Esta semana o governo encaminha medidas no mínimo suspeitas para “destravar” a obra da usina de Jirau, no Rio Madeira (RO). Só para lembrar, após o leilão, o consórcio vencedor propôs alterar em nove quilômetros o local da barragem. O Ibama iria pedir complementações aos estudos e realizar audiências públicas. No entanto, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) e Roberto Messias Franco (Ibama) acertaram com a Casa Civil uma “saída pela esquerda”: convocaram reunião pública em Porto Velho (RO) para amanhã (15) com a idéia de “informar” sobre o novo projeto de Jirau. Tudo ao gosto dos empreendedores, das necessidades do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e ao arrepio da lei, como mostrou O Eco. O encontro não tem caráter de audiência pública. Um parecer sobre a polêmcia foi encomendado à Advocacia-Geral da União (AGU). Com base nisso tudo, Minc anda dizendo por aí que a licença para a obra sai até o fim do ano. E a Amazônia e seus rios que se danem.
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