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24 de julho de 2007

Números cruéis

Segundo dados do IBGE sobre a produção de soja em 2006, divulgados nos últimos dias, no ano passado, a área plantada de soja como um todo na Região Norte cresceu 0,7%, atingindo 517,9 mil hectares. Apenas Rondônia apresentou alta de 30% nas lavouras da oleaginosa, alcançando 103 mil hectares. As áreas também subiram no Pará, 5,4%. Será que cresceram apenas sobre antigos pastos?

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2007
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24 de julho de 2007

O enigma do Mato Grosso

O Mato Grosso é uma questão à parte. Maior produtor de soja do Brasil, com 5,8 milhões de hectares, o estado apresentou uma redução de 4,8% na área plantada. O coordenador da Campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, levantou a questão de que a moratória pode estar relacionada com esta queda. Tanto que o Imazon tem registrado baixas de 40% no desmatamento no Mato Grosso. Vale notar, contudo, que alguns municípios mato-grossenses em plena floresta amazônica registram considerável aumento na lavoura de soja, segundo o IBGE. É o caso de Alta Floresta, onde a área plantada do grão cresceu 20%.

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24 de julho de 2007
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24 de julho de 2007

Bons sinais

Está ficando claro durante o encontro de aniversário da moratória que os consumidores europeus estão dispostos a prorrogar o pacto, previsto para durar dois anos, se os fornecedores de soja não conseguirem legalizar suas atividades. Também apareceu discretamente nas discussões a possibilidade de aplicar a produção responsável de grãos para outros biomas. A TNC lembrou que o Cerrado está sob pressão da fronteira agrícola.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2007
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24 de julho de 2007

Proteção à Mata Atlântica

O Ministério do Meio Ambiente informa que 12 propostas de unidades de conservação na Mata Atlântica estão na Casa Civil à espera de uma assinatura do presidente Lula. Os processos já passaram por audiência pública e se forem aprovados vão acrescentar 1,2 milhão de hectares de áreas protegidas ao bioma. A maioria delas se encontra na Bahia.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2007
Reportagens
24 de julho de 2007

O valor da chuva

Cientistas reunidos em Manaus discutem o papel desempenhado pela floresta amazônica no ciclo hidrológico do continente e como é possível dar preço a esta contribuição.

Por Vandré Fonseca
24 de julho de 2007
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24 de julho de 2007

Outra perspectiva

Semana passada, cientistas da Universidade de Boston anunciaram a descoberta de um imenso lago subterrâneo sob Darfur, no Sudão, apontando-o como possível solução para a guerra civil que assola a região. A conclusão se baseia na idéia amplamente divulgada de uns tempos para cá de que Darfur é um exemplo fiel de como o colapso ambiental – no caso, provocado pelo crescimento populacional, degradação de terras e desertificação – pode provocar o caos social. Mas reportagem do The New York Times mostra que há razões de sobra para ser cético quanto ao fato de que achar água na área resolverá o problema. Na verdade, tudo indica que o recurso poderá se tornar um elemento a mais na briga que se arrasta há décadas. Do jeito que o governo local tem concentrado suas forças em manter uma elite rica enquanto a maior parte do país agoniza de fome, é bem provável é que a água seja usada em um oásis no meio do deserto, restrito a uma minoria escolhida pelos governantes.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2007
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24 de julho de 2007

Amostra

A recente inundação que deixou quase meio milhão de britânicos sem beber água, outros cinquenta mil sem energia e milhares de desabrigados levou o jornal The Independent a estampar em sua capa da edição de hoje a seguinte manchete: “A catástrofe do século XXI”. A reportagem narra os desastres causados pelo clima no país, mostrando que nas últimas centenas de anos não há registro de nenhum fenômeno parecido ocasionado pelas precipitações de chuvas. A agência de meio ambiente britânica disse que mesmo a grande enchente da primavera de 1947, considerada a pior em 200 anos, foi superada pela situação atual. Apesar de ninguém afirmar que o evento tem relação direta com as mudanças climáticas, muitos acreditam que esta foi apenas uma amostra do que elas podem trazer.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2007
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24 de julho de 2007

Na telona

O Los Angeles Times também publicou uma resenha sobre o recém-lançado filme “Arctic Tale” ( que pode ser traduzido como “Conto do Ártico”), um documentário que pretende inspirar crianças tanto quanto “Uma Verdade Inconveniente” fez com os adultos. Para isso, as imagens esquecem os slides em power point e as estatísticas usadas por Al Gore e mostram jovens animais em perigo. Os autores do trabalho, o casal Sarah Robertson e Adam Ravetch, procuraram difundir informações sobre as mudanças climáticas em comunhão com a busca por audiência. Não é à toa que o filme apresenta closes de bichos na selva sob o som de músicas pop, algumas brincadeiras escatológicas e um estilo de narração à maneira Disney. Além disso, conta uma historinha com dois personagens principais: o uso polar Nanu e a morsa Seela.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2007
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24 de julho de 2007

Dependência

A natureza depende da ação humana para sobreviver. A afirmação anterior não seria sequer levada a sério em muitas partes do mundo. Mas, pelo menos em um lugar, ela é verdadeira: a parte oriental do Triângulo de Camargue, localizado na foz do Rio Ródano, no nordeste do Mediterrâneo, recebe grandes montanhas de sal recolhidas no fundo do mar. A atividade industrial contribui diretamente para a perpetuação da vida dos flamingos rosas nas lagoas da região. No último inverno, por exemplo, os mineradores de sal resolveram parar suas atividades. Resultado: nenhum ovo de uma das espécies mais bonitas do planeta foi colocado na primavera e no verão seguintes. Os flamingos parecem mesmo gostar da presença dos homens em seu habitat. A notícia também é do The Independent.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2007
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24 de julho de 2007

Confirmação

As previsões de conseqüências das mudanças climáticas no mundo sempre incluem o aumento das epidemias. E há indícios de que isso já é realidade em alguns pontos. A elevação de temperatura nos últimos anos em algumas regiões do Quênia tem levado à população uma preocupação que ela nunca teve: a malária. O jornal Los Angeles Times publicou reportagem sobre o vilarejo de Thangati, que viu seus casos da doença dobrarem desde 2001, se tornando a mais freqüente na área ao superar a AIDS. As temperaturas máximas nos planaltos do Oeste do país subiram 1ºC nos últimos 20 anos (enquanto as temperaturas médias globais aumentaram apenas 0,72ºC em 100 anos), o suficiente para que os mosquitos transmissores da doença, acostumados com o calor, começassem a aparecer por lá. Moradores dizem que os dias têm sido quentes durante todo o ano, o milho plantado tem ficado maduro antes do tempo e os invernos já não são frios como antes.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2007