O Ibama concedeu nesta manhã a licença ambiental de instalação do projeto de transposição do rio São Francisco. Com o documento, as obras ganham autorização para serem iniciadas. →
No momento em que o presidente do Ibama assinou a licença de instalação, grupos de pescadores, entidades ambientalistas e representantes das comunidades atingidas reúnem-se em Petrolina, Pernambuco, para discutir ações imediatas de revitalização da bacia hidrográfica do rio São Francisco. Quando souberem da licença de instalação, que não esperou a finalização do plano de revitalização, vão se irritar. →
O deputado José Riva, de Mato Grosso, propôs esta semana um projeto de lei que incentiva a redução de 50% das áreas de pastagens no estado para o que chamou de programas de reflorestamento. Mas em vez de investir em matas nativas, a idéia é plantar matéria-prima para produção de biodiesel e etanol – ou seja, oleaginosas e cana-de-açúcar, que de florestais não têm nada. O projeto aguarda avaliação do governador e da secretaria estadual de meio ambiente. →
Cerca de 350 integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) estão há dois dias acampados em pátios de duas serrarias de Anita Garibaldi, em Santa Catarina. Elas foram contratadas pela Baesa, empresa responsável pela construção da Hidrelétrica de Barra Grande, para beneficiar as cerca de 11 mil árvores que seriam afogadas pelo lago da usina para construção de 400 casas populares e reforma de outras 350 nos municípios atingidos. Essa era uma das condicionantes para licença de operação da hidrelétrica. Mas, desde seu corte, que começou a ser feito no final de 2005, nada chegou às famílias atingidas. Suspeita-se que as toras de araucária tenham sido exportadas e vendidas para outros fins. →
Os manifestantes conseguiram carregar dois caminhões com o material encontrado nas serrarias e despejaram a madeira no centro de atendimento da Baesa, em Anita Garibaldi. →
Em carta entregue às lideranças do movimento na tarde desta quinta-feira, a Baesa reconhece que houve um desvio dessa madeira e prometeu entregá-la em 30 dias. Segundo o MAB, a empresa informou que auditorias foram contratadas pelos cinco empreendedores do consórcio que construiu a hidrelétrica para apurar os responsáveis pelas irregularidades. Quem serão, hein? →
A sessão plenária da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) que ocorreu nesta quinta-feira em Brasília foi marcada por tumultos. Com a lei sancionada na quarta-feira por Lula, que diminui o número de votos necessários para liberar plantações comerciais de transgênicos, havia grande expectativa de que os conselheiros conseguiriam aprovar o milho da Bayer, o Liberty Link. Mas a confusão começou quando a presidência da CTNBio negou a integrantes do Greenpeace que acompanhassem a reunião. O bate-boca entre ambientalistas e conselheiros durou até que se decidiu cancelar a sessão. →
Uma carreta foi apreendida no Rio Grande do Sul com 45 metros cúbicos de toras de castanheira, árvore ameaçada de extinção, com corte proibido por lei. Uma barreira da Polícia Rodoviária Federal identificou o caminhão e chamou o Ibama na última terça-feira. A carga vinha de Tucuruí, no Pará. →
Um sobrevôo do Greenpeace há duas semanas sobre a gleba Nova Olinda, no Oeste do Pará, revelou uma situação de conflito iminente. População local, grileiros e madeireiros estão em pé de guerra. Em 2006, o governo do estado aprovou seis planos de manejo florestal na área, em terras públicas, o que fez com que os madeireiros se considerassem donos das áreas. Estradas têm sido abertas a torto e a direito, o que também facilita a grilagem. “Por enquanto, eles estão só no bate-boca”, diz Marcelo Marquesini, do Greenpeace. →
Segundo Marquesini, além da abertura de estradas, muitas áreas pequenas têm sido exploradas intensamente dentro e fora das regiões permitidas pelos planos. “Aquilo não é manejo”, diz o engenheiro florestal. O sobrevôo também detectou três pistas de pouso no meio da mata. →
