incineração nas margens do Tâmisa. A notícia não agradou aos ambientalistas, como conta reportagem do The Guardian. A planta deve começar a funcionar em 2010 e queimará 585 mil toneladas de lixo por ano. Já existem 16 plantas como essa na Inglaterra, mas nenhuma de grande porte em Londres. O governo diz que lidar com o problema é melhor que exportar o lixo da metrópole para pequenos condados. Já a organização Amigos da Terra afirma que materiais recicláveis serão perdidos e a queima contribuirá para o aquecimento global.

Por Redação ((o))eco
16 de junho de 2006
Análises
16 de junho de 2006

Soja do bem II

De Maurício Galinkinv Prezado senhor Ronaldo,A partir da leitura atenta de sua correspondência, vejo que houve alguma dificuldade na percepção do que afirmei ao repórter de O Eco. Não sei se me expressei mal, se ele foi muito econômico ao inserir nossa conversa no texto ou se o senhor leu o texto já com alguma concepção prévia. Mas isso não importa.Perguntado pelo repórter se conhecia o projeto da CI no sudoeste goiano, disse a ele que sim, e que o considerava muito interessante mas, no meu entender, sendo uma ação que exige conversar e convencer fazendeiro por fazendeiro, tomaria um tempo enorme para ser replicada em todo Cerrado. Minha conclusão, para ele, foi que quando isso acontecesse o Cerrado já estaria acabado...A referida "visão de conjunto" era relativa a esse projeto, que no meu entender só focaliza o micro, ao trabalhar fazenda por fazenda. Em momento algum tratamos de outros projetos, e muito menos usei qualquer expressão "pejorativa", como o senhor afirma. Antes pelo contrário, ressaltei ao repórter que a CI é uma organização que merece respeito, onde tenho amigos (acho eu...). Sempre defendi a auto-determinação dos povos e, por similaridade, defendo a auto-determinação das organizações, cuja responsabilidade de condução e escolhas cabe às suas respectivas direções. Posso concordar ou discordar, mas sempre respeitei e respeito essa autonomia. Clique aqui para ler esta carta na íntegra.

Por Redação ((o))eco
16 de junho de 2006
Análises
16 de junho de 2006

Soja do bem

De Ricardo B. Machado, D.ScDiretor do Programa Cerrado-PantanalConservação InternacionalPrezado Senhor Maurício,No artigo 'Soja do Bem", publicado pelo site O Eco em 10/jun passado, vi que há um comentário seu sobre a atuação da CI-Brasil em relação à conservação do Cerrado. Não é a primeira vez que vejo uma fala sua mencionando que nossa atuação é tacanha, ou seja, não é ampla o suficiente para promover a conservação do bioma. É bem verdade que não temos pernas ou a pretensão de salvar o Cerrado sozinhos, mas as iniciativas que empreendemos e vamos empreender no Cerrado estão longe de serem tímidas ou estão longe de serem consideradas como de um instituição que "não tem visão de conjunto".Eu avalio que talvez o seu comentário nesse artigo e também no episódio da discussão entre a Funáguas e a Bunge, quando o senhor também comentou especificamente que o nosso projeto com a Bunge é pretensioso e não vai conseguir salvar o Cerrado, seja fruto de um desconhecimento das atividades recentes da CI-Brasil no Cerrado. Por esse motivo, tomo a liberdade de elencar algumas das mais expressivas atividades por nós desenvolvidas e que tratam a questão de conservação do Cerrado de forma mais ampla.Clique aqui para ler esta carta na íntegra.

Por Redação ((o))eco
16 de junho de 2006
Fotografia
16 de junho de 2006

O montanhista Galen Rowell e a câmera

Galen Rowell levava sempre a câmera para o mato por um motivo simples: queria mostrar ao mundo o que acontece quando a luz e o acaso se unem à natureza bruta.

16 de junho de 2006